Programação Onírica
O processo de incubação de sonhos consiste em simplesmente executarmos um ritual (uma prática solene) com o fim de conseguirmos contatar o inconsciente de uma forma amistosa, para que ele responda a nossas questões.
Embora os rituais tivessem uma conotação mística há algum tempo atrás, não há razão alguma para os rejeitarmos hoje em dia, tendo em vista uma abordagem mais psicológica dos mesmos. De acordo com Jung (A dinâmica do inconsciente, p. 163):
“Da mesma forma que o meio ambiente assume um aspecto amigável ou hostil para o homem primitivo, assim também as influências do inconsciente lhe parecem um poder contrário com o qual ele deve conviver, como convive com o mundo visível. Suas inumeráveis práticas míticas servem a esse objetivo.”
Antigamente, era comum as pessoas adotarem rituais simples para terem respostas. Procuravam cavernas, montanhas ou templos como o oráculo de Delfos na Grécia, ou os sacerdotes e sacerdotisas de Mênfis no Egito e também peregrinavam para lugares santos. Os rituais eram uma forma de comunicação com nosso interior, mas com nosso preconceito acerca das ditas superstições, acabamos por aprisionar uma boa parte de nossa sabedoria natural, nossa espiritualidade genuína, original.
O ritual é uma representação física do nosso desejo em nos comunicar com o outro lado. E funciona de forma mais efetiva simplesmente porque não é apenas uma apelação intelectual, vazia e fria. Ele envolve um relacionamento e, portanto, emoção e sentimento. Você estará tratando seu inconsciente como um ser, uma outra pessoa. Estará lhe dando um lugar na sua vida como faria a uma criança, a um animal, a uma planta, ou a um adulto.
Segundo Robert A. Johnson (Innerwork – A chave do reino interior), “O ritual é uma faculdade que temos, como os sonhos, que nos capacita a estabelecer um fluxo de comunicação entre a mente consciente e o inconsciente”. O estabelecimento deste fluxo depende e muito da personalidade da própria pessoa, de suas crenças pessoais, de suas convicções e experiências de vida. Não existe um rito específico que sirva para todas as pessoas em geral, como também não existem normas para se saber o significado de todos os sonhos. Soozi Holbeche, por exemplo, recorria a orações. No seu livro “Como os sonhos podem nos ajudar” (Cultrix) ela conta um caso extraordinário de incubação de sonhos.
Alguns sonhadores escrevem um pedido que colocam debaixo do travesseiro, outros queimam o mesmo pedido, outros queimam uma vela enquanto dura seu sono, outras pessoas, como os usuários do Método Silva de Controle Mental, bebem a metade de um copo d’água antes de dormir pensando firmemente que estão tomando algum antídoto que as fará sonhar com a resposta almejada e tomam a outra metade logo depois que acordam. Enfim, não existe uma receita fixa. Depende de você, sonhador, encontrar a opção que melhor se adapte ao seu perfil.
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