Príncipe Sidhartha, Gautama, Sakyamuni, Buda…
Todos conhecem esses nomes!
Mas Yashodhara?…
Ela o amava apaixonadamente.
Um dia, Sidhartha a deixou e ao filho deles, Rahul, enquanto eles estavam dormindo, para ir a procura da iluminação, para se tornar um Buda…
Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu…
Yashodhara já havia demonstrado compaixão pelos doentes e oprimidos, antes de Sidhartha o fazer, muito antes de Sidhartha conhecer o sofrimento!
Quem pode garantir se ele não adquiriu isso dela? …
Como poderá saber se Yashodhara não acabou vítima da raiva,
da solidão ou da amargura depois que Sidhartha a deixou? …
Quem pensou nela? …
O que ela terá dito quando Rahul,
seu filho, fez a pergunta inevitável:
“Onde está meu pai?”
O que ela pode lhe ter dito? …
Talvez Yashodhara quisesse deixar Sidhartha e Rahul…
Pode uma mãe abandonar um filho no meio da noite?
Isso só é possível ao homem. Só para o homem, Tashi! …
Depois disso, Yashodhara não teve escolha.
Teve de levar uma vida de renúncia.
Ela cortou o cabelo e viveu como uma aceta.
Oh Tashi…
Se seus pensamentos para o Dharma (a busca da realização espiritual) tivessem a mesma intensidade do amor e da paixão que demonstrou por mim (durante a convivência conjugal), você se tornaria um Buda neste mesmo corpo e nesta mesma vida…”
Índia/França 2001
Caminhe entre as estrelas, sinta os perfumes do paraíso, deixe brotar as sementes adormecidas em seu coração…
Cresça para a vida…