Swami Vivekânanda
(Calcutá, 1863 – Belur, 1943)
Segundo o ilustre mestre, Yoga Ramacharaka, ele foi uma alma iluminada que trouxe para o mundo ocidental a primeira palavra verdadeiramente autorizada sobre a “Philosophia Yogi”.
Vivekânanda, nasceu na casta dos Kshatriya, filho de pais ricos que não aceitavam as velhas e tradicionais crenças induistas e que, portanto, proporcionaram-lhe uma educação bem à moda ocidental, com fortes tendências materialistas..
Em 1880, seu destino o colocou diante de Ramakrishina e este encontro mudou definitivamente o rumo de sua vida.
Com a finalidade de propagar as suas doutrinas, percorreu a Índia e em 1893 viajou para os Estados Unidos da América com o objetivo de recolher fundos que aliviariam as misérias de seus comptriotas e de participar no “Parlamento das Religiões”, que aconteceu em Chicago. Nesta ocasião ele causou uma impressão muito forte em todos que tiveram contato com ele.
Passou três anos na América, onde, em 1894, fundou com Francis Legget a Vedanta Society. Apesar de ter vivido boa parte de sua vida no ocidente, manteve a crença de que a missão da ïndia era iluminar o mundo com sua paz e seu conhecimento. Assim, dedicou-se fortemente em organizar os discípulos de Ramakrishina, fundando a Ramakrishina Mission, em 1897, o Belur Math, nas marges do Ganges e a Ashrama Advaita, no Himalaia.
A Doutrina proposta por Vivekânanda distingue quatro grandes vias de vida religiosa: a de devoção (bhakti-yoga), a do conhecimento (gñana-yoga), a da concentração interior (raja-yoga) e a da ação (karma-yoga). A esta última atribui especial importância afirmando que a verdadeira adoração é aquela que pratica o homem que se põe a serviço de todos os seres, mesmo quando não tenha crido jamais em nenhum deus, nem tenha estudado nenhuma filosofia. O poder próprio das boas ações o conduz ao mesmo ponto a que o homem religioso chegou por suas orações e o filósofo por seus conhecimentos, sendo-lhe, assim, possível a libertação.
O Cristão não precisa tornar-se um Hindu ou um Budista, nem um Hindu ou Budista se tornar um Cristão.
Mas cada um deve assimilar o espírito do outro e ainda preservar sua individualidade e crescer de acordo com sua própria lei.
Se o Parlamento das Religiões mostrou alguma coisa para o mundo, foi o seguinte: Ele provou para o mundo que santidade, pureza, e caridade não são posse exclusiva de nenhuma igreja no mundo, e que todo sistema produziu homens e mulheres de caráter elevado.
Em face desta evidencia, se alguém sonha com a sobrevivência exclusiva da sua própria religião e a destruição das outras, Eu tenho pena dele do fundo do meu coração, e aponto para fora dele sobre a bandeira de toda religião, onde será escrito brevemente com ressentimento da resistência: “Ajuda e não Luta”, “Assimilação e não Destruição”, “Harmonia e Paz, e não Dissenção”.
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