Eles podem trazer mensagens extraterrestres.

imageNHGAo invés de ultrapassadas mensagens por radiotelescópios, avançadas civilizações de outras galáxias podem, há muito, estar mandando a tão esperada comunicação de sua existência, pela qual anseiam nossos astrônomos, através de “telegramas” inter-estelares que seriam, nem mais nem menos, vírus capazes de ser identificados em laboratórios e que estão, às vezes, em nosso próprio intestino.

Trata-se do PhiX-174, cuja  estrutura genética, quando decifrada dois anos atrás por  cientistas ingleses, permitiu a verificação de que parte do código de seu ADN pode ser lida de três diferentes maneiras, dependendo de como se inicia a leitura. Agora, dois pesquisadores de Tóquio, Hiromitsu Iokoo da Kyorin University, e Tairo Oshima do Mitsubishi-Kasei Institute of Life Sciences, pensam que este código pode ser, na realidade, muito mais artificial do que natural. De acordo com seu pensamento, uma civilização avançada pode ter mandado, através deste código, a comunicação de sua existência.

A técnica envolveria codificação de uma mensagem nas bases do ADN dos vírus, que pode ser feita por meio de radiopulsações, cujo número total seria um múltiplo de dois números primos. Colocados em série, os sinais apareceriam tal como se aglutinam os pontos que formam uma imagem de televisão. Assim, uma mensagem de 899 (29 vezes 31) sinais, por exemplo, poderia ser distribuída em 29 fileiras de 31 sinais, ou 31 fileiras de 29 sinais, para a formação da comunicação.

Nos gens do PhiX-174 existem três mensagens possíveis: uma de 121 {(11 vezes 11) sinais, outra de 91 (7 vezes 13) e uma terceira de 533 (13 vezes 41)}. Yokoo e Oshima já testaram as duas primeiras. “Infelizmente”, disseram, “nada encontramos”.

vir_5[1]Desta forma, no momento, suas esperanças estão depositadas na terceira possibilidade.

Eles pensam que mensagens por um sistema como esse tem muitas vantagens sobre as de rádio – entre elas, a de não serem precisos um receptor e uma antena dirigida à direção certa, como também alguém à espera de captá-las. “Os vírus, uma vez no meio apropriado, simplesmente se reproduzem”, disse um deles, “à espera de que a vida inteligente evolua o bastante para poder decifrá-los”. Se este raciocínio for certo, mesmo que não descubram nada, os dois pesquisadores não precisariam aceitar o erro de sua hipótese: Simplesmente, podem retrucar, “a vida inteligente na Terra ainda não evoluiu o suficiente para decifrá-las”.

Há outras coisas em jogo. Claro, o culto à juventude eterna. Sem dúvida, a ligação entre sexo e morte, entre lubricidade e frieza, como bem diz o organizador do livro, tem na figura do vampiro um símbolo poderoso.  Penso porém, em outra relação, que atinge em cheio os adolescentes hoje em dia: a que associa depressão e dependência química. A necessidade de sangue (quem, nas lendas camponesas, era figuração da fome, e que, do romantismo em diante, sublimou o desejo sexual) hoje talvez represente algo mais abstrato; necessidade de ter necessidade, desejo de um desejo. Abstinências, anorexias, fissuras, desânimos se estetizam: e eis que, em cada espelho onde um adolescente tem dificuldade em encontrar seu próprio reflexo, renasce o vampiro numa nova versão.image5D2filipeta

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