medo1por: Ligia Maria Ourique Orlandi

     “Você vai sair… a esta hora? A que horas vem? E se chover? Cuidado! Feche bem o vidro do carro. Agasalhe-se… Olha o resfriado.”

    Você se lembra desses pequenos lembretes? Provavelmente eles fizeram parte, do quadro de recomendações diárias, no qual pessoas, sem dúvida, muito queridas e bem intencionadas, foram inadvertidamente desenhando, para cada um de nós. Alguns desses registros foram sendo implantados quando começamos a entrar mais em contato direto com o mundo. Nesta fase, mesmo que de um modo limitado, já estávamos num processo de relativa consciência e maior possibilidade de reflexão e discernimento. E nos anos mais próximos da infância? Evidentemente a repercussão de tudo o que nos transmitiam, era ainda maior, pois éramos acentuadamente mais suscetíveis, entregues e vulneráveis. E por tantas advertências recebidas, fomos reconhecendo o significado de uma sensação paralisante, de alerta e recuo, chamada MEDO.

 

     Nossos pais, não são, porém, os vilões da história. Fizerem o melhor que puderam. Reproduziram papéis também aprendidos. Lembra-se da nossa inocente quadrilha: Olha a cobra, cuidado, olha a chuva, abaixe a cabeça… Até mesmo ela apelava à intimidação e ao medo. E assim fomos crescendo, num mundo em que, junto a uma errada educação, a opressores sistemas sociais, religiosos e culturais, subsiste a herança ancestral. Com letras de fogo, a luta pela sobrevivência  foi cravada, engramicamente, em cada um de nós. Para nossos antepassados, expostos ao capricho do tempo, um trovão ressoava como perigo, para nós, hoje não mais. Porém, o registro Trovão-perigo, de alguma forma, sobreviveu em nossa rede de arquivos.  Hoje acrescentamos outros comandos de guerra, de perigo, de luta, os quais  nem sempre  decodificamos corretamente.

 

    Além de todos esses comandos e registros, navega nos véus da nossa alma, o nosso próprio livro pessoal, que ao sabor dos mares, se abre eventualmente, numa ou noutra página.  É o nosso  arquivo individual de experiências passadas, que por reativação, pode nos dar “flashes” de longínquas situações vividas, às vezes bem dolorosas. Nele está a nossa particular trilha do tempo, que desconhece as barreiras do tempo e do espaço e vida após vida, abre o palco a novos cenários, para que possamos reajustar antigas cenas, aprender, nos libertar, evoluir e alinhar novos episódios de vida. Em cada nova atuação, nosso antigo companheiro, o medo, nos acompanha. Sua intenção primária, foi sempre de nos ajudar, mas por interpretações erradas, acaba por nos atrapalhar e fazer com que nos escondamos por detrás dos bastidores, imobilizados pelo temor de participar direta e responsavelmente no desenrolar da história, da nossa história. Quando resgatamos um convívio saudável com ele e consciente e amadurecidamente o enfrentamos, ele passa a ser aliado do nosso crescimento. Através dele, nos superamos e adquirimos mais poder e autoconfiança para assumir nosso lugar no palco da vida e ter a liberdade de ser, de agir, de atuar e montar o próprio  script, de acordo com nossa vontade maior. E pode estar certo, que quando você se reconhece, conquista o seu espaço e dá o melhor de si, a você mesmo e aos outros, não só você próprio se aplaude, como o restante do mundo também.
 
 

     Enquanto isso, é compreensível que, com tantos implantes de: corra, fuja, perigo, cuidado… tanto você, quanto eu e o restante do mundo, sabemos bem o que essa pequena palavra MEDO representa. Reconhecemos o estado de alerta que sentimos num momento de risco (real ou imaginário): O coração, sem aviso prévio, começa a pulsar desatinado,  as mãos vão ficando trêmulas, frias e suadas, as pernas, bambas, vão perdendo o chão, a voz vai querendo travar e uma zonzeira e sufoco no peito vão tomando conta de nós. Esses clássicos surtos de terror, são simplesmente momentos de reativação, acionados, ora por associações emocionais negativas, ora por registros primários, instalados no nosso centro institivo. Esses últimos, como soldados de nosso instinto de sobrevivência, se prontificam a nos dar respaldo em situações reais de alerta.

 

    Sabemos que temos de comer e beber, que precisamos controlar o fogo, porque ele é vital, mas pode nos queimar, que precisamos da água, mas que podemos nos afogar… Se porém começa a ver um desequilíbrio na emissão dos sinais de medo, o organismo se descompassa, os comandos se desnorteiam, a adrenalina é liberada fora de hora e o medo, antes instintivo e real, passa a atuar destrutiva e aleatoriamente no centro emocional. Por exemplo, imagine uma estudante, que acorda muito indisposta e sua mãe, apesar de um recital de cuidados, a obriga a ir à escola.
 

 

    Estando meio adoentada, ela evidentemente está mais vulnerável, desatenta e suscetível à acidentes e ao atravessar uma rua com sua bicicleta, colide com uma moto vermelha e desmaia. Embora meio inconsciente, todos os estímulos (cor, cheiro, tato, umidade etc. estão sendo registrados e arquivados. Anos depois, ela acorda de mal com a vida e mais imprudentemente, pega o carro, vai ao shopping e uma moto vermelha lhe fecha bruscamente. Numa situação normal ela somente se irritaria, mas como ela estava já fragilizada,  houve uma liga de associação e imediatamente ela começa a sentir tontura e passar mal e aí pode desencadear uma série de reações. (Sem querer adentrar muito no campo das fobias e neuroses) Imagine também uma mãe possessiva, punitiva e superprotetora, que cerceia os passos de seu filho, incutindo-lhe um contínuo medo, ou pais negligentes, que se distanciam dos filhos, sem atenderem aos seus apelos de atenção e carinho.

 

    O que se pode esperar disso? A não ser que as crianças futuramente se trabalhem, a tendência é que o primeiro se torne inseguro, com medo da vida, e o outro rejeitado, revoltado ou submisso, com medo da solidão e do abandono. Esses são pequenos exemplos de possíveis desencadeamentos do medo.
 
 

     Observe os medos que vivencia. Alguns deles são puros mecanismos de auto-proteção, que sem querer, acabam mesmo é sabotando a sua liberdade de escolha, fazendo-o mergulhar na inércia, no receio e na dúvida, para que você não se exponha à vida e não corra riscos. Só que assim, você também não vive e não cresce. Portanto, daqui por diante, contate os seus tipos de medo e os encare diferentemente.

    Veja se essa lista lhe ajuda: medo de não passar num teste, medo de ficar sozinho, medo de adoecer,  de se casar,  de se separar e enfrentar a vida sozinho, medo de morrer, medo de tomar suas próprias decisões e arcar com elas, medo de lutar pelos seus direitos, medo da intimidade, medo de envelhecer, de ficar sem amigos, de não ser requisitado, de ser desagradável, de que lhe passem a perna num negócio, medo de mudar de emprego, medo de não mudar, medo de perder um ente querido, de falar em público, medo de avião, medo de se enxergar e constatar suas próprias emoções, carências, pensamentos e topes de defesas, medo de sentir felicidade, medo de situações e lugares estranhos, medo de mudar e, por incrível que pareça, até mesmo medo de ficar elegante e atraente. Fora essa lista-padrão (ainda incompleta) existem os nossos especiais e particulares  medos, escondidinhos a sete chaves, num canto obscuro da mente. Esses somente nós sabemos. São nossos bichos papões, que literalmente querem nos comer, comer nossa autoconfiança, nossa paz e tranquilidade. Veja os seus e não mais os alimente, reforçando-os com crenças negativas. Deixe que morram por inanição.
 
 

     Enquanto isso, abra-se a novas impressões. Permita que a sua consciência se expanda e vá formando melhores mensagens. Reflita:  A acomodação à uma situação, não representa segurança. A vida é movimento, mudança, desenvolvimento. Viver, significa crescer e crescer significa se propor constantes mudanças.

      O sentido da segurança  se baseia no reconhecimento de sua vontade maior, no resgate de sua força, e no desenvolvimento de sua capacidade de escolha e adaptação a cada nova situação.

    O curso da vida é contínuo e segue em crescente expansão. Acompanhe-o e com consciência, escolha a sua direção. Desenvolva assim o seu poder de decisão. Entre duas opções, seja qual for que escolher, irá crescer. O que importa não é bem a opção que faz, mas a maneira com a qual a conduz.
 
 

    A pior coisa é o medo do medo. A sombra do medo obscurece a real visão. Afaste-se dela e lembre-se: O medo assume o tamanho que você lhe dá, e perdura enquanto você estiver fugindo dele.

    Enfrente o medo cara-a-cara. É muito menos doloroso sofrer alguns instantes,  enfrentando-o e desmistificando-o, do que conviver com o seu gigantesco fantasma, durante toda a vida.
 
 

    Faça coisas que lhe desenvolvam a autoconfiança.

    Acredite que você é capaz de superar todas as dificuldades que aparecerem no seu caminho.

    Exponha-se diante do que teme. Por exemplo: Se você tem medo de falar em público, não perca uma só oportunidade de se expor perante uma plateia. Não será nada fácil nas primeiras vezes, mas a tremedeira vai passando até que um dia você vai se perceber alegre e descontraído, dando uma linda palestra, Se o seu medo for da solidão, retome o contato com você mesmo e faça o máximo possível para resolver os problemas sozinho. Logo sentirá a conquista de sua independência.
 
 

       Se puder detectar seus pontos de entrave, onde certos medos se instalaram e se libertar, melhor. Caso contrário, tranqüilize-se, há todos esses recursos. E acima de tudo, você têm dentro de si, uma canal divino, que religado, o transporta a um horizonte além das teias do seu psiquismo. Acredite, é possível religar-se e vislumbrar a luz do fim do túnel.
 
 

      Enquanto isso é provável que o medo lhe acompanhe a cada nova experiência de vida, pois o novo (como um quarto escuro) é ainda para você, um terreno inexplorada e estranho. Na medida em que tudo se clareia, você se familiariza e o medo vai passando… Até ter de atravessar outra nova e desconhecida situação.

    Deixe de esperar que o medo mude ou lhe abandone, é você quem tem de mudar sua relação com ele e o abandonar.
 
 

    Livros, curso e mensagens positivas são muito bem vindas.

    Invista no autoconhecimento. Quanto mais dados tiver de você, mais poderá se trabalhar e se superar. Medite e busque a sua fonte interior de sabedoria ela lhe dará as respostas que precisa.
 

    E por favor, caso possa, nunca permita que incutam o medo do sobrenatural, numa criança. Não permita que a amedrontem, dizendo que o bicho, o fantasma, a bruxa vai pegá-la e outras gracinhas do gênero.  O melhor antídoto do medo é a vivência de sua espiritualidade, é o reconhecimento de sua unicidade divina. Aonde há a presença superior, não há espaço para o medo.

    Encare as mudanças e siga o fluxo contínuo da vida, sem relutar. O crepúsculo não nos oferece somente o recolhimento do sol, mas também a chegada das estrelas.
 
 

    Veja portanto a vida, como uma continuidade em movimento e não como uma série de  rupturas. Cada medo, reconhecido e enfrentado, é uma oportunidade que você tem de se superar e crescer. Mais que um adversário, ele pode ser um mensageiro de novos tempos, indicando que melhores horizontes estão à sua espera. Boa sorte e lembre-se: Contate o medo, enfrente-o e siga adiante.
 
 

Ilustrações: William Blake
filipeta

Lígia Maria Ourique Orlandi é terapeuta holística e engrâmica.
E-Mail: ligia@msgnet.com.br
Lígia também escreve “mensagens do dia” no site imagick.org.br
Este artigo foi primeiramente publicado no jornal Evolução ano 1, N. 7
Evolução- Um jornal a serviço de uma nova consciência humana
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Rua Proença, 865, Bosque, Campinas (SP) CEP 13026-121
Telefax: (019)253-3816
  
 

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por: Ligia Maria Ourique Orlandi

     “Você vai sair… a esta hora? A que horas vem? E se chover? Cuidado! Feche bem o vidro do carro. Agasalhe-se… Olha o resfriado.”

    Você se lembra desses pequenos lembretes? Provavelmente eles fizeram parte, do quadro de recomendações diárias, no qual pessoas, sem dúvida, muito queridas e bem intencionadas, foram inadvertidamente desenhando, para cada um de nós. Alguns desses registros foram sendo implantados quando começamos a entrar mais em contato direto com o mundo. Nesta fase, mesmo que de um modo limitado, já estávamos num processo de relativa consciência e maior possibilidade de reflexão e discernimento. E nos anos mais próximos da infância? Evidentemente a repercussão de tudo o que nos transmitiam, era ainda maior, pois éramos acentuadamente mais suscetíveis, entregues e vulneráveis. E por tantas advertências recebidas, fomos reconhecendo o significado de uma sensação paralisante, de alerta e recuo, chamada MEDO.

 

     Nossos pais, não são, porém, os vilões da história. Fizerem o melhor que puderam. Reproduziram papéis também aprendidos. Lembra-se da nossa inocente quadrilha: Olha a cobra, cuidado, olha a chuva, abaixe a cabeça… Até mesmo ela apelava à intimidação e ao medo. E assim fomos crescendo, num mundo em que, junto a uma errada educação, a opressores sistemas sociais, religiosos e culturais, subsiste a herança ancestral. Com letras de fogo, a luta pela sobrevivência  foi cravada, engramicamente, em cada um de nós. Para nossos antepassados, expostos ao capricho do tempo, um trovão ressoava como perigo, para nós, hoje não mais. Porém, o registro Trovão-perigo, de alguma forma, sobreviveu em nossa rede de arquivos.  Hoje acrescentamos outros comandos de guerra, de perigo, de luta, os quais  nem sempre  decodificamos corretamente.
 

 

    Além de todos esses comandos e registros, navega nos véus da nossa alma, o nosso próprio livro pessoal, que ao sabor dos mares, se abre eventualmente, numa ou noutra página.  É o nosso  arquivo individual de experiências passadas, que por reativação, pode nos dar “flashes” de longínquas situações vividas, às vezes bem dolorosas. Nele está a nossa particular trilha do tempo, que desconhece as barreiras do tempo e do espaço e vida após vida, abre o palco a novos cenários, para que possamos reajustar antigas cenas, aprender, nos libertar, evoluir e alinhar novos episódios de vida. Em cada nova atuação, nosso antigo companheiro, o medo, nos acompanha. Sua intenção primária, foi sempre de nos ajudar, mas por interpretações erradas, acaba por nos atrapalhar e fazer com que nos escondamos por detrás dos bastidores, imobilizados pelo temor de participar direta e responsavelmente no desenrolar da história, da nossa história. Quando resgatamos um convívio saudável com ele e consciente e amadurecidamente o enfrentamos, ele passa a ser aliado do nosso crescimento. Através dele, nos superamos e adquirimos mais poder e autoconfiança para assumir nosso lugar no palco da vida e ter a liberdade de ser, de agir, de atuar e montar o próprio  script, de acordo com nossa vontade maior. E pode estar certo, que quando você se reconhece, conquista o seu espaço e dá o melhor de si, a você mesmo e aos outros, não só você próprio se aplaude, como o restante do mundo também.
 
 
 

     Enquanto isso, é compreensível que, com tantos implantes de: corra, fuja, perigo, cuidado… tanto você, quanto eu e o restante do mundo, sabemos bem o que essa pequena palavra MEDO representa. Reconhecemos o estado de alerta que sentimos num momento de risco (real ou imaginário): O coração, sem aviso prévio, começa a pulsar desatinado,  as mãos vão ficando trêmulas, frias e suadas, as pernas, bambas, vão perdendo o chão, a voz vai querendo travar e uma zonzeira e sufoco no peito vão tomando conta de nós. Esses clássicos surtos de terror, são simplesmente momentos de reativação, acionados, ora por associações emocionais negativas, ora por registros primários, instalados no nosso centro institivo. Esses últimos, como soldados de nosso instinto de sobrevivência, se prontificam a nos dar respaldo em situações reais de alerta.

 

    Sabemos que temos de comer e beber, que precisamos controlar o fogo, porque ele é vital, mas pode nos queimar, que precisamos da água, mas que podemos nos afogar… Se porém começa a ver um desequilíbrio na emissão dos sinais de medo, o organismo se descompassa, os comandos se desnorteiam, a adrenalina é liberada fora de hora e o medo, antes instintivo e real, passa a atuar destrutiva e aleatoriamente no centro emocional. Por exemplo, imagine uma estudante, que acorda muito indisposta e sua mãe, apesar de um recital de cuidados, a obriga a ir à escola.
 

 

    Estando meio adoentada, ela evidentemente está mais vulnerável, desatenta e suscetível à acidentes e ao atravessar uma rua com sua bicicleta, colide com uma moto vermelha e desmaia. Embora meio inconsciente, todos os estímulos (cor, cheiro, tato, umidade etc. estão sendo registrados e arquivados. Anos depois, ela acorda de mal com a vida e mais imprudentemente, pega o carro, vai ao shopping e uma moto vermelha lhe fecha bruscamente. Numa situação normal ela somente se irritaria, mas como ela estava já fragilizada,  houve uma liga de associação e imediatamente ela começa a sentir tontura e passar mal e aí pode desencadear uma série de reações. (Sem querer adentrar muito no campo das fobias e neuroses) Imagine também uma mãe possessiva, punitiva e superprotetora, que cerceia os passos de seu filho, incutindo-lhe um contínuo medo, ou pais negligentes, que se distanciam dos filhos, sem atenderem aos seus apelos de atenção e carinho.

 

    O que se pode esperar disso? A não ser que as crianças futuramente se trabalhem, a tendência é que o primeiro se torne inseguro, com medo da vida, e o outro rejeitado, revoltado ou submisso, com medo da solidão e do abandono. Esses são pequenos exemplos de possíveis desencadeamentos do medo.
 
 

     Observe os medos que vivencia. Alguns deles são puros mecanismos de autoproteção, que sem querer, acabam mesmo é sabotando a sua liberdade de escolha, fazendo-o mergulhar na inércia, no receio e na dúvida, para que você não se exponha à vida e não corra riscos. Só que assim, você também não vive e não cresce. Portanto, daqui por diante, contate os seus tipos de medo e os encare diferentemente.

    Veja se essa lista lhe ajuda: medo de não passar num teste, medo de ficar sozinho, medo de adoecer,  de se casar,  de se separar e enfrentar a vida sozinho, medo de morrer, medo de tomar suas próprias decisões e arcar com elas, medo de lutar pelos seus direitos, medo da intimidade, medo de envelhecer, de ficar sem amigos, de não ser requisitado, de ser desagradável, de que lhe passem a perna num negócio, medo de mudar de emprego, medo de não mudar, medo de perder um ente querido, de falar em público, medo de avião, medo de se enxergar e constatar suas próprias emoções, carências, pensamentos e topes de defesas, medo de sentir felicidade, medo de situações e lugares estranhos, medo de mudar e, por incrível que pareça, até mesmo medo de ficar elegante e atraente. Fora essa lista-padrão (ainda incompleta) existem os nossos especiais e particulares  medos, escondidinhos a sete chaves, num canto obscuro da mente. Esses somente nós sabemos. São nossos bichos papões, que literalmente querem nos comer, comer nossa autoconfiança, nossa paz e tranquilidade. Veja os seus e não mais os alimente, reforçando-os com crenças negativas. Deixe que morram por inanição.
 
 

     Enquanto isso, abra-se a novas impressões. Permita que a sua consciência se expanda e vá formando melhores mensagens. Reflita:  A acomodação à uma situação, não representa segurança. A vida é movimento, mudança, desenvolvimento. Viver, significa crescer e crescer significa se propor constantes mudanças.

      O sentido da segurança  se baseia no reconhecimento de sua vontade maior, no resgate de sua força, e no desenvolvimento de sua capacidade de escolha e adaptação a cada nova situação.

    O curso da vida é contínuo e segue em crescente expansão. Acompanhe-o e com consciência, escolha a sua direção. Desenvolva assim o seu poder de decisão. Entre duas opções, seja qual for que escolher, irá crescer. O que importa não é bem a opção que faz, mas a maneira com a qual a conduz.
 
 

    A pior coisa é o medo do medo. A sombra do medo obscurece a real visão. Afaste-se dela e lembre-se: O medo assume o tamanho que você lhe dá, e perdura enquanto você estiver fugindo dele.

    Enfrente o medo cara-a-cara. É muito menos doloroso sofrer alguns instantes,  enfrentando-o e desmistificando-o, do que conviver com o seu gigantesco fantasma, durante toda a vida.
 
 

    Faça coisas que lhe desenvolvam a autoconfiança.

    Acredite que você é capaz de superar todas as dificuldades que aparecerem no seu caminho.

    Exponha-se diante do que teme. Por exemplo: Se você tem medo de falar em público, não perca uma só oportunidade de se expor perante uma platéia. Não será nada fácil nas primeiras vezes, mas a tremedeira vai passando até que um dia você vai se perceber alegre e descontraído, dando uma linda palestra, Se o seu medo for da solidão, retome o contato com você mesmo e faça o máximo possível para resolver os problemas sozinho. Logo sentirá a conquista de sua independência.
 
 

       Se puder detectar seus pontos de entrave, onde certos medos se instalaram e se libertar, melhor. Caso contrário, tranqüilize-se, há todos esses recursos. E acima de tudo, você têm dentro de si, uma canal divino, que religado, o transporta a um horizonte além das teias do seu psiquismo. Acredite, é possível religar-se e vislumbrar a luz do fim do túnel.
 
 

      Enquanto isso é provável que o medo lhe acompanhe a cada nova experiência de vida, pois o novo (como um quarto escuro) é ainda para você, um terreno inexplorada e estranho. Na medida em que tudo se clareia, você se familiariza e o medo vai passando… Até ter de atravessar outra nova e desconhecida situação.

    Deixe de esperar que o medo mude ou lhe abandone, é você quem tem de mudar sua relação com ele e o abandonar.
 
 

    Livros, curso e mensagens positivas são muito bem vindas.

    Invista no autoconhecimento. Quanto mais dados tiver de você, mais poderá se trabalhar e se superar. Medite e busque a sua fonte interior de sabedoria ela lhe dará as respostas que precisa.
 

    E por favor, caso possa, nunca permita que incutam o medo do sobrenatural, numa criança. Não permita que a amedrontem, dizendo que o bicho, o fantasma, a bruxa vai pegá-la e outras gracinhas do gênero.  O melhor antídoto do medo é a vivência de sua espiritualidade, é o reconhecimento de sua unicidade divina. Aonde há a presença superior, não há espaço para o medo.

    Encare as mudanças e siga o fluxo contínuo da vida, sem relutar. O crepúsculo não nos oferece somente o recolhimento do sol, mas também a chegada das estrelas.
 
 

    Veja portanto a vida, como uma continuidade em movimento e não como uma série de  rupturas. Cada medo, reconhecido e enfrentado, é uma oportunidade que você tem de se superar e crescer. Mais que um adversário, ele pode ser um mensageiro de novos tempos, indicando que melhores horizontes estão à sua espera. Boa sorte e lembre-se: Contate o medo, enfrente-o e siga adiante.
 
 

Ilustrações: William Blake

 


 

Lígia Maria Ourique Orlandi é terapeuta holística e engrâmica.
E-Mail: ligia@msgnet.com.br
Lígia também escreve “mensagens do dia” no site imagick.org.br
Este artigo foi primeiramente publicado no jornal Evolução ano 1, N. 7
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