O trabalho corporal está assentado na compreensão dos circuitos energéticos.
A atitude corporal indica a predominância da direção da energia, e esta se expressa como sentimentos, pensamentos e reações fisiológicas específicas.
Qualquer que seja a comunicação ela estará expressando sua visão de mundo, sua forma de ser no momento atual. Usa-se a leitura corporal baseada no paralelismo entre a expressão corporal e as funções fisiológicas, emocionais e mentais e estas são interdependentes, quando interferimos em uma delas as alterações introduzidas manifestam-se nas demais.
A minha consciência é totalmente dependente do meu corpo porque sem corpo eu não ajo, não sinto, não percebo. Nós sofremos não por ser o que somos, mas por brigar contra. Não existe mecanismo neurótico sem a limitação da consciência para tentarmos só ter consciência daquilo que acreditamos que somos.
Todos limitamos a consciência de algum jeito, por exemplo: respirando pouco para termos pouca energia, paralisando o corpo para ele não se mover, não percebendo as sensações do nosso corpo, não parando para refletir, não percebendo de fato as coisas a nossa volta e nem a nós mesmos, ou não juntando tudo isso de forma inteira, ou seja, o que somos no momento com a nossa história, e isso só é possível bloqueando algo no corpo e esses bloqueios são as couraças.
Couraças são paralisações que fazemos em nosso corpo que vão resultar em diminuição da consciência, e a terapia vai ajudar a pessoa a retomar sua
consciência de maneira mais ampla e encontrar novas formas, mais saudáveis, de estar no mundo.
Para isso a terapia corporal emprega técnicas e exercícios corporais que ajudam a pessoa a fortalecer sua postura, aumentar sua energia, ampliar
e aprofundar a auto-percepção e acentuar a auto-expressão, levando a um contato com a sua essência, pois é no contato com a essência que está a
força para agir e estar no mundo.
A Terapia Energética Corporal conta com recursos técnicos para trabalhar em cada função onde a limitação da consciência estiver operando. O objetivo final
será sempre ampliar a consciência e integrar a abertura possível na identidade: o ser dono de si mesmo.