Para uma coisa que não pode ser vista, tocada ou sequer imaginada pela maioria das pessoas, a quarta dimensão exibe uma trajetória invejável fora dos corredores da ciência.
Desde que seu conceito foi descrito por Albert Einstein na década de 20, ela ganhou os contornos de um dos mais populares mistérios científicos do século passado.
Quando o mocinho Han Solo precisa escapar das forças destrutivas do vilão Darth Vader, na série de filmes de ficção científica do americano George Lucas, ele simplesmente ejeta sua nave para o hiperespaço, o bocado do universo que vive mergulhado na quarta dimensão. Ali, além de altura, largura e profundidade, os objetos apresentam outra dimensão.
Agora, no entanto, avanços da técnica de produzir gráficos e ilustrações com a ajuda do computador estão permitindo a sua criação de desenhos de gráficos com as quatro dimensões.
Eles não são, contudo, figuras de quatro dimensões, mas algo que se representa graficamente.
Trata-se de um truque, uma ilusão de ótica muito parecida com a perspectiva. Uma maneira que o italiano Filippo Brunelleschi encontrou para representar profundidades em telas planas e que se tornou célebre entre seus contemporâneos renascentistas.