67958533_2966275403401255_2740515273189621760_n(por Orual OJellav)

“Saudade…
das tardes azuis,
domingos de inverno.
nas ruas de pedra, ou terra batida.
Crianças jogando pião,
bolinhas de gude, bate-lata,
pulado corda, ou no
esconde-esconde…

Alegres, gritando, sorrindo,
no simples folgar.
Na calçada,
na frente das casas, avós e pais,
vizinhos, sentados,
juntos a conversar.

Do aroma das flores,
suave, eterno,
cravado na memória,
vem a imagem da ida,
da mocinha, vizinha faceira,
filha do turco do bazar.

A mente segue, voando,
mais e mais…
Lembrança dos beijos, inocentes,
do simples gostar.
Carinho fraterno,
singela troca de olhar…

Abraço não dado,
sem despedida…
Coração palpitante.
A tristeza da falta,
da menina,
amiga das tardes …
Velhos tempos! Saudade!

Nos seres, a pureza…
Imagens singelas,
um esboço apenas…
Silhueta graciosa.
Nas nuvens a sonhar…
Na lembrança,
na ausência,
no calar!

Permanece o sentimento.
O gosto do carinho,
contido,
na leveza da pureza…
Tempos idos que não vão voltar…

Lembranças…
Saudade viva nos suspiros do ser,
Tempos velhos, idos, passados,
Mas vivos, eternamente,
No coração de quem sabe,
e se permite, o verdadeiro amar…”

(Orual Ojellav – Série Poesias – 10/08/2019)
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