– Como evolui a consciência.
Todos sabem que somos uma Consciência e, todos devem saber que uma Consciência pode Evoluir. Ao que parece a evolução de Uma Consciência depende da aquisição de informações e da percepção do sentido lógico de cada informação. A perspectiva de como a informação é passada deve dar um sentido lógico. Perceber a validade do sentido lógico dado por uma perspectiva é fator de progresso na evolução de cada Consciência, pois do entendimento depende a compreensão. A Compreensão pode dar o rumo da percepção da informação como parte de um todo e, assim, influi na Conscientização, ou seja, na evolução da Consciência como processadora de informações avaliadas sob diferentes perspectivas. O Homem pensa por comparações e é necessário comparar o sentido lógico de uma mesma informação sob várias outras perspectivas para avaliar a razoabilidade.
Há Consciências que se fixam em uma perspectiva e passam a viver uma realidade relativa à perspectiva adotada como verdadeira. As fixações em perspectivas padronizadas nos Sistemas Organizados de forma arbitrária impedem o desenvolvimento do processo lógico que poderia ser acelerado pela imaginação. Inversamente, o limite da capacidade de imaginação pode ser o limite da percepção e, impede a visão de que há outras realidades a serem exploradas pela Inteligência. A Inteligência é qualidade da Consciência a ser desenvolvida pela Vontade da mesma. Um obstáculo a isso pode ser a condição da estrutura física do cérebro de que a Consciência dispõe para se manifestar. Admitindo a neuroplasticidade, a melhoria das estruturas de um cérebro depende de boa alimentação e de treinamento na associação e na conotação de idéias, usando os processos lógicos de ordenação, análise e questionamentos.
Tudo está interligado, mas a individualidade é uma condição útil no meio do oceano de Consciências interligadas na subjetividade. A individualidade proporciona um cérebro para cada Consciência e a ação de uma Consciência em um cérebro mostra que cada Consciência se apresenta com três aspectos. Admitindo-se que a Consciência é o nosso Eu, ou, nosso Self, somos três Eus em Um. Um Eu Básico relacionado com o físico e suas reações internas e ao meio ambiente, já classificadas como instinto, intuições e emoções associadas aos registros de uma memória subconsciente. Um Eu Superior que, estimula as buscas em um mundo de realidades subjetivas e relacionadas com energias percebidas e manipuladas por enfoques mentais subjetivos no cérebro e, mencionados como sendo “espirituais”. Sempre é bom lembrar que antes que se definisse Energia há 300 anos, a Energia originada por enfoques mentais subjetivos era denominada Espírito e Virtude, dependendo de quem e onde a utilizasse. Há um Eu médio a ser desenvolvido como lógico racional e analítico e, por essa razão, cheio de dúvidas e fantasias, tentando equilibrar o Eu Básico relativo ao Físico e seu lado objetivo, com o Eu Superior, relativo ao denominado “Mundo Espiritual” que, está sempre relacionado às evidentes habilidades psíquicas demonstradas naturalmente, ou, por treinamento.
Os três Eus são coexistentes e interdependentes, mas se admitirmos a evolução de uma Consciência levando em conta suas ações no plano terrestre, há inicialmente a predominância de ação do Eu Básico, depois o desenvolvimento do Eu Médio com progressiva integração do Eu Médio com o Eu Básico. Há pessoas em que há predominância de ação do Eu Básico, outras em que há predominância de ação do Eu Médio e suas ações intelectuais. Mais rara é a integração do Eu Médio com o Eu Básico e depois com o Eu Superior e o desenvolvimento de ações que caracterizam as habilidades psíquicas. As mais comuns são as que se caracterizam pelo aprendizado de como mobilizar energia psíquica para ajudar doentes e enfermos, transferindo energia para os mesmos. Esse extra de energia dá condição a que o próprio enfermo se reabilite. Menos comum é o aprendizado de entrar em sintonia com os cérebros e obter informações, fenômenos esses que caracterizam a telepatia, a vidência e a clarividência. Também há a possibilidade de projeções psíquicas que interferem na fisiologia de terceiros para ajudar a equilibrar funções e corrigir problemas devidos a desequilíbrios na energia da própria Consciência.
No entanto, a maior porcentagem da população do planeta vive com predominância de ações do Eu Básico e é histórico o fato de que milhões de seres humanos foram mortos ou em guerras estúpidas que destroem civilizações, ou, em ações de perseguição a bodes expiatórios. Quem pertence a uma minoria ou outra está sujeito a ser alvo de alguma caça as bruxas. As minorias onde se dá a predominância de ação do Eu Médio, ou, do Eu Superior, também não estão livres de momentos de estupidez em que o Eu Básico toma conta e, por essa razão a vigilância deve ser contínua. Toda pessoa em que o Eu Médio se destaca, ou, o Eu Superior mostre habilidades está sujeita à inveja e é aonde mora o perigo.
A ciência é o paradigma da racionalidade, mas com o tempo, a ciência ficou restrita a Sistemas Organizados onde predomina uma hierarquia dominante. Muitas vezes uma ideia nova não é aceita, pois seu conteúdo não é dominado pelos membros da hierarquia dominante e, pode passar uma ou mais gerações até que a ideia nova seja aceita. Se isso acontece com a ciência, podemos imaginar o que pode acontecer com a política e com a religião, aonde o forte é o que seja lógico, até razoável, se bem que pouco provável. A solução seria se houvesse um meio de fazer com que todos funcionassem integrados com o Eu Superior e assim, o esforço coletivo seria suficiente para resolver os problemas apresentados pela humanidade. A impressão que eu tenho é a de que Jesus tentou fazer isso entre os seus há dois mil anos. Resultou em miríades de interpretações de suas idéias e que já proporcionou mais do que uma guerra sem contar com as perseguições, algumas econômica e financeiramente convenientes ao poder vigente em diferentes épocas.
Fraternalmente
Escrito por Prof. Alberto Dias