Um missionário viajava a pé pelo Himalaia com um monge. Estava terrivelmente frio e o vento era sentido como lâminas agudas cortando a pele em fatias. A noite se aproximava quando o monge o advertiu que estavam em perigo de se congelarem até a morte se não alcançassem o mosteiro antes da escuridão cair.
Repentinamente, eles ouviram um grito por ajuda. Ao pé do despenhadeiro estava um homem, caído e muito machucado. O monge olhou e disse:
– Não pare. Deus trouxe este homem ao seu destino. Vamos nos apressar antes que nós, também, perecemos.
Mas ele respondeu:
– Deus me enviou aqui para ajudar meu irmão. Eu não posso abandoná-lo.
O monge continuou, andando com dificuldade através da neve, enquanto o missionário tentava resgatar o homem. O ferido tinha a perna quebrada e não podia andar. Ele amarrou o homem às suas costas. Com grande dificuldade ele escalou o despenhadeiro. Embora quase desmaiasse pela fadiga e sobreaquecido pelo esforço. Finalmente, ele avistou as luzes do mosteiro.
Então, pela primeira vez, tropeçou e quase caiu. Mas não de fraqueza, tinha tropeçado em um objeto caído na estrada coberta de neve. Era o corpo do monge, congelado até a morte.
Anos mais tarde um amigo lhe perguntou:
– Qual a tarefa mais difícil da vida?
Sem nenhuma hesitação respondeu:
Não ter nenhum peso para carregar.