Cantinho do Titio

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 ALEISTER CROWLEY

Palestra dedicada à memória de Raul (Santos) Seixas

“Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.” AL i 40

 racroVou começar a palestra em tom de depoimento e a narrativa não será linear: eu sou o início, o fim e o meio. Vi o nome do mago inglês Aleister Crowley (1875-1947), pela primeira vez, em 1967 no livro O Despertar dos Mágicos, de Jacques Bergier e Louis Pawells e, dez anos depois, lendo Os Livros Malditos, da mesma dupla de vigaristas que fez a cabeça de várias gerações e que me enganou também, durante mais de 20 anos. Eles definem o Crowley simplesmente como “um delirante alucinado”.

Meu interesse pela figura de Crowley começou a partir da morte do genial compositor e cantor Raul Seixas em 1989, quando li um livrinho do Sylvio Passos, Raul Seixas por Ele Mesmo (Ed. Martin Claret, 1990). Descobri que Crowley era o grande guru do Raul e saí desesperado em busca de algum livro do mago e não achava em lugar nenhum – fui a todas as bibliotecas públicas, sem resultado. Sabia que a editora Martins Fontes havia publicado o célebre O Livro da Lei (1904) em 1977, e fui lá. Falei com meio mundo e todos despistaram. Procurei então o poeta e xamã Roberto Piva, que conhecia algo do Crowley e até me contou algumas de suas proezas paranormais. O caminho estava aberto. Minha irmã Jane Ferreira conhecia o maluco total Alberto Lira Jr., filho do grande escritor ocultista Alberto Lira e, dias depois, ganhei de presente diversos livros do Crowley. Comecei lendo The Great Beast — The Life and Magick of Aleister Crowley (Macdonald & Co Ltd 1971, Inglaterra). O livro está cheio de anotações do Lirão e isso até me ajudou. Li com o mesmo fascínio que ele leu – ou mais. Eu andava durango kid por causa do Plano Collor e tive tempo pra mergulhar de cabeça na magia que iria me tirar do buraco. Embarquei na lei de thelema e minha vida começou a mudar.

Curiosidade: eu não sabia que Crowley estava na minha casa, isto é, num livro sobre cinema underground — The Baudelairean Cinema, citado várias vezes na filmografia de Kenneth Anger, o mais crowleyano cinepoeta de todos os tempos, autor de Thelema Abbey: Black and White (1955), documentário de curtametragem que por sinal não está disponível por motivos desconhecidos. Seu filme seguinte, Inauguration of the Pleasure Dome (1954-1966), é dedicado a Crowley e tem o ator Samson DeBrier no papel da Grande Besta 666, Cagliostro (que Crowley teria reencarnado), Lord Shiva, Nero e Osíris. Anger (nascido em 1932) faz cinemagia & se define como mago em outros dois filmes: Invocation to My Demon Brother (1969), com música composta por Mick Jagger ao Moog, e Lucifer Rising, com trilha a cargo de Jimmy Page, que aliás comprou o apartamento que Crowley tinha em Nova York, onde também se passa ação do clássico O Bebê de Rosemary, de Polansky que também tem simpatia pelo diabo, assim como Ozzy Osbourne — ouçam a ópera-rock Mister Crowley!

Entre nós tratei de me situar crowleyanamente a partir de l992, quando dei o curso Raul Seixas, o Filósofo do Rock em oficinas culturais, realizei o vídeo Metamorfose Ambulante ou As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thoth (1993, 20 minutos), assim como Paulo Sacramento mandou ver o mago do século em seu curta Ave (1992). Meu vídeo é dedicado a Crowley, Anger e Jonas Mekas e o curta do Sacramento é para mim. E tem mais: em 1997 rompi com a Cúpula da Estrela Dourada e fundei minha própria ordem hermética — a Cúpula da Estrela Prateada. O ‘lance’ é retomar os princípios da “Sociedade Alternativa”. Toninho Buda é um grande estudioso do tema, interpretou Raul no meu vídeo, visitou o edifício Dakota em Nova York e continua fiel à contracultura e ao hermetismo, com Franz Bardon na cabeça.

sgt_peppersAh, também os Beatles curtiram Crowley — está na capa do álbum Sg.Peppers, por sinal o melhor de todos os tempos, na área da guitarra como espada na mão. Crowley é o segundo à esquerda no alto.
Na ordem linear de minha pesquisa vou constatando que a gente paga um preço alto pelas descobertas. Tem ‘carinha’ achando que estou fazendo magia negra, pode? Sem essa, ‘aranha’. Vou esclarecer essa questão ‘no ato’:

“Haverá por acaso, Magos Azuis, ou Vermelhos, ou Rosas ou, quem sabe, Liláses? (…) A grande ilusão das pessoas que procuram a magia é supor que ela é um instrumento para alterar a Natureza como, por exemplo, fazer chover, ventar, quebrar copos à distância, etc. As Leis da Magia são as próprias Leis da Natureza. Portanto tudo que tende a alterar ou subverter estas Leis é Magia Negra. (Euclydes Lacerda de Almeida — revista Safira Estrela, 1995).

“Para praticar-se magia negra você terá que violar todos os princípios da ciência, decência e inteligência. (…) Eu tenho sido acusado de ser um magista negro; nenhuma tão tola afirnação foi feita a meu respeito. Eu mal posso crer na existência de indivíduos tão idiotas para praticarem a magia negra. A Missa Negra é um assunto totalmente diferente disso. Eu nunca poderia executá-la, mesmo que desejasse, pelo simples fato de que eu não sou um consagrado padre da Igreja Cristã.” (Aleister Crowley – nome misterioso).

Seu pai se chamava Edward Crowley; sua mãe, Emily Bertha, nascida Bishop. Aleister é um nome muito lindo que o mago criou para si mesmo. Recomendo enfaticamente a leitura do livro Curso de Magia (Iglu Editora, 1994) , do prodigioso José Roberto Romeiro Abrahão, parceiro de Raul Seixas na maravilha que é A Pedra do Gênesis. Raulzito lhe dedicou Carpinteiro do Universo).

leo-Pessoa-CrowleyO poeta Fernando Pessoa (13 de junho 1888-30 de novembro 1935) chegou a corrigir o mapa astral da Besta 666. O encontro de ambos está bem relatado no livro organizado por João Alves das Neves, Poesias Ocultistas — Aquariana, 1995: “Crowley teria 55 anos quando, em 1930, chegou a Lisboa, onde desembarcou do navio ‘Alcântara’ no dia 2 de setembro: ‘Em terra, Fernando Pessoa, transido e tímido, vê avançar para ele um homem alto, espadaúdo, envolto numa capa negra, cujos olhos, ao mesmo tempo maliciosos e satânicos, o fitam repreensivamente, enquanto exclama:

— Então que idéia foi essa de me mandar um nevoeiro lá para cima?”

Palestra é palestra & só vou dando ‘dicas’. Eu curto Fernando Pessoa desde 1966 ou antes. Mas só recentemente ‘saquei’ que toda a sua obra concilia magia & poesia.

Daí que falo em cinemagia.

& vou citar Jonas Mekas: “No soy versado em magia. Solamente ayer, después de ver el film de Kenneth Anger — no qual Bobby Beausoleil faz Lúcifer, atenção Paulos, Sacramento & Gregori ALegrinni da egrégora, Jairovsky vos fala! — compré el libro de Aleister Crowley Magick. Cuando les dije esto a unos amigos, levantaron las cejas. ‘Crowley? Crowley es maligno. De modo que ahora tengo que leerlo, porque no creo que Crowley sea maligno. Alguns han dicho que Invocation es un film maligno. Pero you sé que Anger es una de las personas más bellas y más bondadosas que existen, y sé que, aun cuando intentara hacer un film maligno, éste resultaría un canto a la vida. Pero conozco tanta gente ‘buena’ que, aun cuando hace un ‘buen’ film, termina haciendo un film maligno, que destruye a la vida.”

Lavamos a égua & a alma principalmente em encontro com Jonas, no Maksoud, em Sampa 94. Carlos Reichenbach prefere o irmão de Jonas, Adolfas. Tudo bem.

O que não vou deixar de dizer é que o preconceito corre solto & praticamente fui expulso da vida de meus amigos Salum & Ana Lúcia por causa do tesão pelo “maligno”… Eu cantava Rock do Diabo e a roteirista ficou puta comigo. Diabo est Deus. Faço realmente o que o Diabo gosta — e viva Lúcifer!

augusto_ferreira_gomes11Nem vou investigar a sabotagem da mídia ao que chamo sintonia CROWLEY-PESSOA. Vamos direto ao poema Hino a Pã que FERNANDO traduziu:

Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
(…)
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, como fauno e fera
A ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
(…)
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
(…)
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Despertai na dobra
Do aperto da cobra.
IÔ PAN! IÔ PAN! IÔ PAN!
(Mestre Therion)

 Aleister Crowley é o Orson Welles da magia, o Rogério Sganzerla do melhor filme brasileiro de todos os tempos — O Bandido da Luz — & um dos dez mais de todas as histórias do cinema .

666 = luz, o mistério do sol. Em dolby estéreo. Ou o número 6 não é o número do astro maior na tradição ocidental?

ze rImaginai três planetas sendo succionados, mas isso é tarefa para trilhões de anos-luz. Consultem a respeito Zelinda Orlandi Hypolito — Imagick.

Importante é destacar a picaretagem que se faz em torno de uma tal de Nova Era. Confundem velho com novo. Velho Aeon é igual a cristianismo. Novo Aeon é crowleyanismo. A Bíblia Sagrada seria Profana, pois, nas transliterações, o número 666 é tido como número de um homem, quando o é de todos. Principalmente dos iluminados.

Precessão dos equinócios. O que é isso?

Seria serial se não fosse o diabo a quatro, o olho vermelho de marte, o akasha.
Daqui a 452 anos saberemos o que é Novo Aeon.

A 666 fotogramas por fração de segundo na sintonia da luz astral kubrickiana.

Consultem Toninho Buda, leiam tudo desse ‘cara’ que é contraculturagonósticka.

FrontE se interroguem: por que Raul Seixas deixou inacabado o Projeto Opus 666?

Alguém me perguntaria sobre os heterônimos do mago?

A resposta não tarda & lembrarei aqueles de Fernando Pessoa e os meus também.

Crowley é mestre Therion, Parsifal, Frater Perdurabo, talvez Baphomet; como Fernando Pessoa é Álvaro de Campos, Alberto Caiero, Ricardo Reis.

E eu não fui João Miraluar, Marshall McGang, Ligéia de Andrade no Shimbun?

Nenhum homem sabe quem é & todo homem e Crowley teria sido seu próprio defensor invisível ou anjo da guarda ET, Mister AIWASS. Reencarnação não é assunto científico, mas o mago inglês teria sido sacerdote theban, sábio chinês Ko (discípulo de Lao Tsé), Eliphas Levi (Dogma e Ritual da Alta Magia, 1856), Cagliostro. Piada! Só faltou ter sido Ísis, Osíris & Hórus que é Ra-Hoor-khuit. Coisa séria é o Aeon Virgem-Peixes & Aquário-Leão.

Dir-se-ia que me interessa menos o Crowley da profecia e mais o da poesia?

Eu gostaria de ver o equilíbrio de ambas dimensões tridimensionais.

E fim de um início.

Vamos ao meio, retomando a linearidade de minha iniciação que se deu via um dos livros mais complicados do magista, Magia e Misticismo:

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“Considere-se a parábola de Cristo no Deserto, quando ele é tentado a usar seu poder mágico para fazer tudo, menos o que deve ser feito. (…)

“O Magista pode escolher que nomes usará; mas cada nome deveria de alguma forma simbolizar a sua Obra em método e consecução. (…)

“A Vontade Mágica é em sua essência dupla, pois presssupõe um começo e um fim; querer ser uma coisa é admitir que você não é a coisa que você quer ser.”

“A Bíblia foi mal traduzida por letrados perfeitamente competentes, porque ele tiveram que levar em consideração a teologia da época. O mais flagrante exemplo é o ‘Cântico dos Cânticos’, uma típica peça de erotismo oriental. Mas como era impossível admitir tal coisa num livro ‘sagrado’..

Fico achando que Crowley está para a Magia como Ezra Pound para a Poesia.

Numa palestrinha não dá pra desenvolver as transcendências maiores.

124zyvmIsto aqui não é sequer um ensaio, apenas um trailer na trilha da cinemagia, cinemagick. Então dá-lhe Yoga e Magia:
“Se a terra parasse de girar em torno do sol, ela imediatamente cairia no sol.”

Infelizmente o Marcelo Motta se intromete demais no texto de Crowley, mas…

“Mas, toda religião é igualmente positiva em suas asserções, e toda religião exige fé. Esta nós recusamos por falta de provas científicas.”

“Buda nasceu príncipe e morreu mendigo, Maomé nasceu mendigo e morreu príncipe. Cristo permaneceu desconhecido até muitos anos depois de sua morte.”

Não dá pé falar em Pratyahara, Dhyana e muito menos de Samadhi aqui. Leiam o livro, é a minha saída.
Indicações corretas. E vale lembrar a referência de Robert Heilein, autor do clássico de ficção-científica Um Estranho numa Terra Estranha, à O Livro da Lei, Raulzito… é o maior divulgador de Crowley no Hemisfério Sul Som Som. E tudo começou nos anos 70 na parceria Raul Seixas – Paulo Coelho. Isso interessa pouco aqui, pois o lance agora é decifrar o misterioso Aiwass, ser pretérito que “ditou” The Book of Law (tecnicamente LIBER AL VEL LEGIS) ao magnânimo mago nada magro. Crowley era um atleta, praticou alpinismo & nem vou falar de suas proezas paranormais pra não passar por proselitista. Que fique bem claro: admiro a figura mas prefiro definitivamente Franz Bardon.

Quem é Aiwass?

aiwass-or-eyes-shahine-aliSeria uma inteligência préter-humana, talvez ou com certeza de outro planeta.

Vamos à crônica. Estava Mister Crowley em honeymoon. Onde? Só podia ser no Cairo. Aliás, Raulzito levantou a lebre: Abramelin é citado em Na Rodoviária. Mas vamos ao ‘busílis’: estamos em 1904 e nos dias 8, 9 e 10 de abril O Livro da Lei é “psicografado” por Crowley em circunstâncias fantásticas. As boas edições trazem o manuscrito. Isso é a prova, pois se ninguém jamais viu os originais da Bíblia ao menos há os originais desse livro ultraherméticko que muitos até hoje tentam ignorar na nostalgia da Biblioteca de Alexandria.

Noções mínimas de egiptologia são úteis a quem queira avançar no ‘lance’. Isso aqui está me parecendo um filme de suspense intergaláticko & não vou falar mais nada, senão você não vai curtir — só adianto que “tudo acaba onde começou”. Babalon ou Babel ou Babilônia? Não está pintando a Terceira Guerra Mundial antes do Terceiro Milênio? Então é tudo brincadeira, filme de Spielberg ou Lucas remake Star Wars, você não sabe se a guerra é virtual ou não & se diverte: cinema é a melhor diversão & refresca a cabeça dos melhores pensadores sem missão mas com função extraplanetária ou infraterrestre!?!

Iraque de araque. ‘Sem essa, aranha’! Não acredito em nova hecatombe & é por isso, inclusive, que os discos voadores estão de plantão. O negócio é o ócio: Kenneth Grant é o mais brilhante texto pós-Crowley, não é Val telemita Lobão? Meu amigo de infância Edison Calgaro ‘tá’ cansado dessas piadas em torno de filosofias sobre essa dimensão atual da encarnação. O LANCE É O CINEMA DA ALMA. Calma, senhoras & senhores da circunstância — ouçam Jimi Hendrix : if six was nine… 666 não tem nada a ver com 1999. O calendário agora é outro & estamos exatamente em XCIV — sim, você que é sábio: calcule pelo Apocalipse 13 de 1 a 18. Cuidado pra não ‘pirar’, pois os copidesques ortodoxos podem te cobrar caro pelo paradoxo. Onde está “um homem” queira fazer a gentileza de ler “do homem”. Socialismo Libertário. Anarquismo. Kropotkin na cabeça. Ouvindo 22 álbuns do Raul Seixas full time. Claro, ‘umas’ de Zé Ramalho também estão na pista. Walter Franco, Gil, Rita Lee. Erudição como erro de edição, apesar do meu disquete. Mas a palestra é essa & a mulher do Crowley (que era bissexual) chamava-se Rose. Rosebud? O mistério AIWASS ainda pode ser conferido no museu Boulak, não sai nada cara a viagem desde que ‘neguinho’ suporte o peso astral da numerologia malucka: 93 / 418 / 444 / 718 / 777 / 1142 etc. & a barra de pisar em território dessacralizado, digamos. Eu não iria a não ser com guia ou não.

Hoje o guri seria guru: ipsissimus em pelo menos três anos. Depende da intensidade do treinamento sem drogas ou com. Assim como Freud era chegado à cocaína, Crowley curtia drogas pesadas — isso não importa, diria William Burroughs. Mostrai o milagre & não o espírito de porco.

aleister-crowley-space-in-time-with-the-great-beast-sam-haneEdward Alexander Crowley, o “pior homem do mundo”, nasceu no mesmo ano em que foi fundada a Sociedade Teosófica por Helena Petrovna Blavatsky: 1875. Essas datas podem dizer muito ou nada: Jimi Hendrix e Janis Joplin morreram em 1970. E daí? A teosofia é hoje ‘devagar quase parando’, Paulo Coelho retornou à religiosidade católica & essa ‘babaquice ‘consumista de anjos é o fim da picada. Pioraria na virada do milênio que é uma data forjada.

Para quem está ‘afins de curtir’ Crowley eu recomendaria não o próprio, mas o pouco divulgado & mais prático Franz Bardon. Pode soar como paradoxo, mas hoje acho Crowley superado, por exemplo, por Kenneth Grant que, em parceria com John Symonds, ‘mandou ver’ uma belíssima edição do The Magical Record of the Beast 666, diário sobre magia sexual que tem tudo a ver com William Reich & sua teoria sobre o poder do orgasmo. Acho ‘furada’ a comparação entre Crowley, G. I. Gurdjieff e Madame Blavatsky. Puro artifício da mídia. A teosofia era o máximo, agora é o mínimo: há centenas de ramificações mundo afora — atenção: jamais falei em seita, OK? — e o que era secreto continua reservado aos poucos. “E aos muitos”, diz meu amigo cinexperimentalmente poeta Paolo Gregori.

O ‘lance’ telemita tem sintonia total com Nietzsche, que Crowley admirava. É em síntese o exercício da vontade (thelema em grego), pois quando você quer, todos querem. Deus est Homo.

Com o pé na estrada e a cabeça nas estrelas — JF: Cúpula da Estrela Prateada

“Amor é a lei, amor sob vontade.”
“Love is the law, love under will.”

Jairo Ferreira é cinepoeta, crítico & autor do livro Cinema de Invenção. (Co-edição Embrafilme-Ed. Max Limonad, 1986 — edição esgotadíssima. Em fase de reedição revista e ampliada/Funarte, 1998).

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Textos escritos ou selecionados por: Zelinda Orlandi Hypolito
ze666Psicóloga clínica com especialidade em regressão de memória;
em PKZ – Psyckorszem – A Reconciliação entre os corpos físico/emocional/mental;
e terapia de DBITP (Dessensibilização Progressiva de Incidentes Traumáticos Primários).


Criadora do Workshop: Despertar da Bruxa.
Fundadora do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick.
e Pontifex Solaris do IIE (Imagicklan – a Irmandade das Estrelas)
Vice-Presidente do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick;
Coordenadora de todas as atividades da Cidade das Estrelas;
Criadora de todos os cursos regulares promovidos por esta entidade.
Telefones: (0xx) (11) 3031.3076 – Celular: (11) 962333.1777