A consciência dirige o curso dos impulsos elétricos no cérebro.

cr1Quanto mais complexa a tecnologia, mais sofisticados se tornam os equipamentos que imitam o funcionamento do cérebro. O mais conhecido de todos é o extraordinário computador, agora ultra miniaturizado, com gigantescos bancos de memória e com um poder de super processamentos de informações. Mas mesmo estes modelos avançados são primitivos diante do cérebro criado pela natureza, pois uma ciência de cinquenta anos não pode ser comparada à experimentação empregada para desenvolver nosso sistema nervoso, que levou 5 bilhões de anos para se aperfeiçoar.

As limitações dos modelos tornam-se evidentes quando tentamos descobrir onde a memória está localizada. Descobrimos que as memórias especificas não têm lugares definidos. Estão dispersas entre os bilhões de células nervosas do cérebro.

Cientistas fizeram experiências com ratos treinados para percorrer labirintos. Cortaram e trituraram pequenas seções do cérebro desses ratos, que foram dadas a comer a ratos não treinados. Constataram, então, que os ratos que ingeriram estas secções do cérebro aprenderam a percorrer os labirintos com rapidez 33% maior do que os outros que não receberam este alimento. O cérebro triturado considerado “morto”  fora digerido e assimilado pela corrente sanguínea dos ratos não treinados. Assim mesmo eles utilizaram as informações contidas nas células. A lembrança do labirinto permaneceu.

cr2Outro enigma que os pesquisadores procuram decifrar é como se processa a transmissão da informação no cérebro. As informações movimentam-se no cérebro assim como os impulsos elétricos viajam pelos fios. Mas os neurocientistas ainda não descobriram quais os caminhos ou canais de comunicação que conduzem esses impulsos. Infelizmente, para os cientistas, o cérebro não é feito de uma massa de fios percorrendo o órgão de um lado para o outro. Pergunta-se, então: como é que um impulso sabe a que célula deve dirigir-se ou por que canal deve andar? Cada célula nervosa do cérebro tem pelo menos um axônio, ou fibra transmissora, e diversos prolongamentos ou fibras receptoras. Cada axônio pode estar em contato com dezenas ou centenas de prolongamentos, cada qual pronto para receber uma informação elétrica. Se as transmissões ficassem largadas ao acaso, cada vez que o cérebro enviasse uma mensagem à mão para pegar um copo de água, a probabilidade de acerto seria de uma em 10 milhões.

Os novos modelos do cérebro agora mostram a consciência como a força que dirige o curso dos impulsos elétricos no cérebro e também os locais de armazenamento da memória, assim como outros “incidentes” muitas vezes atribuídos à paranormalidade. Este modelo, que é uma associação do que de mais avançado existe na física e na neurologia, assemelha-se mais à concepção que os xamãs têm do  mundo do que ao que os computadores apresentam. Descreve o cérebro como um holograma – um sistema no qual cada pedaço contém as qualidades do todo. Esta palavra é derivada da expressão “holografia”, um processo fotográfico tridimensional. Obtém-se este efeito dirigindo um raio laser através de um negativo. A olho nu, o negativo se parece com um simples filme de cor cinza mas, na verdade, este filme cinzento é um padrão, uma “interferência” que, estimulada pelo raio laser, reproduz a imagem do objeto que criou o modelo. Se cortarmos um canto do negativo e projetarmos um raio laser através dele, obteremos uma imagem do todo, embora baça e sem contornos fortes. Mas não importa o tamanho do pedaço de filme – a imagem total está lá.

Há um bom número de pesquisadores, entre os quais se encontram o neurologista Karl Pribam e o físico David Bohm, que acham que a memória fica armazenada em todo o cérebro, de forma holográfica. Cada seção do cérebro e todas as suas células contém a memória total. Para melhor compreendermos isto, usemos o seguinte exemplo: se lançarmos três pedrinhas num tacho redondo contendo água, as ondas produzidas pela sua queda formarão círculos concêntricos em expansão.

cr3Ao se cruzarem, estes círculos criarão um padrão de interferência. Se, naquele momento, congelarmos a água e em seguida quebrarmos um pedaço de gelo de 2 ou 3 centímetros contendo o cruzamento das três ondas, teremos um padrão de interferência – um holograma – com informações suficientes para conseguirmos uma descrição das três pedrinhas.

A nova teoria sobre o cérebro apresenta descrições além das de praxe, pois ela é formada pela associação da neurologia e da física quântica. Postula que os nossos cérebros apresentam um quadro da realidade que transcende o tempo e o espaço. Com efeito, segundo esta nova teoria, o cérebro recolhe e interpreta ondas semelhantes às criadas pelas pedras atiradas à água. Nesse caso, porém, as pedras representam o que existe, cada uma produzindo sua própria frequência, e o que sentimos ser real é só o padrão de interferência que criam.

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