nperUma nova palavra poderá ser incorporada ao vocabulário moderno devido a uma prática muito comum nos dias atuais, é a palavra: imperdão.

Que é a incapacidade da criatura humana de perdoar, não me refiro às grandes tragédias como assassinato, roubo, estupro, pedofilia ou outro ato do mesmo nível. Mas as coisas pequenas que separam amigos de infância, familiares, vizinhos,colegas de escolas e trabalho por motivos insignificantes, mas que aos seus olhos se tornaram gigantesco. Os grandes laços de afetos são desintegrados por atos mínimos e esquecidos são os favores, as dedicações, as confidências trocadas, os apoios recebidos, inclusive, são esquecidos os próprios erros praticados contra aqueles que não são perdoados.

O imperdão está sendo aplicado em casos semelhantes ao:

-Ele(a) não fala comigo, então não falo mais com ele.

– Ele (a) falou ou fez coisas que não gostei e eu dei o “troco”.

-Ele(a) me ignora então, eu também vou ignorá-lo(a).

-Ele(a) não me convidou para sua reunião ou festa, então…

O rol de atos de imperdão é tão imenso que daria material farto para um livro. Psicólogos, psiquiatras e conselheiros religiosos deveriam atentar para esta doença da alma que está se alastrando de forma galopante entre a humanidade provocando, muitas vezes, outros cânceres do espírito que podemos nomear de solidão, depressão e outros sintomas críticos que levam os doentes à procura de medicamentos para o corpo, mas não para a alma.

Perante a perfeição que chamamos de Deus, nenhuma falta, nenhum erro que existe é imperdoável.

Jesus, morrendo na cruz, perdoou os seus assassinos e o povo que o deixou nas mãos dos carrascos cruéis.

Joana D´Arc no plano espiritual é o anjo guia dos homens que a torturam e queimaram na fogueira inquisitorial.

Perdoar, portanto, é atitude de almas nobres.

Vigiemo-nos para que não absorvemos esta doença gravíssima do espírito que se chama: imperdão.

Miryã KALI

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