criangaVá A Reino dos Sonhos e Traga Um Poema de Volta

No campo dos sonhos, certas civilizações ditas primitivas têm muito a nos ensinar. Após passar muitos anos entre os indígenas da tribo Senói, na península da Malásia, a psicóloga americana Ann Faraday conta que eles desenvolveram técnicas muito avançadas para o aproveitamento terapêutico dos sonhos.

“Os Senói são considerados um dos grupos mais pacíficos e democráticos de toda a literatura antropológica. Há centenas de anos não se registrou em seu meio nenhum crime violento, nenhum caso de neurose grave. Esse fenômeno único é devido às técnicas particulares de manipulação psicológica dos sonhos, que eles desenvolveram.” Continua Ann Faraday: “Os pais ensinam às crianças Senói que elas devem sempre retornar ao estado desperto trazendo alguma idéia criativa apanhada no ‘reino dos espíritos do sonho’. Por exemplo, ensina-se às crianças que, se elas sonharem estar voando, devem tentar dirigir o voo para algum lugar, encontrar os espíritos que moram ali, e aprender com eles uma dança, uma canção, ou qualquer outra coisa criativa”.

Ao acordar, essas idéias são comentadas e divididas com o resto da tribo, que, ou as aceita, incorporando-as à sua cultura, ou as rejeita, advertindo gentilmente o sonhador a sonhar melhor da próxima vez.

“Nesse processo de educação do sonho”, conclui Faraday, “os sonhos angustiosos transformam-se em sonhos de alegria. Os efeitos, no indivíduo desperto, parecem ser muito benéficos: os Senói são um povo delicioso, com uma extraordinária  riqueza folclórica e poética, principalmente na música e na dança. Estou certa de que eles podem ensinar muitas coisas a nós, civilizados ocidentais.”

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