Seja onde for, não afirme: – “Detesto esse lugar!”
Cada criatura vive na terra dos seus credores.
Ouvindo a frase infeliz, não grite: – “É um desaforo!”
Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.
Atravessando a maturidade, não se lamente: – “Já estou cansado”.
Sintoma de exaustão, vontade enferma.
Sentindo a mocidade, não assevere: – ”Preciso gozar a vida!”
A vida terrestre não é uma excursão turística.
À frente do amigo endividado, não ameace: – “Hoje ou nunca!”
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.
Ao companheiro menos categorizado, não ordene: – ”Faça isso!”
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.
Perante o doente, não exclame: – ”Pobre coitado!”
Compaixão desatenta, crueldade indireta.
Ao vizinho faltoso, nunca diga: “Dispenso-lhe a amizade.”
Todos somos interdependentes.
Sob o clima da provação, não se queixe: – ”Não suporto mais!”
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
No cumprimento do dever, não clame: – ”Estou sozinho.”
Ninguém vive desamparado.
Colhido pelo desapontamento, não reclame: – ”Que azar!”
A Lei Divina não chancela imprevistos.
À face do ideal, não se lastime: – “Ninguém me ajuda.”
Na espiritualidade temos responsabilidade pessoal com o Criador Universal.
André Luiz por: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Do livro: O Espírito da Verdade.