(por Orual Ojellav)
“E lá se foram os tempos.
Ficaram lá atrás!
Alguns esquecidos completamente.
Outros mantidos eternamente.
Momentos?
Sim, são os momentos que compõe nossas memórias.
Algumas engavetamos e outras as deixamos à mão.
Mas será acertado fazer isso?
Momentos que feriram, outros que alegraram.
Uns deixaram cicatrizes, outros, feridas abertas.
Não se trata de paixões ou simplesmente amor.
Mas, trato aqui das situações de confiança mal investida.
Momentos de vacilar e acreditar!
Acreditar na boa fé!
Acreditar em pessoas dissimuladas, mal intencionadas!
Pessoas capazes de destruir pela ganância material, posição e poder.
Pessoas que não dão a mínima para os semelhantes.
Só se importam com seu umbigo.
E os outros que se lixem!
Sim, eu cruzei nesta vida com pessoas assim.
Não muitas, mas o suficiente para ver a ruína me rondar.
Um abismo que não desejo que ninguém chegue perto.
Nem aqueles que se consideram desafetos.
Sempre gosto de frisar:
‘…quem me faz ou deseja o mal, não é a mim que faz, mas, a si mesmo…’
A vida é uma via de duas mãos.
Tudo o que emana de nossos pensamentos, palavras e ações, volta a nós, mais cedo ou mais tarde.
Plantemos pois boas sementes no caminho.
E quando olharmos para trás, possamos ver só bons frutos.
O plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.
O que vais plantar hoje e nos próximos tempos que estão por vir?
Pensa bem!
Não titubeies!
Planta o bem, com amor e fé!
E assim, quando acessares as memórias, possas sorrir e te deliciar na saudade das boas árvores plantadas.
Não deixes brechas para que a melancolia possa penetrar.”
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(Orual Ojellav – Série Pensamentos – 06/01/2024)
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Fotografia de Lauro Escobosa Vallejo
“El tiempo no perdona”
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