Um mítico continente que pode ter sido a mãe da civilização atlante.
imageTBTSinal da convergência entre a ciência e a mitologia: uma nova hipótese científica explica como o impacto de um asteróide acabou com a Gondwana, o super continente (Mu) que segundo a Tradição Primordial, precedeu Atlântida. Mas a existência do continente atlante ainda não é reconhecida cientificamente.

Pesquisa científica realizada na Universidade de Nova Yorque levantou dados que parecem confirmar antiquíssimas informações da Sabedoria Primordial sobre a história da terra e da humanidade. É mais um exemplo da clássica formulação do que, sob os mitos e lendas, escondem-se fatos reais.

A pesquisa do geólogo Michael Rampino, daquela universidade, revigora a idéia de que a informação iniciática sobre a evolução do planeta contém indicações nada desprezíveis para os cientistas. Tanto para a ciência como para a Tradição Primordial, a terra de Gondwana era um super continente que há muitos milhões de anos reunia em um só bloco o que hoje corresponde a América do Sul, África e Antártida, aí incluída a Austrália. É digno de nota, que a Tradição, milênios antes de surgir a Geologia como uma disciplina científica, já se referia à existência de Gondwana, da Lemúria e da Atlântida como sendo as terras que se sucederam, nessa ordem, na face da Terra. 

Foram os sucessivos palcos da evolução. A ciência admite que, há uns 250 milhões de anos, 95% de todas as espécies pereceram. Rampino acredita ter descoberto o fator dessa catástrofe. Ele interpreta certas formações existentes ao redor e no fundo do Atlântico Sul como sendo um anel de crateras com quase dois mil quilômetros de extensão. Segundo o geólogo norte-americano, as crateras se formaram quando um asteróide gigante, tendo-se aproximado muito da terra, partiu-se basicamente em dois pedaços, um com oito e outro com vinte quilômetros de diâmetro. Os gigantescos escombros mergulharam no Atlântico Sul, entre a ponta da América do Sul, a da África e a Antártida, que na época estavam muito próximas. A região assemelhava-se a um grande golfo.

O estudo computadorizado da questão permite a Rampino afirmar que os impactos “podem ter rachado a crosta e iniciado a estágio da separação”. Também devem Ter detonado tremendas erupções vulcânicas no lado oposto do globo. Rampino calcula que as colisões produziram ondas de choque 100 mil vezes mais fortes que as do maior terremoto já registrado. Essas ondas de choque deram a volta ao mundo, de forma semelhante à das marolas formadas por uma pedra jogada em uma lagoa. Combinando com as erupções vulcânicas, o movimento da crosta causou enormes inundações de lava, responsáveis pela maior parte da extinção das espécies.


 

MITO E INFORMAÇÃO

O disse-me-disse pode ser uma fonte de informação segura? Certamente que não. 
“Quem conta um conto, acrescenta um ponto”.

Os antigos romanos expressavam de outra forma a desconfiança em relação à informação verbal: ” As palavras voam, os escritos permanecem”. Isso não significa que todo o registro assentado no papel corresponde a verdade. Quem escreve, comete erros, distorções, imprecisões, voluntárias ou casuais. Reciprocamente, nem tudo o que apenas se diz (oralmente) é falso.

Os cientistas que estudam o passado se pautam pelos registros documentados e comprovados. E para eles a escrita pode consistir de vestígios geológicos, ruínas, fósseis.

Mas existe desde tempos imemoriais um outro tipo de registro de como eram as coisas em épocas muito remotas – e também próximas: são as informações e indicações das escolas iniciáticas e das sociedades secretas. Uma parte dessas informações está escrita (como é o caso da bíblia, do corão, das vedas) e outra mais oculta vem sendo repassada verbalmente de geração em geração, há incontáveis milênios.

A informação verbal assumiu muitas vezes a forma de mito. Este é quase sempre uma maneira simbólica, criativa e poética de transmitir dados difíceis ou impossíveis de se colocarem na linguagem objetiva e racional de cada época. Na atual pesquisa sobre o continente perdido de Gondwana, essa convergência se faz presente mais uma vez.

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