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Livrando-se do Fantasma  da Decepção

   

 Quem, nesta vida, poderia dizer que nunca sofreu com uma decepção?

Todos nós já sentimos este gosto amargo.
Todos nós, pelo menos uma vez, nos decepcionamos com alguém,
um amigo querido, um parente, um líder, um amor…

 

Aquele gesto que esperávamos e que não aconteceu; 
aquela atitude que “jamais esperaríamos” e “surpresa”!… 
Caímos do cavalo a saímos feridos, magoados, doídos, machucados, lambendo nossa própria ferida na vã esperança de curá-la.E de que se trata este fantasma que tanto nos assusta, 
causador da maior parte do sofrimento mundano? 

Porque estamos, sempre, sendo assombrados por ele?

Vamos analisar de maneira fria e racional: em síntese, 
decepção nada mais é do que a falta de capacidade nossa 
de vermos o outro como realmente ele é.

Nós só nos decepcionamos com as pessoas 
que gostamos ou admiramos. 

Pessoas que, de alguma maneira, são importantes para nós. 
Pessoas das quais esperamos algum tipo de atitude, 
ação ou reação que não veio.

Todo ser humano tem sempre a tendência de satisfazer seus desejos
e quando gostamos de alguém, esperamos que ele faça o mesmo.

Olhamos para ele e projetamos nele o que nos interessa, o que gostaríamos que ele fosse.

A partir daí, começamos a acreditar de tal maneira em nossa criação,
que esperamos, da referida pessoa, as atitudes que programamos para ela.

 

Nos apegamos tanto a esta ilusão por nós criada, 
que acabamos acreditando que ela seja uma realidade. 
E o que acontece quando a pessoa em questão age 
de acordo com o que ela realmente é? Nós cobramos a reação programada, 
a atitude que a nossa ilusão espera, culpando 
o outro por nossa infelicidade. 

Na maior parte das vezes o outro nem é capaz de compreender o porque de nosso sofrimento, 
o que nos irrita ainda mais, causando uma revolta imensa contra o “ingrato”, insensível ao nosso sofrimento

Será que o outro realmente falhou conosco ou será que estamos buscando culpados para aliviarmos nossa dor? 
Como se isso fosse possível… Não teria sido uma “desatenção” nossa, uma distorção aparentemente involuntária de percepção, a causa deste sofrimento?

Pare agora, por um momento e lembre de uma decepção sofrida.

Observe e veja se você não estava desatento aos sinais, 
às atitudes do outro. 

Será que você “não quis ver” certos comportamentos 
que não lhe interessavam?

Com certeza, se você conseguir ser sincero consigo próprio, 
vai admitir que não havia vantagem em perceber certos comportamentos, em situações anteriores, pois eles poderiam revelar a possibilidade da atitude indesejada.

 

Receita prática para quem não quer mais 
sofrer a mágoa da decepção: 
Treine para olhar e ver o outro como ele realmente é, 
com seus feitos e defeitos. Ninguém é tão perfeito que consiga disfarçar 
completamente seu interior, portanto, 
se estivermos atentos às atitudes de alguém, 
se observarmos os detalhes 
(dizem que o diabo mora nos detalhes), 
seremos capazes de prever, pelas pequenas atitudes, 
o que podemos esperar de cada um.

Finalmente, se você for capaz de sair 
de seu egocentrismo para ver o outro sem o véu da projeção de seu próprio desejo, poderá 
definitivamente riscar a palavra  “decepção” 
de seu dicionário e substituí-la por “compreensão”.

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Saudações mágickas….

   
  Zelinda Orlandi Hypolito

 

Zelinda Orlandi Hypolito

Psicóloga Clínica com especialidade em Regressão de Memória. 
No Imagick é: 
Pontifice Solaris do I.I.E. (Imagicklan, a Irmandade das Estrelas);
Vice-Presidente do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick;
Coordenadora de todas as atividades da Cidade das Estrelas; 
Co-criadora de todos os cursos regulares promovidos pelo Imagick
Telefones: (11)  3813.4123

Email : zelinda@imagick.org.br