FTKAcredito que tenhamos vindo a este mundo 
para aprender e compreender a liberdade.
Como aqui existe a polaridade, para viver a liberdade, devemos, antes, conhecer a “não liberdade”, melhor dizendo, a limitação.

O início da  “não liberdade” começa quando nascemos. Adentramos no nosso corpo e passamos a conhecer o limite físico. Já entramos neste planeta com uma constituição pré-determinada e várias tendências físicas pré-estabelecidas – a famosa matriz de crescimento – cor de olhos, possibilidade de determinada altura, tendência para ser mais ou menos gordo, visão mais ou menos perfeita, etc…

 

 

 

Continuando este processo de aprendizado: nascemos dentro de uma determinada família que já possui um nível “sócio-econômico-cultural” estabelecido, o que nos coloca dentro de uma ” possível casta” com estruturas já definidas. Este fato pré-dispõe (não é erro gráfico, é a idéia…) nossas facilidades ou dificuldades em vários níveis, possibilidade de alimentação adequada (todos sabem o fator predominante da alimentação no desenvolvimento físico e intelectual), acesso aos estudos (escola, faculdade, cursos, etc.), a materiais específicos (livros, material de pesquisa, etc.), além de oportunidades na vida (viagens, conhecimento de pessoas, etc.).Além destas, ainda nos deparamos com o “doído” (ou doido?) limite emocional. 

Dependendo da família em que formos inseridos, participaremos de uma dinâmica e receberemos uma estrutura emocional que irá pré-dispor nossa maneira de encarar o mundo e nos comportarmos diante das situações que ele nos apresenta (relacionamento social, profissional, afetivo). Toda família tem certas características particulares que vão promover, incentivar, auxiliar, facilitar, dificultar ou punir certos tipos de comportamento individual que “combinam ou não” com a sua dinâmica. Depois, passaremos por situações similares quando estivermos em outros “tipos de guetos” (escola, clube, igreja, partidos político, etc.). O eterno drama da co-dependência.
 

Não bastasse tudo isto, que já é dose para leão, ainda temos as “travas” que existem em nosso inconsciente, estas, mais difíceis de serem removidas do que qualquer outra porque, como nem sabemos da sua existência, não temos acesso à elas, que agem de maneira autônoma.Porém, os limites existem para que nós possamos desafiá-los e ultrapassá-los, para que percebamos que nada neste mundo pode nos prender, exceto nós mesmos. 

 

 

Na área física, todos conhecem casos de pessoas mutiladas que pintam, desenham, tocam instrumentos melhor do que outras que tem todos seus membros perfeitos. A dificuldade serve como uma alavanca para que procurem uma alternativa, uma solução diferente da usual. Um caso diferente de libertação do limite físico é o de Ed Morrel, líder ferroviário que, por sua ousadia de lutar contra os “limitadores” do mundo, ficou encarcerado e amarrado por muito tempo. Ele encontrou uma outra forma de ultrapassar sua aparente imobilidade. Ed conseguia “sair” (projetando-se astralmente) de seu corpo fisico e continuar seu trabalho lutando por seu ideal.
A parte “econômica-sócio-cultural” talvez seja, de todas, a mais fácil de ultrapassar, principalmente no mundo ocidental. Temos mil exemplos de pessoas que vieram de um meio pobre e se tornaram grandes empresários, industriais, líderes econômicos e políticos. Encontramos, também, muitos escritores, pensadores, filósofos, cientistas e sábios, oriundos de famílias completamente destituídas de educação e cultura.

 

Já a libertação emocional é bem mais complicada. Libertar-se de urna dependência emocional, seja ela de uma pessoa, de uma situação, de uma posição alcançada, de um objeto ou de um determinado comportamento que temos, é tarefa para super-homem… A busca emocional é a busca do reconhecimento de sua existência através do outro e, tudo ou todo aquele que “provar” à você que “VOCÊ” está vivo, através da atenção que consegue receber (seja positiva ou negativa) tende a se tomar indispensável à sua sobrevivência. Esta necessidade criada pode se tornar tão forte que toma o ponto principal de sua vida, às vezes de uma maneira tão destorcida que todo o mais é colocado em segundo plano, até e principalmente, o seu Eu Real.
Aquele que diz: “Sem você eu não existo” está realmente falando a verdade, pois ainda não conseguiu a sua individuação, sua identidade, seu reconhecimento próprio.

 

 

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Ele depende do outro, pega emprestado a vida do outro para poder sentir-se vivo, isto, porque ainda não se construiu (Vide o alto IBOPE que as novelas conseguem).Para se libertar, é necessário muito reconhecimento, muito confronto, muita destruição das máscaras, muita construção individual, muita honestidade consigo próprio. O que nos anima, é que vemos muitas pessoas que não podiam viver sem o “Joaquim”, sem o “BMW”, sem seu “Dr.”, sem seus discos e livros, descobrirem, na “hora H”, que não só podem continuar vivendo, mesmo sem eles, como podem, até, viver tão bem ou melhor, se realmente desejarem.
A última barreira e a mais difícil, é a libertação de nosso inconsciente. Alguns comportamentos indesejáveis podemos, com esforço, transmutar. Outros, a dificuldade é maior porque não temos a chave, ela foi perdida em algum tempo… em algum espaço ao qual não temos acesso conscientemente… 

 

 

 

Aqui chegamos num campo que antes era restrito aos meios esotéricos: a busca do material que jaz no nosso inconsciente (seja ele do tamanho e do tempo que for). Esta busca pode ser feita mediante um treinamento, um processo “mágicko” interior ou com o auxílio de um profissional especializado nesta área. Quando há a conscientização do agente detonador do processo indesejável, este passa a ser controlável e não controlador. 

 

As coisas só existem para nós,
a partir do momento que damos reconhecimento a elas.
Se você não acreditar em limitação, ela não existirá.
Você poderá então, ser livre…
Seja do tamanho que for, as barreiras existem para que nós as derrubemos.

 

 Duas coisas não podem ocupar o mesmo lugar no espaço (pelo menos nesta escola-matéria em que estamos).Portanto, devemos destruir algo para que outra coisa possa ser colocada em seu lugar. Se quisermos alcançar a liberdade, ultrapassar a limitação, devemos destruir, dentro de nós, a pseudo-segurança trazida pelo medo, pela acomodação, pela cegueira, pelo apego, pela rotina e pelo tédio.Nem sempre é fácil, mas é possível…

 

 

 

 

 Faze o que tu queres.  Há de ser tudo da lei.
 

   

 
 

                    Saudações mágickas….
filipeta