A tentativa de limpar os dentes, pode ser data pelo menos, desde a antiguidade. O objeto da antiguidade que chegou mais perto de uma escova, foi encontrada numa tumba de 5 mil anos no Egito. Nada mais era que ramos de plantas, fibras vegetais ou raízes de árvores que, quando desfiados, pareciam um pincel. Conhecida como “chew stick” – ou palito de mascar – a escova era feita mastigando-se ou amassando as pequenas raízes até que as fibras de uma das pontas se soltassem o suficiente para formar uma escova rústica.
Os assírios usavam as mãos e dedos. Manuscritos encontrados na antiga Babilônia indicam que palitos de ouro eram utilizados para a higiene bucal há 3.500 anos a.C.
Já os grego lançavam mão de penas de abutre e espinhos de porco-espinho. Até Aristóteles se preocupava com a saúde da boca. No século III a.C., o filósofo aconselhou Alexandre o Grande a limpar seus dentes com uma toalha de linho para tratar o sangramento das gengivas.
O mau hálito deve ter incomodado os povos antigos. Tanto que outras alternativas para auxiliar na higiene bucal foram criadas com o passar dos anos. Além dos dedos, de folhas e de gravetos, pequenas varetas com a ponta amassada também eram utilizadas para limpar os dentes. Diocles de Caristo, um médico grego do século 4 a.C., deixou escrito um documento em que recomendava a seus clientes que todas as manhãs colocassem uma fina camada de hortelã pulverizada nos dentes e nas gengivas e a esfregasse com os dedos para remover restos de alimentos. Já os romanos limpavam seus dentes com um pó bem diferente – os ingredientes eram cinzas de ossos e dentes de animais, ervas e areia. A importância da escovação já era tão grande que os aristocratas tinham escravos apenas para limpar seus dentes.
Na Idade Média, as escovas ainda não haviam evoluído muito, mas as pastas de dentes já tinham melhorado bastante. Nessa época, eram preparadas à base de ervas aromáticas, como a sálvia. Mas, para eliminar o mau hálito, eram recomendados bochechos com urina.
A escova de dentes de cerdas só foi inventada em 1498, pelos chineses. Porém, além do fato de serem muito caras – e, por isso, famílias inteiras terem que dividir uma peça –, eram feitas de pelos de porcos (mais tarde, substituídos por pelos de cavalo) atados a pedaços de bambus ou ossos. Com a umidade, os pelos mofavam e enchiam a boca de fungos.
Foi no século XVIII que ingleses apresentaram ao mundo uma escova dental mais moderna. A diferença é que as cerdas de pelo de porco eram amarradas dentro de buracos perfurados no osso que servia como cabo. A escova mais antiga da Europa tem aproximadamente 300 anos e foi descoberta durante escavações arqueológicas em um antigo hospital municipal de Minden, na Alemanha.
O problema só seria resolvido em 1938, por Robert Hutson nos Estados Unidos, com o surgimento de cerdas de náilon. Na Segunda Guerra Mundial, os soldados americanos eram obrigados a usar a escova de dentes. De lá para cá, ela só foi se aperfeiçoando. Uma pesquisa feita em 2003 nos Estados Unidos pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts surpreendeu pelo resultado: para os americanos, a escova de dentes é a invenção mais importante da história da humanidade.
Fontes: http://guiadoestudante.abril.com.br
http://saude.terra.com.br/