Existem vários grandes Sabás, considerados como principais, pelos “covens” dos Bruxos, entre eles: Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain. Tratam-se de cerimônias religiosas que tem sua origem nos antigos festivais que celebravam as mudanças das estações do ano. Os Sabás, muitas vezes, recebem a denominação de: “Grande Roda Solar do Ano”.

Observação: Os Sabás ou Sabbats, são celebrações pré-cristãs que comemoram a passagem do ano. Dentro destas celebrações estão as passagens de estações do ano, época de colheita e lactação dos animais. Estas celebrações também são conhecidas como Roda do Ano.

         Este em questão é conhecido como Lammas e é comemorado em 2 de fevereiro.

         Os homens sempre tiveram uma incrível atração pelos poderes emanados do fogo. Havia algo na dança das chamas que prendia sua atenção e fascinava seus sentidos. Por isto, durante milênios, cultuaram e celebraram a sua força transmutadora. Aos poucos, foram associando, intuitivamente, a imagem do fogo a muitos aspectos psicológicos e mágicos de suas próprias vidas. Foi assim que criaram rituais sagrados com o objetivo de trazer, para dentro de si e para o seu cotidiano, a sua força e a sua capacidade transmutadora.

         A mais importante destas cerimônias é o Festival do Fogo, celebrado por quase todas as culturas religiosas ou mágicas. Trata-se de um culto a Mãe Terra, festejando o seu aspecto de Brígida, a Deusa do Fogo, da Sabedoria, da Poesia, das Fontes Sagradas, da Profecia e da Cura.

         É realizado sempre no dia 2 de fevereiro. A Igreja adaptou e trouxe o Festival do Fogo, para seu culto, realizando neste dia uma procissão em honra da Virgem Maria (Nossa Senhora das Candeias). As culturas Afro-americanas homenageiam, no mesmo dia, Iemanjá. No México, esta data ainda corresponde ao Ano Novo Asteca.

         Este é um ritual celebrado principalmente para dar ênfase a novos começos e força nos processos criativos e de desenvolvimento. Para isto, nesta ocasião, queima-se, mental e fisicamente, tudo que é velho, antigo e anacrônico, tudo que atrapalha a evolução, o progresso e o crescimento.

        Nesta cerimônia, as antigas culturas mágicas, realizavam uma grande procissão, a luz de archotes, passando pelos lugares que queriam purificar e fertilizar. Eram longos percursos, cruzando os campos, antes do plantio, buscando afastar os maus espíritos da terra e despertar, com a chama sagrada da Deusa, as forças germinadoras da vida; passavam pelas moradias dos participantes, com a intenção de afugentar toda e qualquer sombra maligna ou nefasta que aí habitasse e colocar, em seu lugar, o amor sacrossanto da deusa, manifestando assim, em seus interiores, a prosperidade e a saúde, por mais um ano.

         À frente da procissão caminhava a Alta Sacerdotisa do Fogo que, com uma vassoura mágica, efetuava a varredura dos caminhos, afastando o antigo, o maligno, o nefasto e abrindo espaço para que o novo, agora abençoado pela Deusa, se manifestasse da melhor maneira possível, na vida de cada um e de toda comunidade.

         Durante o transcorrer deste ritual costumava-se consagrar as novas sacerdotisas.