As descobertas da física moderna são mais estranhas do que as histórias que a ficção científica apresenta. Folheando um jornal científico, vemos que um físico afirma que o universo “assemelha-se mais a uma ideia do que à matéria e que ele se cria e se destrói constantemente”…
A física descobriu que a energia está encerrada na matéria. A madeira queimada aquece a água, e esta produz o vapor que gera eletricidade. No fim do século passado, a física deu mais um passo à frente com a formulação de Einstein, representada pela sua equação E = MC2 — matéria é energia e vice-versa. E = energia; M = massa do objeto; C = velocidade da luz .
A física quântica vai além das equações de Einstein, declarando que a matéria não só encerra energia dentro de si mesma, mas consciência também. A matéria e a energia contêm em si autoconsciência (awareness) e consciência (consciousness), que se organizam em formas mais elevadas e complexas.
Se a consciência é uma propriedade da matéria, e da energia, temos que admitir que o que antes considerávamos inerte é matéria viva, com um poder de seletividade e escolha que nós, antes, só atribuíamos aos animais mais evoluídos.
No laboratório de radiação da Universidade da Califórnia, em Berkeley, os pesquisadores atiraram um elétron a um alvo com duas ranhuras. Segundo os sensores, o elétron passou simultaneamente por ambas as ranhuras, emergindo do outro lado como uma única partícula. O elétron é uma unidade básica indivisível, que pode manifestar-se como partícula ou onda. Mas como é que o elétron sabe que está se aproximando de um alvo com duas ranhuras e que precisa, por um breve instante, deixar de conduzir-se como partícula para comportar-se como onda?
Estas pesquisas confundem a ciência, pois uma partícula não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo e nem deveria “saber” como se conduzir.
Se não fossem relatados por respeitáveis cientistas, acharíamos que tais fatos seriam produzidos por uma estranha magia das florestas sul-americanas. Esta nova magia é a física quântica, que foi apresentada por Einstein em 1905 e faz parte da sua teoria geral da relatividade, que revolucionou a ciência e as vidas dos indivíduos em todo o planeta.
Os magos modernos vestem-se com os uniformes dos físicos e, como seus similares históricos, manipulam forças que podem criar ou destruir o mundo.
A teoria da relatividade é baseada no fato de que a velocidade da luz é uma constante universal para todo observador que se mova numa linha reta relativa a outra. Isto significa que, quando um observador situado numa plataforma espacial mede a velocidade da luz, constatará que C = 186 mil milhas por segundo. O mesmo observador percebe uma outra pessoa viajando numa espaçonave à metade da velocidade da luz ou seja, 93 mil milhas por segundo. Esta segunda, por sua vez, também mede a velocidade da luz, e verifica que ela é sempre de 186 mil milhas por segundo. Assim, segundo a física, não importa qual seja a velocidade em que o observador esteja viajando, a velocidade da luz permanece constante. As teorias de Einstein foram confirmadas em laboratório muitas vezes e afirmam que, no caso do exemplo anterior, os relógios do segundo observador movem-se mais lentamente e que sua régua de medir diminuiu de comprimento.
Kurt Godel, do Instituto Princeton de Estudos Avançados, diz que a teoria geral da relatividade admite que podemos viajar para trás. “É possível”, diz ele, “viajar para qualquer lugar no passado, presente e futuro, e voltar, assim como é possível, em outros mundos, viajar a lugares distantes no espaço.”
Godel diz também que o viajante no tempo pode encontrar a si mesmo em algum lugar no espaço.
Por exemplo, se viajando ao passado você matar seu pai antes de você nascer, poderá retornar ao presente e encontrar-se num mundo diferente mas familiar, no qual ainda não teria nascido!
A física quântica diz que, apesar das viagens no tempo serem possíveis, é preciso que sejam feitas a velocidades máximas à da luz. Nesse ponto os relógios voltariam para trás. para o passado.
Viagens no tempo ainda permanecem no reino da fantasia, pois é inconcebível a aceleração da massa do corpo físico para se alcançar tal velocidade. Mas se pararmos para refletir, os elétrons dentro do nosso corpo giram continuamente em suas órbitas a uma velocidade vizinha à da luz. Os elétrons são partículas carregadas de luz, e todos os átomos em cada célula do corpo são compostos deles. Como todas as informações do sistema nervoso são transmitidas por elétrons viajando a velocidades vizinhas à da luz, o cérebro torna-se o mais avançado aparelho quântico que se conhece, que recebe e transmite informações, que obtém informações e influencia os eventos, em qualquer ponto do espaço ou do tempo. Também é capaz de desacelerar ou acelerar o tempo! Em verdade, o mundo do místico e o do físico, estão ficando cada vez mais semelhantes.
Para encerrar, gostaria de repetir o que os sábios da antiguidade diziam: “Devemos olhar para dentro, pois o mais sofisticado e maravilhoso dos laboratórios está no interior de nossa cabeça!”
Alberto Villoldo,
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