Antes de tudo, devemos definir a palavra “fantasma”.
Segundo o titio Aurélio, significa: imagem ilusória, ilusão, visão medonha, apavorante, assustadora; tem o mesmo radical de fantasia, fantástico.
Esta definição deixa claro que fantasma é aquilo ou aquele que nos apavora e que, na realidade, não existe a não ser em nossa mente. É fruto da imaginação (imagem em ação), ou seja, da faculdade que temos de, a partir de dados reais: reproduzir, combinar, fantasiar, inventar e criar coisas, pessoas ou situações que não estão presentes no momento. Para que a imaginação se processe, é sempre necessário que haja um dado real. Eu posso imaginar um menino verde mas, para isso, eu preciso ter a imagem do que é um menino e conhecer a cor verde. |
Os famosos fantasmas do passado que povoam a nossa mente e nos aterrorizam, nada mais são do que dados reais “trabalhados, alterados, combinados e distorcidos” por um processo de criação mental e que tem o poder de tolher a nossa liberdade, cercear nosso movimento, dificultar nosso crescimento, retardar nossa evolução… Se são tão nocivos, porque temos a tendência de criá-los? |
Porque, dentro de nós, foi implantada uma outra invenção da imaginação humana-religiosa: a CULPA!
A culpa foi a descoberta mais inteligente do ser humano para dominar o outro ser humano. Quando você está em culpa, está vulnerável, debilitado e predisposto a ser conduzido por qualquer um que tenha a possibilidade de redimi-lo (receber o perdão divino), de libertá-lo da dor do arrependimento. A “culpa” é definida como um ato negligente ou imprudente sem o propósito de lesar, mas da qual proveio dano ou ofensa a outrem. |
Novamente, a própria definição da palavra, deixa claro que culpa (ou pecado), significa agir sem consciência, sem a compreensão da importância do ato.
Quando você toma uma determinada atitude, por mais tenebrosa que ela possa parecer, foi porque, no momento, acreditou ser a medida mais correta, a coisa melhor a ser feita. |
Se depois, com o decorrer do tempo, por observação ou experiência, você percebeu e teve a consciência que o resultado obtido não foi o desejado, o esperado, o que lhe agradaria mais, automaticamente, haverá um aprendizado e você não repetirá mais a dita ação.
A partir daí, existem dois caminhos a seguir. O primeiro seria, se houver a possibilidade, reparar o ato desastroso (devolver o que tirou – retratar-se com o outro – compensar o dano causado, etc.) e ensinar aos outros, através de sua experiência e exemplo, que aquele determinado comportamento não tem resultados desejáveis. |
O outro caminho, infelizmente o mais comum, seria sentir-se culpado pelo ocorrido, sofrer terrivelmente e boicotar-se por não se permitir nem se julgar com direito à felicidade, em síntese, punindo-se.
Um fantasma do passado nada mais é do que uma culpa (escondida ou explícita) que cria, a partir de dados reais, situações e emoções que nos fazem sofrer, que tolhem nossa felicidade, que nos castigam…
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Se você quer se libertar desses fantasmas, a primeira atitude é não fugir deles, mas enfrentá-los, buscá-los e descobrir quando foi implantada a “culpa” dentro de você.
Quando você compreender que não há culpa e arrependimento, mas compreensão e aprendizado, estará livre. |
Onde habita a consciência não habitam os fantasmas…
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Um treinamento para despertar
Venha você também vivenciar esta experiência…
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