image80TConto IDIVERSÃO
 

Na índia os comerciantes guardam o arroz em grandes celeiros 
– verdadeiras montanhas que alcançam o teto. 

E para evitar que os bichinhos o ataquem, 
espalham, ao redor dos montes, 
bandejas de arroz doce semi cozido, 
que os bichinhos adoram. 

Enquanto estão entretidos no petisco, 
o arroz dos montes fica intocado.

(Evangelho de Ramakrishna)

No Brasil temos uma idéia semelhante, conhecida de todos: a do boi de piranha: quando uma boiada deve cruzar um rio infestado de piranhas, sangram um boi e o jogam no rio. O cheiro do sangue logo atrai as piranhas e enquanto elas estão concentradas, a comê-lo, os demais bois são rapidamente levados à outra margem, sem perigo.

O arroz doce semicozido, oferecido de bandeja, simboliza os valores fúteis da vida, que desviam as pessoas do “pão vivo” que alimenta a alma. É uma manobra demoníaca, porque deturpa o sabor interno, que deveria apreciar as coisas nobres, fazendo que prefiram os pratos adocicados de valores falsos. Passam horas em diversões tolas ou em excitação dos sentidos, mas logo se cansam das coisas puras e edificantes.

Diversão significa desvio (da meta). 
Já a recreação é comprazer-se no que recria a si mesmo.

 

Conto II

DIA DAS BORBOLETAS

Um dia uniram-se duas borboletas. E do ovo nasceu uma lagarta. 
A lagarta teceu um casulo chamado personalidade e nele permaneceu determinado tempo. Um dia o deixou e saiu voando como borboleta, para o amplo espaço de Deus.

Então os outros casulos levaram flores ao casulo aberto 
e choraram sobre ele.

A peça terminou e o pano caiu. Os artistas se retiraram para os bastidores, lavaram-se, trocaram-se e saíram de volta para casa, agora eles mesmos, não os “papéis”. Não eram mais parentes, inimigos, velhos e moços.

Já pensaram se eles teimassem em permanecer no palco, para continuarem a ser os personagens que representavam?

Um público esclarecido distingue o artista do papel. Mas quando confundimos um com o outro, pode suceder de apedrejarmos o artista que fez um papel antipático, tal como aconteceu com o talentoso artista que fez o papel de 
Dom Rafael, em “O Direito de Nascer”…

Não somos o corpo que parecemos, senão o Ser espiritual que nele vem habitar. Mas identificamo-nos tanto com o que vemos, que olvidamos o que somos. Um dia o Ser despe seu traje e toma a Ser. Choramos sobre a veste vazia e tristemente nos despedimos dela. Quem morreu?

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O Professor Edmundo Teixeira fez sua iniciação para a luz maior em julho de 1994. Ele foi um grande incentivador do Imagick, abrindo para nós todas as portas que lhe eram possíveis, fossem elas físicas, culturais ou mesmo espirituais. O perfume de sua luz paira sobre o nosso trabalho. Durante muitos anos ele presidiu a Associação Unidade de Cristianismo; foi editor da revista mensal “Leitura Diária”; escreveu vários livros voltados ao desenvolvimento espiritual do ser humano; foi professor de Cristianismo Esotérico e instrutor do Conhecimento Isotérico (mais conhecido por Quarto Caminho – criado por Gurdjief).

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Uma vivência que vem comovendo pessoas interessadas no Despertar de seu Cristo InternoimageP6JEm áudio digital, na voz de Arsenio Hypolito Junior

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