TER O CONTROLE E SEGUIR A CORRENTEZA
Estar no CONTROLE é como comandar um barco.
Quando o vento sopra a favor e o sol brilha num céu de brigadeiro, a tripulação do barco segue, mesmo com um trabalho exaustivo, as regras estabelecidas e aprendidas sob a responsabilidade do Comando, que exerce o CONTROLE da eficácia e da eficiência.
Teoricamente, nada poderia dar errado no decorrer da maior parte da viagem, porque as exigências e cuidados com a embarcação são tarefas de rotina do pessoal de bordo devidamente treinado. Mas, sempre um membro do grupo comete um erro e as consequências afetam a todos. O Comando precisa CONTROLAR a situação lembrando ao responsável que o erro foi um alerta e, que, a confiança no desempenho de cada um não foi abalada.
O Comando só aprende e ensina enfrentando seus próprios erros e corrigindo-os sem dissimulação. Ter essa coragem fortalece o CONTROLE e lhe dá o direito de exigir que a tripulação, igualmente, admita os seus erros e enfrente as consequências. Afinal, comandar é assumir, dar exemplo e cobrar.
Uma tempestade que se forma rapidamente e pega a tripulação de surpresa, alerta para a estabilidade do barco. O Comando transmite a sua credibilidade no pessoal de bordo para assegurar o melhor desempenho de cada um, e, a segurança dos passageiros (público alvo). O Comando deve ser claro e objetivo ao executar estratégias, traçar roteiros e delegar aos tripulantes as tarefas essenciais.
Quase não existem regras pré-estabelecidas para as crises, porque faz parte do Comando enfrentar o inesperado e improvisar; não existem dúvidas que a tripulação espera por isso.
Como nem toda tempestade é igual, o Comando aperfeiçoa o CONTROLE em cada mau tempo. A prática de sucessivas avaliações o torna mais forte na superação dos seus limites.
A maior preocupação do Comando é manter o barco a salvo e CONTROLAR as divergências do pessoal de bordo. Todos devem envidar esforços no mesmo sentido e o Comando deve ser hábil e forte para unificar. A situação requer atenção nos instrumentos, porque a névoa da pressão prejudica a visibilidade. É preciso conhecer a profundidade da água, a posição – pelo menos aproximada – dos obstáculos submersos que podem danificar o casco do barco e, mais, observar a mudança do vento para fazer dele um aliado. Pensando bem, comandar é ter muito trabalho e atenção.
Quando o mau tempo permanece por dias seguidos, com eles se prolongam os percalços: a tripulação fica cansada e com medo do desconhecido. As providências que o desafio requer exaurem o grupo e fragiliza a embarcação, portanto, aceitar o fenômeno é recomendável. O Comando deve compreender que é preciso respeitar as leis da natureza, cessar a resistência e deixar o barco seguir o caminho da CORRENTEZA. Mas, quem comanda deve ficar vigilante às rotas de desvio, às alterações dos instrumentos e às reações do pessoal de bordo… para aprender.
Eu soube que um Comando aprendeu que somente as nuvens da tempestade perdem força e desaparecem…
Ter o CONTROLE é poder e saber assumir responsabilidades e suas conseqüências. É ter o comando para decidir e realizar ações individuais ou de um grupo, com objetivo, planejamento e atenção.
Seguir a CORRENTEZA é observar, temporariamente, uma situação estabelecida contra a sua aspiração ou vontade. É não oferecer resistência ao inevitável e aprender com ele tudo que puder.
Membro Imagick
Escrito em junho de 2007