da Ansa, em Londres
Especialistas do Instituto de Neurologia de Londres afirmam que a música de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) pode funcionar melhor que remédios tradicionais no tratamento de diversos males, até mesmo de doenças complexas como a epilepsia.
Segundo artigo publicado nesta quarta-feira (19) no jornal inglês “Independent”, os pesquisadores suspeitaram das qualidades terapêuticas da obra do compositor austríaco quando trataram um paciente de 46 anos que sofria de graves ataques epilépticos e não havia reagido bem a sete tipos de terapias (à base de remédios avançados), e nem mesmo a uma intervenção cirúrgica no cérebro.
Após uma acentuada e inexplicável melhora, os médicos descobriram que o paciente havia começado a escutar a música de Mozart durante cerca de 45 minutos por dia e que seu bem-estar vinha deste novo hábito.
A Universidade de Illinois (Estados Unidos) também relatou, após o caso do paciente inglês, uma situação parecida envolvendo uma criança portadora da síndrome de Lennox-Gastaut (variante rara da epilepsia).
Inteligência
Seguindo os indícios, os médicos descobriram que “doses” de Mozart aumentariam a capacidade matemática e visual, reduziriam o estresse e dores de artrite, além de produzir efeitos positivos no coração e em fetos, no caso de gravidez (estimulando o cérebro do bebê).
Em testes com ratos e carpas, verificou-se melhora no senso de orientação e humor (especialmente com as notas de “Eine Kleine Nachtmusik”).
A causa dos efeitos ainda não é tão clara, mas muitos especialistas afirmam que a zona do cérebro que recebe e processa a música é a mesma da percepção espacial, por exemplo. Os estímulos provocados pela complexa e refinada música de Mozart, sobretudo a sonata K448, teriam, portanto, um impacto benéfico na massa cinzenta, organizando e estimulando células nervosas precárias, em um processo comparável a impulsos elétricas.
Em testes com voluntários humanos, verificou-se que, ao escutar a sonata K448 para dois pianos, o quociente de inteligência do grupo cresceu entre oito e nove pontos. Sobre a exclusividade da música de Mozart, e não de outros compositores, os médicos arriscam que as composições do austríaco trazem uma peculiar técnica de construção musical, baseada em temas circulares com intervalos fixos e variações moduladas do motivo principal.
19/03/2008 – 14h41
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u383766.shtml
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Efeito Mozart
O médico francês Alfred Tomatis denominou de “Efeito Mozart” os processos de cura e estímulos cerebrais ativados pelas músicas de Mozart.
Em apenas um minuto a música tem o poder elevar a nossa alma. A música é um meio mágico que nos movimenta, nos dá energia e nos cura. A música desde os tempos antigos tem sido uma maneira misteriosa e poderosa de equilibrar a mente e o corpo. É uma linguagem universal que sobrevive a eras, une os sexos, as raças, as religiões e as nacionalidades. A música é uma linguagem que une a todos, independente de classe social ou o nível de educação.
Além da música criada pelos seres humanos, a natureza também cria músicas maravilhosas através dos cantos dos pássaros, dos assobios dos golfinhos e baleias, dos sons e murmúrios das águas e do vento.
A musicoterapia é uma técnica terapêutica que pode ser utilizada muito facilmente, com segurança, de uma forma barata e efetiva; e pode ser auto-administrada.
Desde o começo dos anos 90 muitos estudos e pesquisas com as músicas de Mozart foram realizados no Centro de Neurobiologia, Aprendizado e Memória da Universidade da Califórnia em Irvine, os resultados destes estudos foram muito divulgados e receberam muita atenção pública. Um dos testes revelou que um grupo de estudantes do Departamento de Psicologia que ouviu a dez minutos da “Sonata para Dois Pianos em Ré Maior” de Mozart (K448) comparado ao o grupo que não ouviu, conseguiu notas mais altas em 9 a 10 pontos da tabela de QI. Eles acreditam que a música de Mozart ajuda a colocar o cérebro em atividade e suspeitam que as músicas complexas ativam parâmetros neurais mais complexos envolvendo altas freqüências cerebrais.
Em um monastério da Bretanha, os monges fazem com que suas vacas escutem músicas de Mozart para produzirem mais leite.
No Departamento de Imigração do estado Washington nos estados Unidos, os oficias tocam músicas de Mozart durante as aulas de inglês para os recém chegados de Camboja, Laos e outros paises asiáticos; pois constataram que isso acelera o aprendizado da língua inglesa.
O Dr. Raymond Bahr, diretor da unidade coronária do Hospital Saint Agnes de Baltimore constatou que ouvir 30 minutos de música clássica causa o mesmo efeito calmante que a administração de 10 miligramas de Valium para os pacientes na Unidade de Terapia Intensiva.
Um experimento realizado pela prefeitura da cidade de Edmonton no Canadá, onde músicas de Mozart foram tocadas por alto falantes nas praças da cidade constatou que o tráfego dos pedestres ficou mais calmo e houve uma diminuição na comercialização e consumo de drogas.
Desenhistas, decoradores, pilotos e esportistas que utilizam as musicas de Mozart acreditam que essa prática ajuda na sua performance e aumenta as suas capacidades.
As músicas de Mozart invariavelmente acalmam os ouvintes, melhoram a sua percepção espacial e permitem que se expressem mais claramente comunicando-se com o coração e a mente.
Dr. Tomatis constatou que as músicas de Mozart criam resultados terapêuticos melhores e mais duradouros comparados a outras músicas clássicas. Os rítmos, as melodias e as altas freqüências das músicas de Mozart estimulam as regiões da criatividade e da motivação no cérebro.
Embora Mozart tenha vivido numa época radical e turbulenta de Thomas Jefferson e Voltaire onde a sociedade, a política e a religião estavam sendo reorganizadas tanto na Europa quanto no mundo novo das Américas, suas músicas eram serenas e envolviam a inocência, a inventividade e a promessa do florescimento de uma nova ordem e uma nova era. Mozart começou a compor aos 6 anos de idade e faleceu aos 35, durante a sua vida compôs 626 obras.
Atualmente a música de Mozart é um marco universal nos estudos e no desenvolvimento do poder de cura através de músicas e de sons.
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