Abu–Ali Al–Husayn Ibn Abdullah Ibn Sina
(Kharmaithen, Uzbekistão, 980 – Hamadã, Percia, 1037)
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o mais importante sábio do Islã, da cultura grega e do pensamento muçulmano. Ao tempo do chamado obscurantismo medieval, Avicena mantêm a lucidez filosófica atuante.
Autor de pelo menos uma centena de livros sobre filosofia neoplatônica e aristotélica, |
Seu pai, foi um alto funcionário do governo e proporcionou-lhe uma educação esmerada.Ao longo da vida, que transcorreu em um dos períodos mais agitados da história da região, trabalhou em diversas cortes como médico, ao mesmo tempo em que escrevia sobre os assuntos mais díspares, como metafísica, lógica, filosofia, teologia, medicina, astronomia, matemática, retórica e música.
De cultura enciclopédica, estudou mais a fundo a medicina e a filosofia e exerceu grande influência no pensamento ocidental.
Escreveu uma obra vastíssima que foi traduzida e divulgada na segunda metade do século XII.
Islâmico neoplatonista de grande aceitação entre os cristãos escreveu notadamente sobre medicina, física, lógica, música e doutrinas esotéricas da religião.
Deve-se a este persa de cultura árabe a sistematização da filosofia islâmica.
Escreveu 68 livros de filosofia e teologia, 16 de medicina, 11 de ciências e 4 de poesias.
No campo médico, suas grandes contribuições foram o célebre al-Qanunfi al-tibb (Cânon de medicina), que, traduzido para o latim no século XII, tornou-se a principal fonte da medicina medieval, e o Livro da cura, seu maior tratado filosófico.
Traduziu para o árabe a obra de Euclides e explicou a regra dos nove fora.
O Livro da cura era composto de dezoito volumes abrangendo lógica, retórica, poética, física e metafísica.
Para ele, Deus seria um ser absolutamente necessário, no qual coincidem essência e existência. Apesar de admitir a existência de Deus e da alma, afirmava a eternidade e o caráter incriado da matéria, causa da pluralidade das coisas.
Profundo estudioso de Aristóteles, deu, não obstante, interpretações originais à teoria do conhecimento, observando-se em seus estudos forte influência neoplatônica, que talvez tenha motivado sua intenção de criar uma teosofia mística que sustentasse a fé islâmica. Seu pensamento preparou as descobertas do Renascimento.
