Ave Disonísio, ave! Ave Baco, ave!

– Deuses do Espírito, deram aos homens o êxtase e a loucura divina.

O significado das palavras sofrem processo de transformação com sua transmissão, palavras são signos que são interpretados.

Eros não significa amor erótico, foi dado ao nome este sentido, Ágape significava banquete festivo, e a partir disso o cristianismo com sua comunhão, uma refeição onde o deus era devorado em corpo e sangue, mudou o sentido desta palavra para o amor universal de Cristo que deu sua vida por amor a humanidade. O amor entre amigos é Philia, que por não ter sido usada, permanece com este sentido.

Também Baco não é apenas o deus do vinho e muito menos das “Orgias” no sentido atual da palavra, ele é o deus do transe e de suas manifestações. Ele deu o vinho aos homens como um meio de afastar as tristezas e amarguras, e mais que isto ensinou a cortar o vinho com água, o vinho que tomamos tem dois cortes com água, bebido puro o vinho é veneno. Dionísio é o Deus que abarca todo o sentimento humano, toda a vida no seu sentido mais amplo e seu nome tanto Baco como Dionísio, não tem origem etimológica, pelo menos não na língua grega e geralmente seu nome vem acompanhado de um epíteto, que indica qual de suas faces está sendo invocada.

Dionísio Leneu, o deus dos lagares. Lagar: o tanque onde se pisa as uvas. É o deus do vinho.

Dionísio Melánaigis, o da pele negra da cabra, o Dionísio escuro ligado ao culto dos mortos.

Dionísio Elvio, aquele que grita Evoé, o das manifestações epidêmicas.

Dionísio Orhós, o Ereto, o que criou o corte do vinho, permitindo que os homens andem eretos sem se arrastar na bebedeira. 

Dionísio Mainómenos, o Delirante, o que trás os delírios e as alucinações.

Dionísio Meilíquio, o Dionísio do submundo.

Dionísio Ctônio, da terra, o que gera terremotos.

Dionísio Bromio, o Que ensurdece com seus gritos.

E assim por diante, são mais de 500 epitetos que traduzem quem é Dionísio.