imageTQEUm caso de amor eterno

Mulheres costumam ter um eterno caso de amor com seus cabelos. Antes mesmo de nascerem, não é incomum ver mães, pais, avós e tios comprando fitas, laços, tiarinhas, presilhas e tudo que existe no mercado para ornar os finos e delicados cabelos das meninas – acessórios que muitas vezes já estão colocados antes mesmo que as bebês saiam da maternidade.

Nos primeiros anos as meninas aprendem a cuidar das madeixas, a penteá-las, prendê-las e valorizar o penteado. Algumas, seguindo os passos das vaidosas mães, já utilizam, além do xampu, condicionadores e demais tipos de creme para deixá-los bonitos e hidratados.

Quando chegam à adolescência, muitas delas são apresentadas às tinturas e colorações capilares. Fazem mechas, reflexos, luzes, tingem o os cabelos com cores diferentes (em alguns casos, bem extravagantes). 

É nessa fase da vida que as jovens passam a cuidar mais dos cabelos, escolhendo cortes da moda e adereços que valorizem sua beleza e feminilidade. Passam a conhecer os métodos mais variados para deixar os cabelos mais bonitos, como escovas e chapas, e aprendem a aumentar ou diminuir o volume capilar pelo penteado. Procuram dicas de cabeleireiros e seguem as mais variadas tendências de moda presentes na mídia. E esse cuidado com os cabelos continua pelo resto da vida. 

É normal perceber que algumas mães optam por escolher o período gestacional para usar cabelos mais curtos, o que também costuma ocorrer com as mulheres mais maduras. Geralmente a escolha é feita levando em conta a praticidade proporcionada pelos curtos. 

O fato é que as mulheres preocupam-se com pontas duplas, ressecamento e excesso de química, pois tudo isso pode deixar o cabelo mais fraco e quebradiço. Secador, escovas feitas frequentemente e chapa muito quente provocam danos capilares a que todas devem estar atentas.

Recentemente, tive o prazer de levar minha avó de 82 anos ao cabeleireiro, pois ela queria tingir seus já cansados cabelinhos, o que prova que a preocupação das mulheres com seus cabelos extrapola qualquer faixa etária. O mais engraçado é que meu avô foi junto: não queria que ela escolhesse uma cor muito escura (isto é o que dá estar há mais de 60 anos casados). 

Em suma, as mulheres nascem, crescem e vivem cuidando dos cabelos. É uma verdadeira relação de amor com esse componente tão importante da pele e do corpo. 

Por isso, a queda capilar feminina deve ser motivo de cuidado e respeito por parte dos profissionais da área: médicos, esteticistas, cabeleireiros etc. Ao médico cabe fazer uma avaliação detalhada da paciente e levar em conta qualquer tipo de queixa, já que perder os cabelos, para a mulher, é muitas vezes tão sofrido quanto perder um membro. Aquela que enfrenta a calvície sente sua auto-estima diminuir e sua feminilidade se esvair a cada fio perdido, a cada vez que percebe seu volume capilar diminuindo. 

 Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior 
formou-se médico pela Faculdade de Medicina de Itajubá (MG). 
É dermatologista e foi estagiário na Clínica de Hiperandrogenismo do 
Departamento de Endocrinologia e Metabolismo da Universidade da Virgínia. 
Tem pós-graduação em Medicina Estética pela 
Fundação Técnico Educacional Souza Marques/Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME).
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