Suportes psicológicos de sobrevivência.

image24NPergunta de um membro de um grupo da Internet que se auto-denomina Olheiro:

Como explicar que a maioria das pessoas têm procedimentos diferentes de acordo com o ambiente?

Conheço pessoas excelentes em seus procedimentos em alguns ambientes e outros são verdadeiros “animais”.

Resposta do Professor Dias:

Não sou expert nesse assunto, mas como V.S. se intitula olheiro, qualificado como puro, desculpará eventuais faltas neste procedimento analítico.

Toda pessoa passa por etapas durante a evolução como indivíduo. Essas etapas repetem as etapas da evolução da espécie humana desde os hominídios até o homem atual.

O ambiente mudou e com o ambiente mudou o comportamento da espécie em cada etapa da evolução, com as diferentes circunstâncias selecionando os mais adaptados à elas.

Cada um de nós, na atualidade, conserva gravado no banco de memória os condicionamentos, ou seja, os automatismos de comportamento aprendidos e registrados durante as etapas da primeira infância até os sete anos. 

Segunda infância dos sete aos quatorze anos, quando já há um início da racionalização, inexistente na primeira etapa.

Adolescência com as mudanças hormonais, os impulsos inconscientes de agressividade e sexualidade dos quatorze aos vinte e um anos, com autoafirmação, exibicionismos etc.

O amadurecimento  do processo racional é dos 21 aos 28 anos de idade, quando quem tem sorte, ou, competência, estuda em curso superior.

Nas diferentes fases básicas a criança aprende a se adaptar às diferentes circunstâncias, de modo que o caráter básico aprendido e formado  de berço e cujo ideal é ser justo e reto, se reveste de máscaras de diferentes personalidades que, no fundo são adaptativas às circunstâncias e dependem da habilidade de lidar com as pessoas (“humilde como a pomba e prudente como a serpente”). Se não tem caráter por má formação do berço aos sete anos, restam as máscaras reconhecidas como hipocrisia.

Essas máscaras ou personas, iniciam-se pouco antes dos sete anos de idade, dependendo das circunstâncias, do ambiente onde vive.

De vez em quando, a pessoa assume a máscara adaptativa de época anterior, mais infantil, ou menos infantil, para se apresentar no palco da vida, onde todos representam papeis mais ou menos sérios, alguns como comediantes.

É assim que, muitos de caráter bandido, vestem a máscara de dirigentes religiosos, ou, de organizações sociais com fachada de santidade. Muitos políticos vestem a máscara de bons moços antes das eleições. Depois é o que se vê em todo o escalão, onde alguns bebem para afogar a consciência em álcool etílico. O mesmo se repete nos empregos e nos lares, em diferentes níveis de relacionamento.

Você já pensou que o título “olheiro puro” pode ser uma máscara eventual para uma personalidade de internet em um grupo onde todos transpiramos santidade?

Vamos todos rir juntos dessa tragicomédia que é a vida só, mal, ou, bem acompanhado?

Fraternalmente, 

Escrito por Prof. Alberto Dias

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