A velha ideia de colocar cassetes de aprendizado de idioma estrangeiro debaixo do berço do bebê, ou tocar Mozart no estéreo para ajudar o bebê a desenvolver seu ouvido musical, sempre motivou largos sorrisos de desdém em muitos psiquiatras e psicólogos.A ideia nasceu em antigas escolas de mistério onde, se aproveitava as horas de sono para fazerem programações profundas não só nos bebes que nasceram para servir nos templos, mas também nos estudantes que se preparavam para desempenhar funções mais altas na organização.

 

Com o tempo, parte deste conhecimento vazou e foi incorporado pelas famílias que, à noite, na hora de dormir, tinham o hábito de ler histórias mitológicas ou sacras para as crianças…
Elas adormeciam ouvindo o texto, que se prolongava ainda por mais alguns minutos.

Muitas entidades usam esta técnica hoje para acelerar o aprendizado de idiomas, para gravar com mais facilidade textos que devem ser decorados… Nós mesmos, do Imagick, usamos esta técnica, com muito sucesso, em nossos CDs de programação comportamental: “Reprograme a sua mente”.

Em apoio a esta crença espiritualista, Marie Cheour, da Universidade de Turku, na Finlândia, suspeitando que os bebês aprendiam rapidamente a linguagem de seu povo porque o processo de aprendizagem se mantêm ativo enquanto estão dormindo, desenvolveu uma feliz experiência.

Cheour e colaboradores estudaram 45 bebês que foram
submetidos aos sons de três vogais finlandesas: uma que soa
como “u” (grave), outra como “i” (aguda) e uma terceira que tem uma sonoridade intermediária entre as duas.

 

Inicialmente, o eletroencefalograma (EEG) mostrou que os bebês não distinguiam os sons.

Assim, um grupo foi levado a ouvir os sons
enquanto dormia. No dia seguinte, o EEG acusou que o
primeiro grupo conseguia distinguir as três vogais, mesmo
quando o timbre era modificado, o segundo continuava igual..

Cheour declarou a revista New Scientist que não sabe como
funciona o processo de aprendizado durante o sono, mas
pensa que os bebês mantém o córtex cerebral ativo e que
esta capacidade diminui após o primeiro ano de vida.

 

O Prof. Marie Cheour é D.Ph., Developmental Neuropsychology, esp. Cognitive Psychophysiology da Universidade de Turku,
na Finlândia

filipeta

 

pm23