by Livia Burity
A palavra Akasha parece ter vários significados e nos remete a tempos antigos, mais antigos que a própria humanidade, podendo ser considerada como o princípio fundamental, a energia cósmica, o espaço cósmico, a quintessência. Em sânscrito, uma das 23 línguas oficiais da Índia, significaria céu, espaço, éter.
Seu conceito existe em praticamente todas as religiões e crenças e existem referências ao Akasha (ou Akashá) na história e no folclore de vários povos, sendo descrito na Bíblia, no novo e no velho testamento, como o “Livro da vida”.
Sob pontos de vista mais modernos, apesar de outros nomes, poderíamos dizer que seu conceito está presente na ciência, na física quântica, na psicanálise (onde ligamos o Akasha ao conceito de inconsciente coletivo, de Carl Jung) e à outras áreas do conhecimento humano.
O espaço sagrado do Akasha é muitas vezes simbolizado por uma infinita biblioteca, onde todos os registros das experiências terrenas ficam arquivados.
Partindo do princípio de que Deus está dentro de nós -assim como o universo, com todas as suas dimensões – , é dentro de nosso ser que encontramos as portas de entrada para este espaço dimensional.
Se levarmos em consideração a nossa experiência humana em um universo holográfico e multidimensional, o Akasha é este lugar onde estão arquivadas todas as experiências da humanidade no planeta Terra, sua memória, em um computador universal onde todos os dados estão gravados.
Neste grande – ou mesmo infinito, já que não é mensurável – arquivo holográfico, é onde estão os registros de tudo o que aconteceu, está acontecendo e tem a possibilidade de acontecer, multidimensionalmente, neste planeta e em outros, bem como todo o tipo de informação. Isso abrange experiências no chamado plano físico, no plano mental, na forma de pensamentos ou mesmo no plano emocional, incluindo todos os sentimentos e emoções experimentadas por nós, individualmente, desde que nascemos, nesta e em outras vidas, e, em termos humanos, desde a criação.
As informações disponíveis nos registros akáshicos, estão à disposição de toda a humanidade, momentaneamente encarnada ou não, basta acessá-las. E já que somos todos um, partículas de uma mesma unidade cósmica, parte originária da mesma fonte, também todos podemos acessar estes registros. Para isso, apenas se faz necessário o uso de uma visão multidimensional.
Existem diversas dimensões da consciência. Como nossa mente quase sempre teima em estar em outro lugar, que não no presente, no aqui e agora – ou no passado ou no futuro –torna-se fácil entender a questão dimensional.
Se nossa mente está no passado, remoendo fatos acontecidos, lembrando de diversos tipos de coisas, sua consciência viaja para aquele determinado instante, mudando de dimensão.
Se estamos com a mente focada em alguma preocupação (pré-ocupação), como com uma conta a pagar, um compromisso, um afazer qualquer ou os anos que virão – que talvez nem venham – estamos em outra dimensão. Quando você está sonhando ou lembrando de momentos passados, você muda de dimensão, pois tanto os sonhos como a lembrança ‘moram’ em uma determinada dimensão de sua consciência.
Os registros akáshicos estão na dimensão da consciência, coletiva ou individual, a nível da alma, e você pode alcançá-lo através dos estados alterados de consciência, como a hipnose, o transe ou a meditação.
Eles moram no presente, porém, em outra dimensão. As dimensões são como estações de rádio.
Não é porque você não está sintonizado em determinada estação, que ela não existe. Ela coexiste com outras estações mesmo que ninguém esteja sintonizado nela.
Assim são as dimensões. Várias delas estão aqui, no mesmo espaço, mas a maioria de nós não está sintonizada com estas outras dimensões que não a terceira, onde vivemos.
Imagine-se mudando a sintonia de seu rádio para outra estação. Você acaba de mudar de dimensão e isso não quer dizer que a estação que você estava ouvindo anteriormente não existe mais, certo? Seu estado de consciência pode fazer isso. Mudando seu estado de consciência você muda seu padrão vibracional. Mude seu padrão e estará mudando de dimensão. Muitos de nós já estamos vivendo em outras dimensões, pelo menos parte do tempo – se é que ele, o tempo, realmente existe.
Imagine a internet. Imagine a vastidão de informações que existem no vácuo. Imagine-se entrando neste vácuo, nesta rede invisível. Você acaba de mudar de dimensão, a qual chamamos de realidade virtual. Assim são os registros akáshicos.
Um computador infinito aonde estão documentadas infinitas pastas de arquivos. Tudo fica gravado nos registros akáshicos. Toda a informação de seu passado, presente e possibilidades de futuro estão armazenadas lá. E continuam sendo armazenadas a cada segundo. Até o que você está lendo agora. E agora. E agora.
Tudo o que você viveu, pensou e sentiu. Tudo gravado, documentado em seus registros akáshicos. Cada sentimento, cada pensamento, cada impressão. Todos os arquivos estão sendo gravados neste imenso programa de computador, aguardando downloads.
Qualquer pessoa pode ter acesso aos registros akáshicos.
As crianças ainda tem livre acesso à estas pastas, sem trabalho. Isso se expressa em sua criatividade, no que chamamos de “fantasias” ou “amigos imaginários”. Conforme crescemos, vamos perdendo este contato devido às sistemáticas manipulações sofridas e ao lixo consumido pelos sentidos: ingerido, respirado, ouvido; visto que entopem e bloqueiam de diversas formas nossos chacras e nossa glândula pineal, praticamente anulando nosso contato com a verdade, com a espiritualidade e com as tantas outras dimensões.
Nós, adultos, já fomos transformados (ou adulterados), com os diversos programas de manipulação do sistema, dos programas de educação aos programas de televisão. Programas do governo. Programas. Pense nisto. Nos permitimos ser moldados por estes softwares, como foram nossos pais, avós, bisavós, etc. Hipnotizados, desde muito jovens.
Sofremos verdadeiras lavagens cerebrais, o que nos faz acreditar em ilusões como religião, dinheiro, entretenimento, etc. Ilusões que, apesar de prometerem a felicidade, causam sentimentos negativos, principalmente o medo e a raiva, que prejudicam nosso equilíbrio, trazendo baixa autoestima, doenças mentais e emocionais e, consequentemente, físicas. Temos altíssimos níveis de expectativas e, consequentemente, altos níveis de desapontamentos. Nunca poderemos atingir os patamares que a mídia nos impõe. Nunca seremos tão bonitos, ricos, maravilhosos. Nosso time não vai ganhar sempre.
Em nosso dia a dia não temos tempo para sermos quem devemos ser verdadeiramente. Empenhamos todo nosso tempo na busca de coisas. Vivemos hipnotizados em um mundo de ilusão, cujo foco é a matéria, em um sistema capitalista de vida. Mas, exatamente como no filme Matrix, a partir do exato momento em que tomamos conhecimento das verdadeiras regras deste jogo, que viemos jogamos, inconscientemente, do berço ao túmulo, desde o início dos tempos, as ilusões se desfazem e despertamos.
Começamos a enxergar o mundo de outra forma. Despertamos para nosso próprio poder, nossa divindade, nossa própria iluminação como co-criadores da realidade. Nenhuma força pode impedir nosso despertar. Desperte! Desperte para um universo de infinitas possibilidades, cuja porta está aonde sempre esteve: dentro de cada um de nós. Inicie sua aventura. Desperte para o akasha.
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