Acreditar no amor é tarefa para os fortes. Porque amar requer de nós uma coragem ímpar.
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Coragem para entrar numa viagem alucinante em parceria com a vida de outro alguém, o qual, assim como você é um ser humano pleno de todas as preciosidades que possui, mas também todas as suas falhas, erros e imperfeições.
Coragem para vencer preconceitos, muitas vezes tão banais, mas que devido a cultura, as diferenças, a sociedade, acabam tendo um peso a mais nesse processo de amar. Coragem para saber perdoar e pedir perdão.
Coragem para saber que o amor é a dois, mas as influências sobre ele são a mil, porque todos tem suas parcelas de contribuições para melhorar ou piorar. E será preciso ser forte e sábio para saber discernir, filtrar e não se contaminar, nem para o bem, nem para o mal.
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Coragem para entender que o amor pode ser perfeito, mas as pessoas que amam não são e nunca serão. Que o amor à dois não é apenas aquele universal, ágape, que tornaria qualquer relação sublime, mas ele é composto do philos e do eros, que trazem ao relacionamento a personificação do material, da atração física, dos desejos, possessões, ciúmes, descontentamentos, desgastes, conflitos, ruídos na comunicação e tudo aquilo que possa nos lembrar de que não somos santos ou anjos em uma experiência carnal, mas sim humanos e providos de todas as limitações possíveis para não nos tornarmos santificados um ao lado do outro. Isso não existe! O que existe é o aprendizado mútuo.
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O que existe é a percepção de que o diálogo pode ajudar.
De que diminuir o ego e o orgulho, pode facilitar o entendimento.
De que ninguém conduz uma relação só, sem essa de “dominar”, somos apenas responsáveis por nossas escolhas e temos, todos, o livre arbítrio.
De que em uma relação não existe anjo ou demônio, pois ambos assumem os dois papeis em determinado momento.
De que a maturidade está além da idade, pois ela está ligada a vivência e ao aprendizado adquirido.
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E nem sempre, ou quase sempre os seres não chegam nesse patamar de equilíbrio emocional tão fácil. Se assim fosse, não teríamos tanta gente mais velha e tão fragilizada emocionalmente.
Enfim, é preciso coragem para acreditar no amor e, mais que tudo, manter ele firme. Mesmo tendo a consciência de que não é só o amor que mantém uma relação.
E como bem disse Jung: “O amor é permissão”.
Nós nos permitimos viver a experiência do amor, mesmo sabendo que nem sempre ele será um mar de rosas, pois toda rosa tem espinho.
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Mas o que define se é válido ou não seguir com ele é fazer o velho balanço, utilizando a balança da justiça e avaliando qual o lado pesa mais, apesar dos pesares: o prazer de estar junto ou o descontentamento?
O bem que se fez ou faz ou o mal? A contribuição emocional e espiritual que se troca ou o desgaste deles?
E assim seguimos sem coragem de amar, porque o amor nos convida a desnudar nossa alma e, muitas vezes, o outro nos mostra quem somos além das aparências e isso, para muitos que não se conhecem, é pesado demais para carregar.
Amar sempre valerá a pena, independente dos pesares que chegam com ele.
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Muito amor para todos!!
Angel Marques
Fonte: O exercício do amor próprio