Há uma lei espiritual da qual não deveríamos nos esquecer nunca: a de que o ser se manifesta sempre em polaridade.
Nos tornamos menos vulneráveis quando vivemos conscientes dessa lei.
Ela nos avisa que todas as coisas têm sua contraparte.
Cedo ou tarde, sempre nos deparamos com o outro lado do que tocamos.
Se começamos uma relação afetiva conscientes dessa premissa, quando o reverso do companheiro se revela, não há decepção; quando o amigo falta, não nos desmonta; e quando a felicidade nos passa o recibo, pagamos a conta.
A vida já não nos pega de surpresa.
Se sabemos como ela joga, podemos dobrar as apostas sem aumentar o risco.
Essa regra pode nos desiludir, mas, como toda manifestação, ela também tem sua contraparte: diz que por mais tremenda que seja a escuridão, sempre há luz.
Não há ferida que não cicatrize, memória que não se apague ou noite que não aponte para o dia.
Por pior que seja a dor, algum dia ela passará.
Não há prisão que não se acabe nem desespero que não termine.
Assim, não se desespere, continue esperando.
Não bloqueie os giros da polaridade, pois o ressentimento lhe retarda o movimento.
Deixe livre a Grande Roda e mais rapidamente ela dará a sua volta.
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