Essa história se passa na Idade Média, na época das Bruxas.
Foi encontrado um cesto com um bebê, porém no cesto havia, além do bebê, penas de corujas e ossinhos de ratos.
Uma das senhoras respeitáveis da cidade falou: Ela é filha de coruja… Pronto, todas começaram a falar sobre a filha da coruja.
Formaram o conselho da cidade e decidiram que não podiam matá-la por ser um bebê. Nessa época fogueira sempre…
Tomaram a decisão de mandá-la para um velho convento para ser criada por uma freira, a única desse convento, (mas essa é outra estória).
A freira já era uma velha e tinha feito voto de silêncio. Lá a filha das corujas cresceria, viveria e morreria. Destino dela estava selado.
Solução tomada, os anos se passaram e a menina sobreviveu mesmo sem saber falar nada, pois ninguém lhe ensinou. Tinha por alimento a papa que a velha freira fazia para ela e para a menina.
Mas a freira morreu e para evitar que a mocinha saísse do convento uma das bondosas senhoras da cidade se propôs levar-lhe alimentos. Deixava a cesta na porta e fugia temerosa, cheia de pudor.
Um dia, curiosa, ela resolveu ver a tal filha das corujas e foi com espanto que viu uma jovem belíssima. A mulher não se conteve e contou ao marido e esse ao filho que espalhou a descoberta da mãe, de tal sorte que todos os homens da aldeia ficaram sabem da beleza da jovem. É claro que não contaram nada às mulheres.
Então os homens inventaram uma caçada em noite de lua cheia para poderem sair de casa, sem despertar a atenção das mulheres a e irem até o convento. É claro que todos imbuídos das melhores intenções, é claro.
Feito, foram até o convento e a viram a donzela escondida, com medo, pois nunca tinha visto nenhum homem antes.
Naquela noite as mulheres da cidade tiveram pesadelos horríveis com corujas e ratos de pijamas. De manhã cadê os companheiros e filhos, haviam desaparecido. Todas, sem exceção, saíram à procura dos mesmos, bateram os bosques, as florestas, nada. Até que chegaram ao convento cujas portas estavam abertas… O convento estava vazio, nem maridos, nem filhos, nem mesmo a donzela… Só uns poucos vestígios de seus homens foi o que encontraram…
Nessa região conta se que em noites de lua se vê uma linda jovem sentada num galho de árvore, piando como uma coruja agourenta…
Os homens, é claro, dela tem muito medo.
“Transformados em ratos e devorados pela filha das corujas”.
Que você acha que ocorreu? Que moral você tiraria desta lenda?
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