olfaction[1]       “É o nosso olfato que nos conduz ao passado”, diz Tryggy Eingen, psicólogo da Brown University. 

Durante os seus estudos, Engen descobriu o seguinte: quando os seres humanos têm que distinguir entre dois odores diferentes, a porcentagem dos acertos é de 70°/ . A memória olfativa continua inalterada por um período de 30 dias. Depois de um ano, a lembrança sofre uma diminuição de 5%; as memórias visuais e de som desaparecem no mesmo período. 

Qual seria o motivo? Pierre Gloor, um pesquisador do Instituto Neurológico de Montreal (Canadá), é de opinião que o nosso olfato está diretamente ligado à sede das emoções, o sistema límbico do cérebro. Esta conexão entre os odores e as emoções era imprescindível à sobrevivência dos nossos ancestrais, pois, nesse período de sua evolução, essas criaturas primitivas aprenderam a tomar decisões acertadas fundamentadas em experiências passadas. Os odores conduziriam às memórias das experiências, e assim orientariam seu modo de proceder.  

Quando o cheiro de mato nos dá prazer, é porque estamos nos lembrando de uma sensação agradável que tem sua origem no cerne do nosso ser.

 

 

image8E0Tryggy Eingen
Psicólogo da Brown University