Em maio de 1974 a edição de uma importante revista especializada em assuntos esotéricos, publicou no Brasil, um artigo que dizia: “Em março de 1904, um homem chamado Aleister Crowley trazia ao mundo um livro de algumas dezenas de páginas, chamado “O Livro da Lei”.
Quando o Livro da Lei foi publicado, todo mundo riu. E o livro foi esquecido. Há três anos, uma editora inglesa aventurou-se a lançar uma nova edição.
Em dezembro do ano passado, tinha vendido 4 milhões de exemplares. E ninguém estava rindo mais… Inclusive o autor do artigo.
O ano de 1875 foi de grande importância para o esoterismo no planeta, com a morte de Eliphas Levi, a fundação do Sociedade Teosófica, a primeira publicação de “Isis Revelada” por Helena Blavatsky, o
nascimento de Carl G. Jung e de Albert Schweitzer.
Também neste ano surgiram as grandes Ordens Ocultas que nos legaram tudo o que hoje entendemos como Tradição, esoterismo, etc. Pois foi neste ano que nasceu, na Inglaterra, Edward Alexander Crowley (1875-1947), mais conhecido como Aleister Crowley.
O futuro comprovaria que o nascimento de Crowley – considerado o maior Mago do Sec. XX – foi um dos mais importantes eventos da história do ocultismo mundial.
Por volta de 1896, Crowley iniciou a leitura de alguns livros sobre magia e misticismo. Em 18 de novembro de 1848 fez sua primeira iniciação na “The Hermetic Order of the Golden Decorri” (Ordem Hermética da Aurora Dourada), uma das mais influentes Ordens iniciáticas do final do século passado.
Ao seu corpo de iniciados pertencia a nata da intelectualidade inglesa e européia (nomes como Willian Butler Yeats, Gustav Meyrink, Florence Farr, A.E.Waite, Sax Homer, Bram Stocker , Arthur Machen e muitos outros.
Depois de 8 anos de aventuras, pesquisas e turbulentas viagens, durante uma série de invocações no Cairo (Egito), um ser identificando- se como Aiwass transmite a Crowley nos dias 08, 09 e 10 de abril de 1904 o Sociedade Alternativa, que passaria a ser mundialmente conhecido como o Livro de Lei.
Este livro, entre outras coisas, serviu de base ideológica para a fundação da Sociedade Alternativa no Brasil, em 1974.
Toninho Buda
Julho de 1996