image5QSVale a pena estudar e ter conhecimento o que outros sistemas tem a dizer. 
Lembre-se que a verdade, em nosso plano de consciência, tem várias facetas.
Leia com atenção e julgue depois.

Uma das teorias mais diferentes para explicar os OVNIs, afirma que o planeta Terra é oco, aberto nos pólos e que os discos voadores vêm de civilizações subterrâneas

Essa teoria começou a ser mais divulgada por John Clevers Symmes, nascido na cidade de New Jersey, EUA, em 1780. Ele baseava-se na migração das aves para o Norte, em altura inexplicável. Acreditava que esses animais eram atraídos pela fonte das correntes quentes oceânicas e um sol existente no interior da Terra, do qual as auroras boreais seriam o reflexo.


John Clevers Symmes

Symmes chegou a conseguir financiamento para uma expedição ao pólo Sul, em busca da abertura, mas o empreendimento fracassou.

Viagem ao Centro da Terra

Em 1864, Júlio Verne publicaria seu livro “Viagem ao Centro da Terra”. Embora o livro não fale explicitamente em Terra oca, a premissa básica – de que um sistema de túneis ligaria a superfície do planeta ao núcleo – é muito parecida. De qualquer forma, foi uma versão modificada do modelo de Symmes – uma Terra oca, com abertura nos pólos e habitada em sua “face interna” por uma raça mais avançada – que angariou seguidores entre ufólogos, teóricos da conspiração, pesquisadores de Atlântida e outros pseudocientistas.

O fato de que nenhuma das fotos aéreas dos pólos jamais revelou qualquer tipo de abertura não parece afetar a crença no modelo, que ainda é estudado por publicações como a Hollow Earth Insider. No século XX, a teoria de Symmes foi embelezada por William Reed, o primeiro a afirmar, com todas as letras, que o interior da Terra é “adequado para colonização humana”.

O problema com todas essas teorias de Terra oca é que elas são incompatíveis com uma série de dados experimentais. Citando apenas um deles, uma Terra oca violaria a Lei da Gravidade, já que essa depende da massa. Com a lei de Newton é possível calcular, entre outras coisas, qual a massa do planeta Terra, a partir do campo gravitacional que ele exerce. Esse valor, visto em conjunto com a densidade média do planeta, não deixa muito espaço para bolsões vazios sob a crosta. Uma Terra oca (ou mesmo, toda perfurada por túneis, como no romance de Verne) produziria muito menos gravidade e todos seríamos muito mais leves.

Vivemos do lado de dentro

Esse conceito, defendido pelo americano Cyrus Teed, afirma que a Terra não só é oca, como todos vivemos do lado de dentro. Embora Teed não soubesse disso (ele desenvolveu suas idéias no século passado), a geometria moderna e o conceito de espaço curvo de Einstein tornam a teoria matematicamente irrefutável.

Se usarmos técnicas geométricas para virar a Terra do avesso, a superfície interna iria reproduzir, exatamente, todos os dados da externa. O mundo côncavo seria, para quase todos os efeitos, indistinguível do convexo. O sol seria o núcleo do planeta, brilhante de um lado, escuro do outro, suspenso no centro da esfera (onde a gravidade é zero). Todos os fenômenos astronômicos teriam algum tipo de correspondente; estrelas e planetas não seriam pequenos devido à distância, mas minúsculos de fato e assim por diante. Segundo um matemático da Universidade de Toronto citado pela revista Omni, do ponto de vista estritamente teórico, é quase impossível provar que Teed estava errado. Entre os seguidores dessa visão peculiar do cosmo, pode-se incluir Hitler: em 1942, uma expedição nazista ao Báltico tentou tirar fotos secretas da frota britânica apontando as câmeras para o alto e tentando captar raios infravermelhos “através do centro da Terra oca”.

NOSSA TERRA ESTÁ OCA?

Durante séculos muitas pessoas insistem sobre a realidade da teoria da Terra Oca, porém não deram continuação a história quando apareceu uma impressionante foto de satélite em 1968.

No início de 1970, a Administração do Serviço de Ciência e Meio Ambiente (ESSA), que pertence ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, divulgou para a imprensa fotografias do Pólo Norte tiradas pelo satélite ESSA-7 em 23 de novembro de 1968. Uma das fotografias mostrava o Pólo Norte coberto pela conhecida camada de nuvens; a outra, que mostrava a mesma zona sem nuvens, revelava um imenso buraco, onde deveria estar o Pólo.

A ESSA estava longe de suspeitar que suas fotos rotineiras de reconhecimento atmosférico fosse contribuir e despertar uma das controvérsias mais sensacionais e célebres da história dos OVNI’s. No número de junho de 1970 da revista Flying Saucers, o editor e ufólogo Ray Palmer reproduziu as fotos do satélite ESSA-7 junto com um artigo em que ele manifestava que o buraco da foto era real. Durante muito tempo, Ray Palmer e outros ufólogos acreditavam que a Terra fosse oca, e que os OVNI’s seriam uma civilização de seres superiores que está escondida em seu interior inexplorado.

Em 1970, graças ao apoio de uma fotografia em que aparecia o enorme buraco do Pólo Norte, Palmer pôde assegurar que a super-raça subterrânea existia e, provavelmente poderia chegar até ela através dos buracos dos pólos Norte e Sul. Os números seguintes de Flying Saucers apoiáram sua teoria ressuscitando outra antiga controvérsia sobre a Terra Oca: as famosas expedições do vice-almirante Richard E. Byrd aos pólos Norte e Sul.


Richard E. Bird

O vice-almirante Richard E. Byrd da US NAVY foi um destemido aviador, pioneiro e explorador polar, que sobrevoou o Pólo Norte em 9 de maio de 1926, e dirigiu numerosas expedições à Antártida, incluíndo um vôo sobre o Pólo Sul em 29 de novembro de 1929. Entre 1946 e 1947, levou adiante a operação em grande escala chamada High Jump (Pulo Alto), durante a qual descobriu e cartografou 1390000 km2 de território antártico. As famosas expedições de Byrd entraram pela primeira vez na controvérsia da Terra Oca quando vários artigos e livros, especialmente Worlds Beyond The Poles (Mundos Além dos Pólos), de Amadeo Giannini, afirmavam que Byrd, na realidade, não voou por cima do pólo, mas sim dentro dos grandes buracos que levam ao interior da Terra.

Ray Palmer, baseando-se principalmente no livro de Giannini, introduziu esta teoria no número de dezembro de 1959 da sua revista e, por causa disso, manteve uma volumosa correspondência à respeito. Segundo Giannini e Palmer, o vice-almirante Byrd anunciou em fevereiro de 1947, após uma suposta viagem de 2750 km através do Pólo Norte: “Gostaria de ver a Terra além dos pólos”. Essa área além dos Pólos é o centro do grande enigma. Giannini e Palmer diziam também que, durante seu suposto vôo sobre o Pólo Norte em 1947, o vice-almirante Byrd comunicou por rádio que via abaixo dele, não neve, e sim áreas de terra com montanhas, bosques, vegetação, lagos e rios, e um estranho animal que parecia um mamute.

Cidade do Arco-Íris

Em janeiro de 1956, após dirigir outra expedição à Antártida, o vice-almirante Byrd manifestou que sua expedição havia explorado 3700 km além do Pólo Sul e, além disso, justo antes de sua morte, Byrd disse que a Terra além do Pólo era um continente encantado no céu, terra de mistério permanente. Essa terra, segundo outras teorias, era a legendária Cidade do Arco-Íris, berço de uma fabulosa civilização perdida.

Para Giannini e Palmer, os comentários atribuídos ao vice-almirante Byrd confirmaria o que eles sempre suspeitaram: que a Terra tem uma forma estranha no Pólos, algo parecido a um “donut”, com uma depressão que forma um buraco gigante que passa através do eixo da Terra, de um pólo a outro. Dado que, por razões geográficas, é impossível voar 2750 km além do Pólo Norte e 3700 km além do Pólo Sul sem ver água. Parece lógico pensar que o vice-almirante Byrd deve ter voado dentro de enormes cavidades convexas dos pólos, dentro do Grande Enigma do interior da Terra e que, se tivesse seguido adiante, teria chegado na base secreta dos OVNI’s que pertencem à super-raça oculta, quem sabe a lendária Cidade do Arco-Íris que Byrd teria visto refletida no céu.

….Um pouco de história

A possibilidade de que a Terra seja oca, que se possa entrar nela através dos Pólos Norte e Sul, e de que civilizações secretas floresçam em seu interior tem aguçado a imaginação desde tempos atrás. Assim, o herói babilônio Gilgamesh visitou seu antepassado Utnapishtim nas entranhas da Terra; na mitologia grega, Orfeu tratou de resgatar Eurídice do inferno subterrâneo; dizia-se que os faraós do Egito comunicavam-se com o mundo inferior, onde desciam através de túneis secretos ocultos nas pirâmides; e os budistas acreditavam (e acreditam todavia) que milhões de pessoas vivem em Agharta, um paraíso subterrâneo governado pelo rei do mundo.

O mundo científico não ficou imune desta teoria: Leornard Euler, um gênio matemático do século 18 deduziu que a Terra era oca, que continha um sol central e que estava habitada; e o doutor Edmund Halley, descobridor do cometa Halley e astrônomo real da Inglaterra no século 18, também acreditava que a Terra era oca e guardava em seu interior três pisos. Nenhuma destas teorias estavam sustentadas cientificamente, porém coincidiam com várias obras de ficção sobre o mesmo tema, onde dentre as mais importantes eram “As Aventuras de Arthur Gordon Pym”, de Edgar Alan Poe (1833), onde o herói e seu companheiro tem um terrível encontro com os seres do interior da Terra. 

E na “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne (1864), onde um professor aventureiro, seu sobrinho e um guia penetram no interior da Terra através de um vulcão extinto na Islândia, e encontram novos céus, mares e répteis gigantescos e pré-históricos que povoavam os bosques.

A crença de uma Terra Oca estava tão difundida que inclusive Edgar Rice Burroughs, o célebre autor de Tarzan, sentiu-se obrigado a escrever “Tarzan nas Entranhas da Terra” (1929), um mundo que encontra-se na superfície interior da Terra e que está iluminado por um sol central. “A Sombra Além do Tempo” (1936) de H.P. Lovercraft transportou o tema para a época atual, descrevendo uma raça antiga e subterrânea que dominou a Terra há 150 milhões de anos e que, desde então, refugiaram-se no interior da Terra, e inventaram aviões e veículos atômicos, e dominavam a viagem no tempo e a percepção extrasensorial. Estas e outras obras de ficção mantiveram vivo o interesse pela possibilidade da Terra ser oca e nela esconder outras civilizações.

OVNIs do centro da Terra

Assim, quando foram vistos os primeiros OVNI’s nos Estados Unidos em 1947 e a ufomania assolou primeiro o país  e depois o mundo, surgiram duas teorias para explicá-los. Os OVNI’s deviam ser naves extraterrestres de alguma galáxia próxima, ou pertenciam a seres avançadíssimos que habitavam o interior da Terra. Estas teorias levaram a recuperar as lendas das civilizações perdidas da Atlântida e de Thule, e a crença que esta última encontrava-se no Ártico (não confundir com Dundas, antes Thule, que hoje é uma base aérea dos Estados Unidos e centro de comunicação).

Acreditava-se também que outra possível fonte de procedência dos OVNI’s encontrava-se na Antártida. Esta teoria surgiu no convincente livro de John G. Fuller, “A Viagem Interrompida” (1966), onde o autor relata a história de Betty e Barney Hill, um casal americano que, durante um tratamento psiquiátrico devido a um inexplicável período de amnésia, recordaram através de hipnose que havíam sido raptados por extraterrestres, examinados no interior de um disco voador e informados que os extraterrestres tinham bases em toda a Terra, algumas no fundo do mar e pelo menos uma na Antártida.

Deste modo, quando Ray Palmer publicou sua controvertida teoria em 1970, os ufólogos e crentes na Terra oca ficaram com a expectativa: tratavam-se de provas conclusivas?
 


Ray Palmer

Porém os argumentos que Palmer defendia revelaram-se extremamente suspeitos. Todas as investigações feitas desde então não confirmaram nenhuma das afirmações atribuídas por Giannini e Palmer ao vice-almirante Byrd; nem sequer confirmou-se seu vôo sobre o Pólo Norte em fevereiro de 1947 (o certo é que Byrd sobrevoou o pólo Sul nesta data, no transcurso da operação High Jump), inclusive supondo que Byrd teria feito tais comentários, o mais lógico é acreditar que a terra além dos pólos e o Grande Enigma são formas de falar das regiões então inexploradas a continentes escondidos no interior da Terra, e que o continente encantado no céu era unicamente uma descrição de um fenômeno que acontece nas latitudes antárticas, uma espécie de reflexo que trás o reflexo de terras distantes.

Possível acobertamento

Apesar da inexatidão da pretensa viagem de Byrd ao Pólo Norte, existem algumas pessoas que afirmam ter visto em um noticiário sobre a dita expedição ao Pólo Norte, onde se viam montanhas, árvores, rios e um grande animal identificado como um mamute. Uma mulher escreveu para Ray Palmer sobre esta notícia, assegurando que havia visto em White Plains, New York, em 1929. Entretanto, este documentário não está registrado em nenhum arquivo. Será que se trata de uma artimanha do Governo dos Estados Unidos? Ou será que esse documentário nunca existiu? Durante os anos 80 correu um boato que um satélite espião militar norte-americano tirou várias fotografias sobre o pólo norte no exato momento em que se abriu um buraco no pólo para dar passagem a uma nave desconhecida. Seguramente a terra não é oca, mas abaixo de nossos pés podem existir civilizações inteiras…

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