Quando dei a notícia a uma paciente  que um querido amigo nosso, o Edú da Viola, havia prematuramente partido para a luz maior, ela olhou para mim séria e disse:      – Fico feliz!

Frente ao meu olhar estupefato de “ponto de interrogação”, ela explicou:

– Estou feliz por ter podido desfrutar, ainda que por pouco tempo, da companhia dele, de seu carinho, de sua arte, de sua sabedoria, de sua luz. Eu fui uma privilegiada por ter tido esta oportunidade. Só sinto porque, tão moço, poderia ter feito tantas coisas mais e não houve tempo. Mas mesmo com o pouco tempo que lhe foi dado, ele deixou muito. A morte não me assusta porque acho que tudo tem a sua razão de ser, ainda que não tenhamos condição de compreender. Só posso acreditar que, por trás de tudo isso, exista um plano maior que nós ainda não conhecemos. 

Suas palavras me fizeram parar e refletir. É claro!

Nós sempre pensamos, em primeiro lugar, no que perdemos, no que deixamos de ter, mas raramente pensamos no que já tivemos antes, no que já ganhamos. Nos pomos a lamentar a despedida, a ausência e esquecemos que tivemos a oportunidade de usufruir da presença.Lembrei então de uma música muito antiga que conheci. 

   Não sei o nome, nem da música nem do cantor, mas a mensagem que ela transmitia eu nunca esqueci. 

 

Dizia, de uma maneira singela e simples, que era uma grande alegria sentir saudades, porque saudades só pode sentir quem foi feliz.

Nós só temos saudades do que foi bom, gratificante, agradável. O fato de ter saudades nos diz que vivemos momentos bons, gratificantes, agradáveis. Portanto, este sentimento reflete alegria e não tristeza.

A saudade, quando existe, é nossa. Ninguém mata, não desaparece, não some, não se perde. A saudade que sentimos nos acompanhará eternamente, lembrando sempre dos bons momentos que vivemos, ela é o nosso maior tesouro que nenhum ladrão é capaz de roubar. 

    Portanto meu amigo, meu professor, meu “filhote”, você, estrela que partiu tão cedo para iluminar ainda mais o nosso céu com a sua luz; saiba que eu não vou perdê-lo nunca… 

    Vou sentir saudade de você sim, e quero que assim seja. A lembrança de todos estes anos que compartilhamos, de toda alegria que vivemos, de todas as gostosas risadas que demos, esta saudade jamais poderá ser perdida, ela será sempre minha. E se, como diz o dito popular, “recordar é viver”, você não morrerá nunca. Você continuará vivendo na nossa mente, em cada música de viola, nas lembranças engraçadas, em cada riso nosso, em cada momento da alegria que tantas vêzes repartimos. Seria muita ingratidão reclamar os anos que não tivemos ao invés de agradecermos toda alegria que você trouxe para nós durante sua passagem por nossas vidas.

Querido amigo, não sei é possível perder alguém, mas sei que certamente será impossível perdê-lo. Aonde quer que esteja agora, não importa, porque você sempre continuará existindo para nós, em cada uma das marcas que, com todo seu talento, você soube esculpir em nossos corações.

                        Com todo o nosso amor

                                                                    Zelinda
 
 

 Zelinda Orlandi Hypolito

Psicóloga Clínica com especialidade em Regressão de Memória. 
No Imagick é: 
Pontifice Solaris do I.I.E. (Imagicklan, a Irmandade das Estrelas);
Vice-Presidente do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick;
Coordenadora de todas as atividades da Cidade das Estrelas; 
Co-criadora de todos os cursos regulares promovidos por esta entidade. 
Telefones: (11) 3813.4123

Email : zelinda@imagick.org.br

 

Um treinamento para despertar 

  imagens gravadas na memória da alma.

Venha você também vivenciar esta experiência…