imageIHGDe como os experimentos dos Arquitetos do Universo chegaram ao homem…

É um fato que as duas descrições bíblicas sobre a Criação harmonizam-se perfeitamente.

Uma refere-se à Forma, construída através da experiência mineral, vegetal e animal até, por último, chegar ao homem. A outra diz que a Vida, agora animando as formas humanas, manifestou-se antes da Vida que anima as Formas dos demais reinos.

Uma só das duas descrições sobre a Criação não teria sido suficiente. Há, no segundo capítulo, particularidades muito importantes, ocultas na narrativa da criação do homem: “Então, Jeová formou o homem do barro da Terra e soprou suas narinas o alento (nephesh) e o homem converteu-se em uma criatura que respirava (nephesh chayim)”.

Em outros pontos da versão do Rei Jaime, a palavra “nephesh” traduz-se por “vida”. Neste exemplo particular (Gen. 2:7) traduziu-se como “Alma Vivente”, para sugerir a idéia de que há uma distinção a fazer entre a vida que anima a forma humana e a que anima as criações inferiores. Não há autoridade alguma que sustente essa diferença de tradução, puramente arbitrária. O alento de vida (nephesh) é o mesmo no homem e no animal. Isto pode-se demonstrar mesmo àqueles que se baseiam firmemente na autoridade da Bíblia. Com efeito, na versão do Rei Jaime ainda se diz claramente: (Ecles. 3-19-20) “assim como morre um, morre o outro; todos têm um alento (nephesh); assim, o homem não tem superioridade alguma sobre o animal… todos vão para o mesmo lugar.”

Os animais apenas são nossos “irmão mais jovens”. Não estão atualmente tão sutilmente organizados, mas em devido tempo alcançarão um estado tão elevado como o nosso, e nós teremos seguido muito mais além.

Argumenta-se que o homem recebeu sua alma na forma descrita no versículo sétimo do segundo capítulo do Gênese e que não poderia tê-la recebido de outra maneira. Vem a propósito perguntar: donde e quando recebeu a mulher a sua?

O significado do capítulo e da insuflação do alento de vida por Jeová, além de oferecer a imensa vantagem de ser lógico, é muito claro e simples quando se emprega uma chave oculta. O Regente da Lua (Jeová), seus Anjos e Arcanjos foram os principais nessa obra, o que define o tempo em que se efetuou essa criação: entre o princípio e a metade da Época Lemúrica, e, provavelmente, depois que a Lua foi arrojada da Terra, porque Jeová não tinha a seu cargo a geração dos corpos antes da Lua ser expulsa. As formas eram mais etéreas. Não havia corpos densos e concretos. Só é possível fazer tais corpos mediante as forças lunares endurecedoras e cristalizantes. Deve ter-se realizado na primeira metade da Época Lemúrica, repetimos, porque a posterior separação dos sexos teve lugar em meados dessa época.

Nesse tempo, o homem nascente não tinha começado a respirar por pulmões. Tinha um aparelho semelhante a brânquias, o que presentemente, ainda se encontra no embrião humano, quando passa pelos estados pré-natais correspondentes a essa Época. Não tinha sangue vermelho e quente (porque nesse estado não havia espírito individual) e toda sua forma era branda e flexível. Mesmo o esqueleto era mole como as cartilagens. Quando foi necessário separar a humanidade em sexos, o esqueleto tornou-se firme e sólido.

A obra de Jeová foi construir ossos duros e densos dentro da substância branda dos corpos já existentes. Antes desse tempo, isto é, durante as épocas Polar e Hiperbórea, nem o homem nem o animal tinham ossos.

A COSTELA DE ADÃO

A impossível e grotesca maneira de realizar a separação dos sexos (descrita nas versões comuns da Bíblia e, quanto a este caso particular, no texto massorético também) é outro exemplo do que se pode fazer trocando as vogais no antigo texto hebraico. Lido de uma maneira, a palavra é “costela” mas, lido de outra, que merece mais cuidadosa atenção e tem a vantagem de apresentar um sentido comum, significa “lado”. Se a interpretação significar que o homem era macho-fêmea e que Jeová tornou latente um lado ou sexo de cada ser, não violaremos a razão nem estaremos aceitando a história da costela.

Os ensinamentos ocultos harmonizam-se com a Bíblia quanto a esta alteração e quanto ao tempo em que se efetuou. Ambos concordam com a doutrina da ciência moderna que diz ter sido o homem bissexual em outro tempo e até certo ponto do seu desenvolvimento. Depois, começou a predominar um sexo, enquanto o outro passou a subsistir em forma rudimentar. Assim, toda a humanidade tem, em forma germinal ou embrionária, os órgãos sexuais opostos. É realmente bissexual, como era o homem primitivo.

Aparentemente, nessa segunda descrição da obra criadora, o narrador da Bíblia não desejou dar uma ilustração simples do conjunto da evolução. Procurou, antes, particularizar um pouco mais sobre o que tinha dito no primeiro capítulo. Disse que o homem não respirou sempre como agora, que em certo tempo os sexos não estavam separados e que foi Jeová quem efetuou essa mudança, definindo assim, o tempo do acontecimento. Ao longo deste trabalho, encontraremos muitas outras informações.

OS ANJOS DA GUARDA

Durante as primeiras Épocas e Períodos, enquanto a humanidade evolucionava inconscientemente, era dirigida pelas Grandes Hierarquias Criadoras. Havia, por assim dizer, uma consciência comum a todos os seres humanos, um espírito-grupo para toda a humanidade.

Na Época Lemúrica deu-se um novo passo. Os corpos formavam-se definidamente, mas deviam ter sangue vermelho e quente para poderem conter uma alma e converterem-se em templos de espíritos internos.

A Natureza não age subitamente. Seria um equívoco imaginarmos que um simples alento soprado nas narinas pudesse introduzir uma alma num corpo de barro e galvanizá-lo num ser vivo que sente e pensa.

O espírito individual era muito débil, impotente, completamente incapaz de guiar seu veículo denso. Nem, ainda hoje, é muito forte. Mesmo no nosso estado atual de desenvolvimento, o corpo de desejos dirige a personalidade muito mais do que o espírito. Isto é evidente para qualquer observador qualificado. Em meados da Época Lemúrica, a personalidade inferior, o tríplice corpo, estava para receber o Ego. Se este fosse abandonado a si mesmo, teria sido completamente impotente para dirigir seu instrumento.

Portanto, era necessário que alguém, muito mais evoluído, ajudasse o espírito individual e, gradualmente, preparasse o caminho para uni-lo completamente aos seus instrumentos. Foi algo semelhante ao que se dá com uma nação nova; enquanto por si mesma não é capaz de criar um governo estável, é protetorado de uma nação mais poderosa que a resguarda dos perigos exteriores e das dissensões internas. Idêntica proteção foi exercida por um Espírito de Raça sobre a humanidade nascente. Sobre os animais é exercida pelo Espírito-Grupo, mas de forma bastante diferente.

Jeová é o Altíssimo, o Deus de Raça. Tem, por assim dizer, domínio sobre todas as Formas. É o Legislador-Chefe, o Poder mais elevado na conservação da forma e no exercício de um governo ordenado. Os Espíritos de Raça são Arcanjos. Cada um deles tem domínio sobre grupos de pessoas, de povos, e sobre os animais, enquanto os Anjos tem-no sobre as plantas. Os Arcanjos exercem domínio sobre raças ou grupos de pessoas e também sobre animais, porque estes reinos têm corpos de desejos.

Os Arcanjos são hábeis arquitetos da matéria de desejo porque, no Período Solar, o globo mais denso era composto dessa matéria. Eram a humanidade desse Período, que aprendeu a construir seus veículos mais densos de matéria de desejos, como nós aprendemos agora a construir nossos corpos com os elementos químicos que compõem o Globo Terrestre. Já podemos perfeitamente compreender que os Arcanjos estão qualificados para auxiliar especialmente as ondas de vida posteriores através do estado em que eles aprendem a construir e a dominar corpos de desejos.

Por razões análogas, os Anjos agem nos corpos vitais do homem, dos animais e das plantas. Seus corpos mais densos são formados de éter, pois dele estava composto o Globo D do Período Lunar, quando eles foram humanos.

Jeová e Seus Arcanjos assumem, portanto, em relação às raças, um papel semelhante ao do Espírito-Grupo em relação aos animais. Quando os membros individuais de uma raça desenvolvem completamente o domínio e governo de si, emancipam-se da influência dos Espíritos de Raça e seres afins.

Está no sangue o ponto de aderência ao corpo denso, tanto do Espírito-Grupo como de qualquer Ego. O texto massotérico mostra que o autor do Levítico possuía esse conhecimento. No versículo décimo-quarto do capítulo décimo-sétimo proíbe-se aos judeus comerem sangue, porque “… a alma de toda carne está no sangue…”. No versículo décimo-primeiro do mesmo capítulo, estas palavras: “… porque a alma da carne está no sangue, o mesmo é o mediador da alma” indicam que isto se aplica tanto ao homem como ao animal, porque a palavra empregada é neshamah, que significa “alma”, não “vida”, como se traduz na versão do Rei Jaime.

Para guiar as Raças, os Espíritos de Raça agem sobre o sangue, assim como o Espírito-Grupo dirige os animais de cada espécie por meio do sangue.

Também o Ego governa o seu veículo por meio do sangue, mas com uma diferença: o Ego age por meio do calor do sangue, enquanto o Espírito de Raça (isto é, de tribo ou família) age por meio do ar, conforme este penetra nos pulmões. Está é a razão de Jeová ou Seus Mensageiros terem “soprado seu alento nas narinas do homem”, assegurando a admissão do Espírito de Raça, dos Espíritos de Comunidade, etc.

As diferentes classes de Espíritos de Raça dirigiram seus povos a vários climas e a diversas partes da Terra. O clarividente vê o Espírito de Tribo como uma nuvem que envolve e compenetra toda atmosfera da terra habitada pelo povo que está sob seu domínio. Assim se formam os diferentes povos e nações. Paulo fala do “Príncipe do Poder do Ar”, de “principados e poderes”, etc., demonstrando conhecer os Espíritos das Raças. Todavia, ainda não se procura compreender o que eles significam, apesar de sentir-se fortemente a sua influência. O patriotismo é um dos sentimentos deles emanados. Seu poder sobre o povo já não é tanto como dantes. Algumas pessoas vão libertando-se do Espírito de Raça e podem dizer como Thomaz Paine: “O mundo é minha pátria”. Outros, podem abandonar seu pai e sua mãe, considerando todos os homens como irmãos. Estão a libertar-se do Espírito de Família, ou de Casta, que são entidades etéricas, diferentes do Espírito de Raça, uma entidade de desejos. Quem permanece fortemente subjugado à influência do Espírito de Raça ou de Família, sofre a mais terrível depressão quando abandona seu país ou respira o ar de outro Espírito de Raça ou Família.

Quando o Espírito de Raça entrou nos corpos humanos do Ego individualizado, começou a exercer ligeiro domínio sobre os seus veículos. Cada entidade humana foi se tornando cada vez mais consciente de ser uma entidade separada e distinta de qualquer outro homem. Contudo, durante muito tempo não pensou de si como de um indivíduo. Em primeiro lugar, sentia-se como pertencente a uma tribo ou família. O sufixo inglês de muitos sobrenomes atuais, “son” (filho) é um resto desse sentimento. Um homem não era simplesmente “João” ou “Jaime”, mas sim João Robertson ou Jaime Williamson. Em alguns países, a mulher não era “Mary” ou “Martha”, sim Mary Marthasdaughter ou Marth Marydaughter (daughter, em inglês: filha). Este costume continua em alguns países da Europa, de algumas gerações até agora. O sufixo “son” ainda permanece e o nome de família é ainda muito considerado.

Entre os Judeus, no tempo de Cristo, o Espírito de Raça era mais forte do que o espírito individual. Cada judeu pensava de si mesmo primeiramente como pertencente a certa tribo ou família. Sua maior honra era ser “semente de Abraão”. Tudo isso era obra do Espírito de Raça.

Antes do aparecimento de Jeová, quando a Terra era ainda parte do Sol, havia um Espírito-grupo-comum, composto de todas as Hierarquias Criadoras, que governava toda a família humana. Porém, como se desejava fazer de cada corpo o tempo e o instrumento flexível e adaptável de um espírito interno, isto se traduzia numa divisão infinita de guias.

Jeová veio com seus Anjos e Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo. E destinou um Anjo a cada Ego para que agisse como guardião, até que o espírito individual fosse suficientemente forte e pudesse emancipar-se de toda influência externa.

A MESCLA DE SANGUE NO MATRIMÔNIO

A vinda de Cristo preparou o caminho da emancipação da humanidade, para libertá-la da influência separatista dos Espíritos de Raça, ou de Família, para unir toda a família humana numa Fraternidade Universal.

Ele ensinou que a “semente de Abraão” referia-se aos corpos e afirmou que, antes que Abraão vivesse, “o EU”, – o Ego, já existia. O espírito individual tríplice iniciou sua existência antes de todas as Tribos e Raças, subsistirá até que estas passem e, ainda mais, até quando não reste delas nem memória.

O tríplice espírito no homem, o Ego, é o Deus interno que o homem corporal, pessoal, deve aprender a seguir. Por isso, Cristo disse que para ser seu discípulo o homem devia abandonar tudo o que tinha. Seu ensinamento é dirigido à emancipação do Deus interno. Incita o homem a exercer sua prerrogativa como indivíduo e a elevar-se sobre a família, a tribo e a nação. Não que deva menosprezar a família ou a pátria. O homem deve cumprir todos os seus deveres mas, reconhecendo seu parentesco com o resto do mundo, deve cessar de identificar-se com uma parte. Este é o ideal dado à humanidade por Cristo.

Sob a direção do Espírito de Raça, tanto a nação, como a tribo ou a família prevaleciam, eram consideradas em primeiro lugar, e o indivíduo por último. A família devia ser conservada intacta. Se qualquer homem morresse sem sucessão que perpetuasse o seu nome, seu irmão devia “fecundar” a viúva, para que a família não morresse. (Deu. XXV, 5:10) Casar-se fora da família era, naqueles tempos, uma coisa horrorosa. Um membro de uma tribo não podia casar-se com alguém de outra, sem perder sua própria casta. Não era nada fácil fazer-se membro de outra família. Não somente entre os judeus e outras nações antigas insistia-se em conservar a integridade da família, também em tempos mais modernos. Até recentemente, como já se mencionou, os escoceses aderiam tenazmente ao seu clã. Os antigos escandinavos Vikings não admitiam ninguém em suas famílias se não tivesse feito com eles a “mescla de sangue”. Os efeitos espirituais da hemólise são desconhecidos para a ciência materialista, mas eram conhecidos dos antigos.

Todos estes costumes eram o resultado do trabalho do Espírito de Raça e dos Espíritos de Tribo sobre o sangue comum. Admitir como membro alguém que não tivesse o sangue comum, teria produzido uma confusão de casta. Quanto mais pura era a genealogia (nesse sentido) maior era o poder do Espírito de Raça e mais fortes eram os laços que ligavam o indivíduo à Tribo, porque a força vital do homem está no sangue. A memória está intimamente relacionada com o sangue, a mais alta expressão do corpo vital.

O cérebro e o sistema nervoso são as mais elevadas expressões do corpo de desejos. São receptores das cenas do mundo externo mas, para formar as imagens mentais dessas cenas, o sangue transporta o material. Por isso, quando o pensamento está em atividade, o sangue flui à cabeça.

Quando a mesma corrente de sangue sem mescla flui nas veias de uma família durante gerações, as mesmas imagens mentais feitas pelos avós e pais são reproduzidas nos filhos pelo Espírito de Família, que vive na hemoglobina do sangue. O filho vê-se a si mesmo como a continuação de uma longa linha de antecessores que vivem nele. Vê todos os acontecimentos das vidas passadas da família como se ele mesmo estivesse presente aos fatos, não compreendendo a si mesmo como um Ego. Não é ele simplesmente “Davi”, mas sim “o filho de Abraão”; não “José”, mas “o filho de Davi”.

Por meio desse sangue comum diz-se que os homens viviam durante muitas gerações. Através do sangue, os descendentes tinham acesso à memória da Natureza, em que se conservavam essas recordações. Razão de se dizer, no quinto capítulo do Gênese, que os patriarcas viveram durante centenas de anos. Adão, Matusalém e outros patriarcas não alcançaram pessoalmente tão grandes idades. Vivendo os antecessores na consciência dos descendentes, estes viam as vidas daqueles como se tivessem vivido suas vidas. Depois do período indicado, os descendentes não pensaram mais de si como sendo Adão ou Matusalém. A memória desses antecessores apagou-se e por isso diz-se que morreram.

A “segunda vista” dos Escoceses Highlanders demonstra que por meio da endogamia se retém a consciência dos mundos internos. Eles realizaram o casamento dentro do clã até tempos recentes, tal como os ciganos que sempre casam na tribo. Quanto menor é a tribo e mais pura a geração, mais pronunciada é a “vista”.

As raças primitivas não desobedeceram à ordem emanada do Deus de Tribo de não se casarem fora dela, nem tampouco tinham inclinação alguma para fazê-lo por não terem mente própria.

Os semitas originais foram os primeiros a desenvolver a vontade. Depois, casaram-se com as filhas dos homens de outras tribos, frustando temporariamente o desígnio do seu Espírito de Raça. Foram desprezados, como malfeitores que “adoraram deuses estranhos”, tornando-se incapazes de servir como “semente” das sete raças de nossa presente Época Ária. Os semitas originais foram, desde aquele tempo, a última raça que o Espírito de Raça manteve separada.

Mais tarde foi dado ao homem o livre arbítrio. Chegara o tempo de preparar-se para a individualização. A primitiva consciência “comum”, a clarividência involuntária, ou segunda vista, que constantemente mantinha ante os homens da tribo os acontecimentos das vidas dos seus antecessores e os fazia sentirem-se intimamente identificados com sua tribo ou família, devia ser substituída por uma consciência estritamente individual, limitada ao mundo material, para desfazer as nações em indivíduos, para que a Fraternidade Humana pudesse estabelecer-se sem ter em conta as circunstâncias exteriores. Comparativamente é o mesmo que pretender construir um edifício muito maior a partir de certo número de edifícios: seria necessário derrubar aqueles, tijolo por tijolo, para construir o outro.

Para realizar esta divisão de nações em indivíduos, ditaram-se leis que proibiam a endogamia, ou matrimônio em família. Daí para diante, os casamentos incestuosos começaram a ser olhados com horror. Assim foi se introduzindo sangue estranho nas famílias da Terra, o que impediu gradualmente a clarividência involuntária, restringiu o sentimento de família e dividiu a humanidade em grupos. Como resultado dessa mescla de sangue, a aderência à família irá desaparecendo e o Altruísmo substituirá o patriotismo.

A ciência descobriu ultimamente que a hemólise resultante de inoculação do sangue de um indivíduo nas veias de outro de diferente espécie produz a morte do mais inferior dos dois. O animal no qual se inocule sangue de um homem, morre. O sangue de um cachorro injetado nas veias de uma ave, mata-a, mas não haverá dano algum no cão que receba sangue de ave. A ciência limita-se a expor o fato, mas o ocultista-cientista explica-o. O sangue é o agente do Espírito, como já foi indicado. O Ego humano age nos veículos por meio do calor do sangue; o Espírito de Raça, de Família, de comunidade, age no sangue por meio do ar que respiramos. Nos animais, o espírito separado de cada um e o Espírito-grupo da espécie a que pertencem estão presentes, mas o espírito do animal nem está individualizado nem trabalha conscientemente em seus veículos como o Ego. Está ainda dominado pelo Espírito-grupo que trabalha no sangue.

O espírito no sangue do animal superior é mais forte do que o espírito do menos desenvolvido. Por isso, quando se injeta sangue de um animal superior nas veias de outro de espécie inferior, aquele, procurando afirmar-se, mata a forma que o aprisiona e liberta-se. Pelo contrário, quando o sangue de um animal de espécie inferior é injetado nas veias de um de espécie superior, o espírito deste é capaz de expulsar o espírito menos evoluído e assimila o sangue estranho para seus próprios propósitos, não se produzindo prejuízo algum visível.

O Espirito-grupo sempre procura manter seu completo domínio sobre o sangue da espécie a que pertence. Tal como o Deus de Raça humano, o Espírito-grupo se ressente quando seus súditos cruzam com outras espécies. Então, atira os pecados dos pais sobre os filhos, como vemos nos seres híbridos. Quando um cavalo e uma jumenta produzem uma mula, por exemplo, a mescla de sangue estranho destrói a faculdade propagadora, de modo que o híbrido não pode perpetuar-se. É uma abominação do ponto de vista do Espírito-grupo, pois a mula não está definitivamente sob o domínio do espírito-grupo dos cavalos nem do dos jumentos, se bem que não esteja tão afastado de ambos que possa evitar sua influência. Se dois muares pudessem procriar, sua cria estaria ainda menos influenciada pelo domínio desses espíritos-grupo. Resultaria uma espécie nova, sem espírito-grupo, mas seria uma anomalia na Natureza, aliás, impossível enquanto os espíritos-animais não tiverem evoluído ao ponto de bastarem-se a si mesmos. Se tal espécie pudesse produzir-se, careceria do instinto guiador, o impulso que, em realidade, é do espírito-grupo. Encontrar-se-ia em situação análoga à de uma ninhada de gatinhos arrancada da matriz antes do tempo normal do nascimento. Indubitavelmente, não poderiam bastar-se e morreriam.

Portanto, quando se juntam dois animais de espécies muito diferentes, o espírito-grupo dos animais que os envia ao nascimento, impede que o átomo-semente fertilizante possa fecundar. Porém, se nega a perpetuação dos híbridos, permite que alguns a seu cargo aproveitem uma oportunidade para encarnar-se quando se juntam dois animais de espécies análogas. Portanto, a infusão de sangue estranho debilita a influência do espírito-grupo, e este, em consequência, destrói a forma, ou a faculdade procriadora, que está sob seu domínio.

O espírito humano está individualizado, é um Ego desenvolvendo vontade livre e responsabilidade. Impelido a renascer pela irresistível Lei de Consequência, está além do poder do Espírito de Raça, de Comunidade ou de Família mantê-lo afastado da encarnação, no grau atual do desenvolvimento humano. Pela mistura de sangues obtida no matrimônio de indivíduos de diferentes tribos ou nações, os guias da humanidade vão ajudando o Ego a desprender-se gradualmente dos Espíritos de Família, de Tribo ou de Nação. Retirados esses espíritos do sangue, com Eles vai também a clarividência involuntária. Consequentemente, apagam-se as tradições das famílias que estavam a seu cargo. A mescla de sangue destruiu uma faculdade. Todavia, tal perda foi uma vantagem. Concentrou as energias do homem no mundo material, onde aprende muito melhor suas lições do que aprenderia se continuasse distraído pela visão dos reinos superiores.

Quando o homem começa a emancipar-se, deixa também de pensar em si como “a semente de Abraão”, ou como da “Família de Stewart”, ou “Bhramin” ou “Levita” e aprende a ver-se como um “Eu”. Quanto mais cultivar esse Eu mais libertará o sangue do Espírito de Família ou Nacional e mais se bastará como habitante do mundo. Muitas tolices e até coisas perigosas têm sido ditas a respeito de sacrificar o “eu” ao “não-eu”. Só quando tivermos cultivado um “eu” poderemos sacrificá-lo, dando-o ao todo. Enquanto amarmos somente a própria família ou nação, seremos incapazes de amar aos demais. Rompamos os laços do sangue, ainda limitados pelos laços de parentesco e da pátria, afirmemo-nos e bastemo-nos, e poderemos converter-nos em servidores desinteressados da humanidade. Quando o homem chega a tal cume, descobre que, em vez de perder a própria família, obteve todas as famílias do mundo. Todos serão para ele seus irmãos, seus pais, suas mães, de quem deve cuidar e a quem deve ajudar.

Então, voltará a adquirir a visão do mundo espiritual que perdeu com a mescla de sangues, porém acrescida de uma faculdade mais elevada, uma clarividência voluntária e inteligente, com a qual poderá ver o que quiser. Ela substituirá a faculdade negativa que, impressa em seu sangue pelo espírito de família, a esta o prendia e excluía de todas as demais famílias. Sua visão será universal e emprega-la-á para o bem de todos.

Pelas razões atrás mencionadas, os matrimônios entre tribos e entre nações passaram a ser considerados preferíveis aos matrimônios entre parentes.

Ao atravessar esses estados e perder gradualmente o contato com os mundos internos, o homem lamentou a perda e desejou a volta da visão “interna” mas, gradualmente, foi se esquecendo e o mundo material tornou-se, antes seus olhos, a única coisa real. Tão real que chegou a formar idéia de que tais mundos internos não existiam, e a considerar a crença neles como uma estúpida superstição.

As quatro causas que contribuíram para isso foram:

1- O clareamento da neblina atmosférica do continente Atlântico.

2- A entrada do corpo vital no físico, pelo ajustamento do ponto da raiz do nariz com o mesmo ponto do corpo vital.

3- A eliminação da endogamia e a consequente substituição pelo matrimônio entre tribos ou famílias.

4- O emprego de estimulantes tóxicos.

Os Espíritos de Raça ainda existem e trabalham com o homem. Nos países em que o povo é mais atrasado o Espírito de Raça é forte. Quanto mais avançada é uma nação, mais liberdade tem o indivíduo. Quanto mais o homem está em harmonia com a lei do Amor, e mais elevados são os seus ideais, mais se liberta do Espírito de Raça. O patriotismo, se bem que bom em si, é uma cadeia do Espírito de Raça. O ideal da Fraternidade Universal, que não se identifica com nenhum país ou raça, é o único caminho que conduz à emancipação.

Cristo veio para reunir as diferentes raças em paz e boa vontade, de maneira que todos os homens, voluntária e conscientemente, sigam a lei do Amor.

O Cristianismo atual, que permanecerá até apagar-se todo o sentimento de raça, não é, sequer, uma sombra da verdadeira religião de Cristo. Na Sexta Época haverá uma única Fraternidade Universal, sob a direção de Cristo que terá voltado. O dia e a hora da sua volta ninguém sabe. Ainda não foi fixado. O sinal da nova dispensação depende do tempo em que um número suficiente de homens tenha começado a viver uma vida de fraternidade e de amor.
 

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