É possível curar problemas físicos e emocionais unicamente através do pensamento positivo?

poder 1Neste texto de 1995, Elsie Dubugras conta suas experiências pessoais a esse respeito e ressalta: as vibrações alheias também podem causar benefícios ou malefícios

Bem poucas verdades são inquestionáveis. Mas a minha longa experiência de vida tem me dado uma certeza absoluta: todo conhecimento que adquirimos é valioso e, quando menos esperamos, pode vir a desempenhar um papel decisivo no rumo de nossas ações. Um relato pessoal ilustra meu ponto de vista.
poder 2Depois de morar vários anos na Inglaterra, quando retornei ao Brasil, já moça, passei por um período difícil. Isolada, sem amigas, pois as meninas que eu conhecera antes haviam se mudado, não tinha com quem compartilhar minhas expectativas. Foi um tempo de solidão, em que, não tendo com quem me abrir, desabafava chorando na cama à noite.

As emoções negativas logo começaram a afetar minha saúde. Tinha dores pelo corpo, enjoos, indisposição generalizada. Sentia-me tão mal que procurei um médico. No entanto, como em nenhuma das consultas lhe falei de meus distúrbios emocionais, ele não descobriu o que me causava tantos problemas. Um dia, depois de me examinar detidamente, ele disse: “Você não sofre de nada. Sugiro que procure outra saída”.

poder 3O isolamento favorece o surgimento de emoções negativas, que repercutem na saúde

Eu não sabia o que ele queria dizer com “outra saída”, mas, apesar de continuar indisposta, não procurei outro médico. Tentei descobrir por conta própria a causa de tanto mal-estar e dediquei-me à leitura de alguns dos livros que trouxera da Inglaterra. Um deles tratava da influência da mente e do pensamento sobre o corpo físico – uma teoria que não me era estranha, pois já havia lido a esse respeito e até fizera uma experiência quando ainda estava na escola.
Uma das práticas ensinadas pelo autor da obra era como acordar a qualquer hora da noite sem usar despertador. Segundo ele, bastava dar ordens à mente. Resolvi tentar e fiz o que o livro recomendava. Deu certo.

Para mostrar às minhas céticas companheiras de quarto que o método era válido, certa vez despertei-as alta madrugada. Como era de se esperar, elas ficaram furiosas e brigaram comigo. Só consegui acalmá-las após prometer que nunca mais repetiria testes semelhantes.

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Melhora contínua
Quando o médico sugeriu que eu procurasse outro caminho, imediatamente me lembrei dessa experiência e resolvi usar a mente para controlar meu mal-estar. Apelei para alguns métodos que estavam em voga na ocasião. Um deles, por exemplo, pregava que não se deve ser negativo. Deve-se pensar sempre positivamente e mentalizar que a cada hora e a cada dia está-se obtendo melhoras. Talvez a técnica não seja infalível para todos, mas para mim deu bons resultados.
Livre da indisposição, passei a me preocupar com algumas questões: embora a mente tenha o poder de fazer uma dor diminuir ou cessar, se a dor existe é porque algo a originou. Se a causa não é uma doença ou um acidente qualquer, qual seria? Controlar uma dor sem saber como e por que ela surgiu não seria o mesmo que fechar a porta da frente de uma casa para não ver o incêndio que a consome lá dentro e que, se não for apagado, forçosamente a destruirá?

poder 5cEssas indagações me conduziram a um minucioso exame interior. Esquadrinhando meu subconsciente, não levei muito tempo para entender o motivo daquela indisposição generalizada. Não passava do reflexo da minha inadaptação à situação em que me encontrava. A lição foi excelente. Consegui me harmonizar com o ambiente em que vivia, fiz amizades e enriqueci minha vida com novos conhecimentos.

Para minha felicidade, a saúde física e o bem-estar mental e emocional voltaram.

Também compreendi que o ser humano funciona como um todo e, quando surgem desajustes, não basta consertar apenas uma engrenagem.

É preciso descobrir a raiz do mal, o que determinou o distúrbio, verificando se outros mecanismos não foram danificados.

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Essas experiências não passaram de grãos de areia na imensa praia da vida. Mais tarde, aprendi que, além dos nossos próprios sentimentos e emoções, os pensamentos dos outros podem nos afetar. Se são positivos, produzem em nós bem-estar mental e físico. Se são negativos, geram um mal-estar generalizado que precisa ser combatido. Constatei ainda que os emissores e receptores dessas vibrações não precisam estar na presença uns dos outros, e tenho provas concretas disso.

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Vibrações de saúde
Certa ocasião, já mais amadurecida, fui vítima de um tumor que, segundo o médico, precisaria ser extraído sem demora. Tanto que, assim que constatou o problema, ele marcou o dia da cirurgia. Estava aguardando a data da internação quando uma amiga me telefonou e disse que estava passando mal. Como ela não podia ir pessoalmente à Federação Espírita do Estado de São Paulo, que naqueles tempos fazia curas a distância, pediu-me para que eu mesma fosse e intercedesse por ela.
Fui à Federação no dia em que essas curas eram realizadas e, na hora da vibração, concentrei-me e pedi por ela. Durante a sessão, lembrei-me de que eu mesma estava precisando de auxílio. Aproveitei a ocasião e pedi que me fosse concedida a cura, tornando dispensável a cirurgia. Terminada a sessão, já no carro que me levava para casa, senti que algo esquisito estava acontecendo na região onde se encontrava o tumor. Percebi, então, que ele acabara de se desprender de meu corpo.

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Ao chegar em casa, coloquei-o num vidro com álcool e, no dia seguinte, levei-o ao médico, explicando o que ocorrera. Ele era muito católico e não acreditava em curas espirituais. Logo em seguida, conversei com meu cunhado – que também era médico – e ele comentou como as mulheres, mesmo as com educação superior, eram supersticiosas. Segundo ele, o exame laboratorial iria provar que o tumor no vidro não era o que havia sido diagnosticado, mas sim outra coisa qualquer. Para surpresa dele, contudo, o laudo do laboratório comprovou que o tumor era realmente o que havia sido descoberto. Assim, a cirurgia foi cancelada.

Quanto à minha amiga, graças às vibrações positivas que lhe foram enviadas, também sarou.

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(*) O texto aqui reproduzido foi publicado originariamente em PLANETA 273, de junho de 1995

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