“Você é maior do que pensa! Pense à dimensão do seu real tamanho. Nunca feche por menos do que merece.”
David Schwartz
Quando somos crianças sonhamos livremente. Construímos mentalmente e com facilidade, alternativas fantásticas para o nosso futuro. Depois, à medida que vamos amadurecendo, vamos cristalizando uma série de convicções limitativas, que ao condicionar o nosso pensamento, passam também a condicionar o nosso futuro. Ao deixarmos de construir possibilidades mentalmente, eliminamos a possibilidade de as realizar.
A capacidade de sonhar e pensar criativamente torna-se assim uma das características fundamentais dos grandes Líderes.
A primeira regra para pensarmos criativamente é acreditar que as coisas podem ser feitas. Conheci alguém que, de cada vez que lhe diziam que alguma coisa não era possível e/ou não podia ser feita respondia sempre: “Eu sei que não é possível. Claro que não é. Mas se fosse? Como é que teríamos de fazer?… Como é que seria?…” E esta abordagem faz toda a diferença. Esta abordagem permite-nos pensar fora da caixa e ponderar todas as alternativas, até encontrar a forma de fazer as coisas. Há sempre uma solução. Já Aníbal dizia “Encontraremos o caminho, ou faremos um!”
Da mesma forma que quando não acreditamos em algo, a nossa mente encontra forma de provar que não é possível fazê-lo, quando acreditamos, esta acaba por encontrar uma forma de realizar.
Se nós deixarmos, a nossa cabeça encontra o caminho. E para nos convencermos de que é possível, devemos focar-nos nas soluções e nunca nos problemas. Da mesma forma, a utilização permanente de uma linguagem e postura física poderosas influenciarão de uma forma positiva a nossa atitude e consequentemente a nossa criatividade. Se mesmo assim tivermos dificuldades e necessitarmos de consubstanciar, de uma forma mais racional, a nossa atitude, podemos listar todas as razões pelas quais é possível… Mas devemos sempre acreditar!
Devemos sempre e também estar receptivos a todas as ideias. Por muito disparatadas que nos pareçam numa primeira abordagem, por vezes revelam-se interessantes quando as analisamos por uma segunda vez. Devemos ser progressistas e experimentar tudo o que for possível. Mesmo que as coisas nunca antes tenham sido feitas dessa forma. Todos os paradigmas devem ser questionados.
Ouvir o mais possível. Os grandes Líderes passam mais tempo a pedir conselhos que a dá-los. Os grandes Líderes monopolizam ouvir, enquanto muitos de nós monopolizam falar. Aprendemos muito mais a ouvir do que a falar. Não há limites para o que aprendemos a ouvir. Os grandes Líderes encorajam os outros a falar e escutam abertamente as suas opiniões. Reforçam positivamente todos os contributivos.
Testar as nossas ideias sobre a forma de questões. Esta pode também ser uma boa forma de refletir sobre os assuntos. Numa primeira fase assumir uma postura visionária e levantar todas as alternativas. Imaginar como é que poderia ser perfeito? Depois encontrar todas as falhas do nosso raciocínio e todos os buracos do nosso pensamento. E numa terceira fase assumir uma postura mais virada para a ação e desenhar um plano concreto. Repetir o processo quantas vezes for necessário.
Jim Rohn costuma referir-se ao tesouro das ideias, como o mais valioso que podemos encontrar. Caçar o tesouro das ideias. Sem procurar nem processar ideias pouco podemos realizar. E estas são altamente perecíveis. Se não as guardarmos e cuidarmos bem acabam por se perder. No que se refere às ideias há que nunca confiar na memória. Há que escrever. Há que as rever. Há que as cultivar. Há que as fertilizar… É assim que elas vão ganhando importância. É assim que vão ganhando dimensão. É assim que se vão materializando e dessa forma construindo o futuro que desejamos para nós.
Paulo Vilhena.
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