A união do Jivatman e o Paramatman (o ser individual e Deus) é como a união de dois ponteiros de um relógio, o que ocorre uma vez a cada hora. Estão relacionados entre si e são interdependentes. Mesmo caminhando geralmente separados, podem unir-se nas oportunidades favoráveis.
Deus é infinito e o homem é finito. Como pode o finito compreender o Infinito? É como se uma boneca de sal procurasse medir a profundidade do oceano. Ao entrar no mar, a boneca de sal se dissolveria. Da mesma maneira, o homem, ao tratar de medir e conhecer Deus perde este estado que o fazia aparecer como algo diferente e tornar-se como Ele.
Como as nuvens cobrem o Sol, assim Maya oculta a Deus. Quando as nuvens se dissipam, o Sol aparece novamente; quando a ilusão se afasta, Deus se faz presente.
A água da chuva não permanece nos lugares altos; corre para os sítios mais baixos. Assim, a misericórdia de Deus permanece nos corações dos humildes, mas escorre dos corações dos frívolos e arrogantes.
As vaidades comuns a todos os homens, podem desaparecer gradualmente, mas difícil de morrer é a vaidade de um religioso a respeito de sua religiosidade.
A xícara onde o suco do alho foi guardado, conserva o seu odor mesmo depois de lavada várias vezes. O egoísmo é um aspecto tão obstinado da ignorância que nunca desaparece totalmente, por mais que se tente livrar-se dele.
Tratar-se de explicar Deus, de ter lido as Escrituras, é como falar a outrem sobre a cidade de Benares depois de tê-la visto só no mapa.
A água seca quando vertida num monte de cinzas. A vaidade é como um monte de cinzas. A oração e a contemplação não produzem nenhum efeito no coração que está cheio de vaidade.
Há duas classes de pessoas que podem obter o conhecimento do Ser: aquela (classe) cuja mente não está abarrotada de erudição, ou seja, cheia de idéias alheias; e aquela que, depois de estudar as Escrituras e a ciência, chega à conclusão de que não sabe nada.
Quando a jarra está cheia, não faz mais ruído. Assim o homem realizado não fala muito.
A luz elétrica ilumina a cidade com variada intensidade. Mas a energia da luz, a eletricidade, vem da usina comum. Assim, os mestres religiosos de todos os climas e idades são como outras tantas lâmpadas que revelam a luz do Espírito, que flui da única Fonte – o Senhor Todo-Poderoso.
Não é mais possível ensinar um papagaio a falar quando a membrana de sua garganta endureceu com a idade. Na velhice é difícil aprender a fixar a mente em Deus, mas isto se aprende facilmente na juventude.
A mulher que tem o rei por amante não aceitará os galanteios de um mendigo. A alma que alcançou a graça de receber um olhar do Senhor, não se enamora das coisas insignificantes deste mundo.
As pessoa de mente espiritual formam um mundo a parte, que está por cima de todos os convencionalismos sociais.
Um bote pode estar na água, mas a água não deve entrar no bote. Um aspirante pode viver no mundo, mas o mundo não deve viver dentro dele.
Um verdadeiro devoto que bebeu da fonte do Amor Divino é como um bêbado, e como tal, nem sempre pode observar as regras sociais.
Se o corpo é transitório e não tem valor, por que então os homens religiosos e os devotos cuidam dele? Ninguém se preocupa com uma caixa vazia, mas todos guardam zelosamente um cofre cheio de ouro e pedras preciosas. O homem espiritual não pode evitar o cuidado do corpo por que Deus mora nele. Todos os nossos corpos guardam os tesouros da Divindade.
Rayom Ra
Para maiores informações sobre o