(por Orual Ojellav)
“Cerra teus olhos devagar, tomando uma inspiração profunda.
Infla teu abdômen de ar, na cadência de teu respirar.
Percebe que aos poucos te desprendes da matéria que te envolve.
Consegues enxergar teu corpo físico repousando no leito…
Estás livre, momentaneamente.
Sim, podes voar!
Em todas as direções, esquerda, direita, para cima e para baixo.
E assim, flutuando no ar, aparece à tua frente uma porta de elevador.
Consegues abri-la com teu ‘para-braço’ e já dentro, vês que as opções se resumem a descer.
São sete andares que vais percorrer na direção de tuas dimensões interiores de consciência.
Pronto, a porta se abre!
Lá estás frente a uma paisagem esplendorosa.
Descortina-se à tua frente, um céu estrelado.
Não há chão nem teto, nem paredes.
Flutuando, somente.
As luzes dos corpos celestes se revezam em brilho e cores.
Teus ‘para-olhos” não param de se movimentar como que querendo absorver tudo num só pulsar de teu ‘para-coração’.
É nesse instante que teu ser está íntegro e uno com a Divina Presença Eu Sou.
Comunhão perfeita de todos os teus corpos sutis.
A essência do teu ser, numa insustentável leveza.
Percebes a tua divindade perfeitamente em ti.
O macro no micro, cosmos alternados na trajetória interdimensional.
Viagem fantástica de tua consciência.
Paz, harmonia, conhecimento…
Sem limitações, sem cobranças, sem flagelos.
Sem dores, preocupações ou fardos.
Somente o puro sentimento da partícula do Todo que és.
Pura manifestação de amor do Criador, que se experimenta através de ti.
O todo está pleno em ti e vice-versa.
Teu refúgio sagrado interior te acolhe e conforta.
Chegaste, por fim, ao íntimo universo de teu ser…”

(Orual Ojellav – Série Pensamentos – 07/07/2020)
Copyright © 1986–2020 Texto de Lauro Escobosa Vallejo™. All rights reserved.

Imagem de astrocentro.com.br