A Lemúria é um suposto continente perdido, mergulhado no Oceano Pacífico. Esta idéia nasceu no século XIX, com especulações em torno de um conceito conhecido como Catastrofismo – linha de pensamento que defende as catástrofes como causas principais das mudanças geológicas ocorridas no Planeta. Logo depois esta hipótese foi assumida pelos ocultistas, bem como por uma população indiana, os Tâmil.
O nascimento e a queda desta civilização não podem, até hoje, ser concretamente provados através de documentos e descobertas arqueológicas importantes, embora muitos acreditem nesta possibilidade e busquem estas evidências. Ao longo da História sempre apareceram narrativas sobre sociedades avançadas, como as que também circulam em torno da existência da Atlântida. Mas o que se sabe hoje é fruto de uma ou outra pista arqueológica, de lendas e teorias desenvolvidas por pesquisadores diversos e também por grupos metafísicos.
Ao longo da evolução geológica da Terra, as eras glaciais têm contribuído para cobrir de água e revelar trechos de terra mais vastos ou reduzidos. Este fenômeno pode ter se cristalizado no inconsciente coletivo dos habitantes desta esfera, gerando um saber agregado com a passagem do tempo, por muitas e muitas gerações. A própria localização geográfica da Lemúria causa polêmicas, variando conforme as pesquisas realizadas. Mas sabe-se que a Natureza está em constante transformação.
Segundo uma antiga tradição, conhecida como hipótese reptiliana, a Lemúria foi habitada por uma raça, chamada de ‘terceira raça’ pelos teósofos – adeptos da doutrina criada por Madame Blavatsky, na sua obra Doutrina Secreta -, meio humana, meio réptil, ou dragoniana. Povos como os do Camboja, Austrália, Índia, e os pré-colombianos, entre outros, cultivam esta convicção. Esta civilização teria sido muito avançada e, por outro lado, ela foi acusada de exercício da magia negra, preço pago pelas conquistas realizadas. Alguns historiadores interpretam este mito como um símbolo de intensa erudição, daí a referência à serpente ou aos dragões, que representam o conhecimento. A alusão às artes mágicas pode também ser uma menção à tecnologia adiantada deste povo.
Alguns procuram um elo perdido entre lemurianos e atlantes, mas eles conviveram no mesmo período temporal por pouco tempo. Quando a Lemúria se extinguiu, a Atlântida era uma civilização emergente, no auge de sua evolução.