imageCBKA borboleta  bateu asas e voou.

            Acima dela brilhava o Sol no zimbório azul celeste.

            O seu casulo rompido jazia no chão, onde um dia ela fora lagarta.

            E ela pensou: “Que transformação! Da prisão do casulo para a liberdade; de lagarta à borboleta, sem nem mesmo saber como ou por quê.

            Do meu medo para a Luz! 

            Que Poder Maior é esse, capaz de operar tal transmutação?

            Sem nome ou forma, Ele está em mim.

            A Ele eu presto reverência.

            A esse Amor, que ama sem nome, que mora em todos os corações.”

            De maneira semelhante à borboleta, o doce Gandhi (1) também bateu asas e voou.

            Acima dele brilhava a estrela de Krishna no zimbório azul celeste.

            O seu corpo magro jazia no chão, onde um dia ele fora indiano.

            Mas ele era mais do que isso: era um cidadão do Universo, um avatar (2) da Paz, que descera entre os homens para ensinar as artes da não-violência.

            Com o seu corpo espiritual brilhando no éter, ele pensou: “Que transformação! Eu era lagarta pacífica; agora sou borboleta pacífica.

            E Krishna está em mim! 

             Que sua luz ilumine a toda humanidade nos caminhos da não-violência.” 

            Então, ele voou de volta para o seio daquele que o enviara entre os homens.

            Ele voltou para o coração cósmico de Krishna, lar de todas as borboletas e homens que tem a coragem de deixar os casulos de suas limitações, para se transformarem em consciências felizes e lúcidas.

            O Mahatma Gandhi estava em casa.

            P.S.: Esse texto foi escrito durante a apresentação do espetáculo “Gandhi, Um Líder Servidor” (3), com o ator João Signorelli, realizado no IPPB, com a presença de 80 pessoas. Enquanto o ator realizava o monólogo (de forma brilhante e apaixonada), eu vi pela clarividência um grupo de mentores extrafísicos, ligados à falange espiritual de Gandhi e que dão suporte energético ao lindo trabalho que o João vêm fazendo com a atmosfera elevada dos ensinamentos do Mahatma. 

            Agradeço ao João pelo carinho com que apresentou o trabalho no IPPB.

            Que O Grande Arquiteto Do Universo continue iluminando sua jornada.
 

            Paz e Luz!
 
 

São Paulo, 27 de outubro de 2006.

– Notas: 

1. Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), mais conhecido como Mahatma Gandhi, foi o grande líder hindu na luta pela independência da Índia do colonialismo inglês. Com sua filosofia de não-violência, tornou-se conhecido e admirado internacionalmente. Trata-se simplesmente de uma das grandes almas reencarnadas na terra do Ganges, com a missão de espalhar os ideais da paz entre os homens. Sem dúvida alguma, Gandhi foi um avatar enviado para ensinar aos homens da Terra as artes de Shanti (paz espiritual).

2. Avatar (do sânscrito) – emissário celeste; enviado espiritual; ser de luz que reencarna na Terra para benefício da humanidade.

3. O espetáculo “Gandhi”, Um Líder Servidor” (de Miguel Fillage), destaca o desenvolvimento e o fortalecimento da auto-motivação e da perseverança, bem como outros valores que devem ser preservados no ser humano durante toda a sua jornada. É interpretado pelo ator João Signorelli, que coleciona vários trabalhos cinema, televisão e teatro.

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Wagner Borges
(Pesquisador, projetor e sensitivo espiritualista, conferencista,
autor dos livros “Viagem Espiritual Vols. 1, 2 e 3” e dos livros “Uma lição Extraterrestre”
e “Falando de Espiritualidade Vol. 1”,
fundou o Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas – IPPB – www.ippb.org.br)
É colunista de várias revistas dentro da temática espiritual e de vários sites da Internet.
É instrutor de cursos de Projeção da consciência (viagem astral), Bioenergia (aura e chacras), Hinduísmo, Taoísmo, Hermetismo, Mediunidade, Espiritualidade Celta, Xamanismo e temas espirituais em geral.
Foi produtor e apresentador dos programas “Viagem Espiritual”, “Viagem Musical” e “Viagem Progressiva”
da Rádio Mundial de São Paulo – 95,7 FM – por três anos. 
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