decepNum recente conclave foi solicitada uma explicação da diferença entre fenômenos psicológicos e fenômenos psíquicos.

 

Ao analisarmos esta solicitação, é importante compreendermos a terminologia com que estamos lidando. Há uma tendência para se usar a palavra fenômeno muito irrefletidamente, de modo que ela ganha muitos significados que, na realidade, não se lhe aplicam. Consultando um bom dicionário, verificamos que fenômeno é qualquer objeto que é conhecido através dos sentidos, ao invés do pensamento ou da intuição.

 

De acordo com o filósofo Kant, a palavra fenômeno era aplicada a todo objeto de experiência. É verdade que esta palavra é usada popularmente com referência a eventos de rara ou extraordinária importância; porém, num sentido técnico, este não é o seu real significado.

 

Fenômeno, num significado quase exato, refere-se a todos os eventos e a toda experiência. Em outras palavras, um fenômeno é um produto de qualquer ação ou experiência. Portanto, o termo se aplica a tudo com que lidamos em nossa vida.

 

uru2Um fenômeno psicológico seria um evento ou uma condição com implicação psicológica.

 

Se nos limitamos à definição de Psicologia como a ciência do comportamento, então, a manifestação do comportamento humano é um fenômeno psicológico. Portanto, tudo que fazemos é um fenômeno psicológico. Isto é, a totalidade do comportamento humano (todas as ações, os procedimentos, as funções do Ser humano) poderia ser classificada como fenômeno psicológico.

 

A Psicologia tem por campo de estudo analisar o comportamento humano e tentar explicar sua causa e seu propósito; porém, todo o comportamento humano é composto de fenômenos psicológicos.

 

uri 12Um fenômeno psíquico, por sua vez, seria qualquer evento ou experiência que tivesse origem num fundamento psíquico. O indivíduo que encontra paz e contentamento através da meditação, está experimentando ou participando de um fenômeno psíquico. Isto constituiria um dos mais simples exemplos de fenômenos psíquicos.

 

Neste caso, mais uma vez, estamos lidando com uma terminologia que recebeu certas implicações no passado. Houve época em que as duas palavras, unidas na expressão fenômenos psíquicos, foram usadas para designar tudo o que era então conhecido como espiritismo, ou eventos que ocorriam no contexto do espiritismo.

 

uri 78Tudo o que contemplamos e tudo o que experimentamos, na vida, são fases de fenômenos. Isto é, tudo consiste da soma do que somos capazes de perceber através dos sentidos físicos ou conceber por outros canais. Se eu intuitivamente recebo uma certa impressão, então, inclino-me a classificar o processo e seu efeito como fenômenos psíquicos. Se tiro uma conclusão da observação de um objeto físico, a tendência é considerar esse ato como um fenômeno físico ou psicológico.

 

O importante é que a totalidade da experiência é que constitui o verdadeiro indivíduo. Estamos encarnados neste nível físico de existência, com experiências pretéritas como parte da natureza da alma. O que aqui fizermos, nesta encarnação, aumentará o nosso acervo de experiência, ampliará o nosso Eu, tornando singular a nossa própria individualidade, que levaremos de uma para outra encarnação.

 

vida-1O que é importante na vida é adquirirmos, ao máximo de nossa capacidade, as experiências capazes de proporcionar uma crescente consciência da alma. A experiência é o meio pelo qual engrandecemos a natureza da alma, enfatizamos sua individualidade, e, afinal de contas, essas aquisições pela experiência são as únicas coisas que levamos conosco, na transição.

 

Todos os demais fenômenos, todas as posses físicas, deixam de ter valor quando advém a transição.

 

Se devemos progredir numa outra época, então, devemos aprender a acumular os valores que podem ser transferidos para o futuro, bem como compreender que a experiência total de vivermos ao máximo de nossa capacidade, e de nosso conhecimento, é o maior desafio que temos de enfrentar nesta encarnação.

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