Em 30 de dezembro de 2001, eu estava de férias em Barra Velha,
pequena cidade do litoral de Santa Catarina, bem acomodado numa
pousada, junto com minha esposa Andréa. A pousada se situa numa fatia de terra, onde a frente fica o mar e atrás uma grande lagoa.
Como sempre, levei alguns livros e bons rascunhos para escrever,
prática regular em minha vida. Estas férias foram ótimas, pois tive
experiências espirituais importantes, que marcaram minha vida para
sempre. Uma delas foi a uma manifestação de um mestre espiritual de elevado quilate, que me passou uma mensagem pessoal contundente e daí em diante passou a aparecer regularmente escrevendo artigos e livros através de mim.
Mas não é disso que vou falar agora. Todo aquele clima de
tranqüilidade, descanso e relaxamento ajudaram em meu desprendimento espiritual e bioenergético, para que acontecessem várias experiências. Uma delas foi uma experiência fora do corpo, que chamei de vexaminosa, porém nem tanto. Foi muito mais educativa que qualquer outra coisa.
Então descrevi toda a experiência ao levantar pela manhã:
Ontem deitei pedindo a meu amigo espiritual para se valer de mim fora do corpo, me usar para fazer assistência extrafísica. Pedi para
descer ao mais denso e profundo dos umbrais. Fui sincero e assim foi
feito. Tive uma noite agitada, angustiante, senti até medo e acordei
inquieto, triste e cheio de dúvidas.
Enquanto Andréa tomava banho sentei-me na cama e fiquei pensativo olhando um ponto fixo no espaço. Eu me perguntava: o que houve?
Fiquei alguns minutos estáticos ali. Daí a um momento levantei-me e
fiquei de pé em frente a um grande espelho e fitei-me dentro dos
olhos.
Por fim fiz-me de novo a pergunta: o que houve? Senti imediata
expansão de energias e dois “tremeliques” como se desacoplassem 2
espíritos de mim (não tenho certeza se foi apenas uma repercussão
energética ou um desacoplamento), mas me senti mais leve e mais solto.
No mesmo instante vieram às respostas e uma lembrança dos eventos extrafísicos da noite anterior. No trabalho de assistência é
impressionante como os obsessores nos conhecem. Conhecem nosso
passado (outras vidas), todos os nossos defeitos e erros desta vida.
Durante a projeção no umbral eu estava de frente a uns 2 ou 3
obsessores e eles me destratavam no que podiam e jogavam todos os
meus defeitos em minha cara. É como se você não tivesse o direito de mudar, de melhorar e se transformar em bom.
Eles pegam até as pequenas coisas (erros) seus e tentam ampliar para te ofender e te humilhar o máximo que puderem.
Para concluir meu amparador (amigo espiritual) disse para mim:
1) Não basta querer ajudar, é preciso saber e poder. Existe muita
malícia no ambiente extrafísico e uma infinidade de técnicas,
inclusive a do “coração”;
2) Para quem quer servir e principalmente em ambientes muito densos é melhor não estar lúcido, pois a barra é pesada;
3) Quem se oferece a assistência não escolhe. O amparador sabe o que é melhor, cabível e prioritário para você;
4) Servir não é fácil, mas é um ato de amor.
No fim agradeci imensamente a projeção “vexaminosa”, mas didática, pois aprendi muito e claro, continuo as ordens com toda modéstia lúcida e inteligente. Eu nasci para servir espiritualmente e nada mais importa.
Paz, Luz e boas projeções a todos nós.
Dalton – Barra Velha – SC
Por Dalton Campos Roque