esu01Quando sentimos em nós o caos, sentimos Èsù. Quando somos tomados pelo turbilhão de emoções, Èsù está presente. Mas o que decidimos fazer desses sentimentos, não é Èsù quem resolve. Somos nós…

Èsù representa o que há de mais visceral no Ser Humano: a energia sexual, a comunicação, a ambição.

Nem por isso Èsù deve ser confundido com o Diabo, nem com Satanás, pois ele não representa o opositor ao Criador. Èsù não é bom e nem mau: é a própria ambiguidade humana. Compreender isso nos liberta, pois passamos a entender que a culpa por nossos tropeços muitas vezes resulta de nossas próprias ações e não de entes malignos.

No Candomblé Èsù é cultuado como o dono dos caminhos, o procriador, o realizador, o revolucionário, o interlocutor das divindades, o dono do mercado, o portador das oferendas aos deuses. É o irmão primogênito de Ògún e Ọ̀ṣxọ̀sì, filho de Ọ̀ṣxala Yemọja, originário da cidade yorùbá de Ìgbẹ̀tì. Denominado também como Bara (“Aquele que está escondido no corpo”).

Sua saudação resume a personalidade e a energia desse Òrìṣà: Làròyé! (“Ele é a controvérsia!”). Salve a capacidade realizadora do Ser Humano! Salve o poder de reconstrução! Salve o Dono dos Caminhos!

Làròyé Èsù!

Luna Di Aradia