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Em tempos de fartura e despreocupação, as pessoas se sentem materialmente seguras e se esquecem da divina Centelha que foi plantada em nosso íntimo, quando fomos creados “à imagem e semelhança de Deus”. 

A consciência focada nos prazeres, no conforto, no triunfo pessoal, nunca dispõe de tempo e lugar para manter sintonia ao Cristo Interno, seu verdadeiro Ser. 

Via de regra, só quando estão deprimidas, desanimadas, com saúde precária, más finanças e moral abatida é que finalmente começam a preparar lugar em seu íntimo, para o Cristo Interno surgir. 

Daí que não haja lugar nas hospedarias para José e Maria grávida: o Cristo tem que nascer na parte mais baixa de nosso Ser, porque é nos momentos de dor que formamos manjedoura para o Cristo Interno nascer. Nesse estado de consciência é que iniciamos a busca e a perseguimos, até recebermos os primeiros vislumbres da realidade interna. Mas aí cometemos um equívoco: levados pela vaidade da personalïdade, saímos a apregoar nossa experiência aos outros: seja a evidência da Presença, seja uma cura, melhoria de situação ou solução de um problema, corremos ao encontro do mundo, esquecendo nos de que a massa não se preocupa com estas coisas ou não as pode compreender. As escrituras advertem: “Só acreditam quando veem sinais e maravilhas (João 4;48). 

Se queremos ajudar, sejamos prudentes. Não precisamos de relatar experiências internas, sob pena de as perder. Lembremos as Escrituras: “Toma depressa a criança e sua mãe e vai para o Egito (terra do silêncio, da sacralidade) até que te chame de volta” (Mt. 7 12,13). 
 

 

Não tente dar a revelação ao mundo, até que ela cresça, porque “este mundo” pode devorá-la. Não tente salvar o mundo. Ele não quer ser salvo, como V. também não queria, quando tudo lhe corria bem.

O mundo só aceitará o Cristo quando sentir uma real necessidade d’Ele. Só quando sofriam sob a escravidão do Faraó é que os hebreus aceitaram Moisés como libertador. Mais tarde, sob o domínio cie César, voltaram seu interesse ao Cristo, na esperança de que os libertasse. 8 sempre a necessidade e o sofrimento que nos fazem procurar Deus. Notem que é nas grandes cidades, de mais lutas e insegurança, que há mais procura da verdade.

Após os primeiros vislumbres e contatos breves com a Presença todo supridora em nosso íntimo, nossa consciência cresce e somos levados a testemunhar o ministério do Cristo interno, na medida de nossa sintonia: Ele começa a curar nossas enfermidades físicas e morais, liberta nos da timidez e insegurança, leva nos da carência à fartura, harmoniza nossos relacionamentos, traz nos um sentido mais amplo e sadio da vida e das pessoas e tudo isto pode parecer nos como uma “Lâmpada de Aladim”, bastando-nos esfregá-la, cada vez que desejamos satisfazer uni anseio humano.

Então chega o tempo e se nos desponta a realização interna: percebemos que a função real do Cristo Interno não é meramente tornar nossos corpos mais sadios, nem aumentar nossa renda ou assegurar nos harmoniosos relacionamentos. Isto tudo foi apenas o “jardim de Infância” no desabrochamento da Consciência crística. Podemos, então, compreender o que Jesus desejou significar: “V. deve abandonar tudo por amor a Mim”. Se não transferirmos nossa fé e esperança, das coisas deste mundo, para Ele, não poderemos entrar no Reino, isto é, não vivenciaremos a Consciência espiritual.
 

 

Ainda que “este mundo” já se tenha tornado para nós muito bom (de paz, prosperidade ele.), temos de transcendê-lo, se é que desejamos experienciar significações mais altas, inteiramente diferentes das mundanas e infinitamente superiores. Os Evangelhos definem esta diferença, quando dizem que João, o Batista, era o maior dentre es-nascidos de mulher, “se bem fosse menor que o menor no Reino dos Céus (Mt. 11:11). Mesmo que tenhamos atingido um nível de retidão e mereçamos uma vida plena neste mundo, ainda estamos abaixo dos que atingiram a consciência espiritual. Por isso João Batista era apenas um anunciador da Consciência mais alta que viria.

Ao defrontarmos o momento de renunciar às virtudes e vantagens de uma vida humana desejável (que já está acima das limitações e problemas), poderemos auto superar nos ou ceder à tentação das gloriosas conquistadas. Neste caso, rejeitamos o Cristo, e O esquecemos… É uma escolha. Mas, quando vencemos, recebemos a oportunidade da ressurreição a um nível mais alto, a um expressivo natal de consciência. Esta conquista chega aos que, embora havendo atingido a saúde, o suprimento, o harmonioso companheirismo, o êxito e abundância, sentem que algo ainda está faltando. Então o Cristo nternosto  enterrado por todas nossas passadas rejeições, faz rolar a pedra do sepulcro em que jazia esquecido e ressurge à nossa consciência, vivo e sensível, para a ascensão de grau.

Neste ponto de nosso desenvolvimento, a Consciência crística já não pode ser condenada ou atingida, pelos Herodes e Pilatos de nosso mundo psicológico. Em sua forma “ressurreta”, Ela pode atravessar as paredes e portas cerradas, para produzir alimento e bebida espirituais, provando que a matéria não é a causa, senão que “tudo o que está manifestado veio a existir das cousas que não aparecem” (Heb. 11:3). Na medida desta abertura é que adquirimos a consciência realizadora das coisas que Jesus também demonstrou.

Em tal realização, ainda que continuemos neste mundo, no mesmo corpo, usufruindo as coisas do mundo (sem apegos nenhuns) e exercendo nossas atividades, seremos governados por uma Consciência interna e poderemos dizer como S. Paulo: “Vivo, não eu, mas o Cristo é que vive em mim” (Gál. 2:20), ou então: “ainda em minha carne verei a Deus”1 (¡6, 19:26).
 

 

É nas quedas que os rios geram força. O Espírito invencível nos ergue dos escombros e edifica a nossa glória. É no extremo do humano que surge a abertura para Deus agir, extraindo das cinzas de nossa experiência, a Consciência maior. Então nos devolve, como a Jó, as perdas em valores duplicados. Vigiemos nossas vacilações. Não permitamos que a tentação das coisas boas que nos retornam, debilite nos a vontade e promova constantes adiamentos, com estas justificativas: “Ah! Certamente! Voltar-me-ei sempre ao Cristo Interno e me consagrarei às meditações da verdade que provei! Agora é impossível mas logo o farei. “. Como pode, alguém que O haja sentido e Lhe tenha recebido as Graças, olvidá-lo e tornar à consciência humana de “eu”, “para mim” ou “minha”?

O Cristo Interno confia em sua fidelidade! Ele espera que V. compreenda que todos os problemas atuais, como os de antanho, são decorrentes das inversões de valores daqueles que confiam apenas na matéria e só dela esperam. 
 

 

Mas V. pode provar uma vida nova e plena pela experiência do Cristo Interno em sua vida, através de seus “natais de consciência”!

 

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Uma vivência que vem comovendo pessoas interessadas no Despertar de seu Cristo InternoimageP6JEm áudio digital, na voz de Arsenio Hypolito Junior

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